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Clowns de Shakespeare volta a Minas Gerais em dose dupla: "Caravana Clowns de Shakespeare Prática e Pensamento" e "Circuito Funarte Cena Pública", na Programação dos Jogos Olímpicos.

Grupo inicia circulação pelo estado na capital mineira com apresentações gratuitas do espetáculo “Sua Incelença, Ricardo III”, neste sábado e domingo(13 e 14), às 17h, no Parque Lagoa do Nado. Depois, a Cia. segue para Ubá, Ouro Preto e Barbacena.

O Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare (Natal/RN), volta a Minas Gerais depois de um mês e meio, para dar continuidade à circulaçãoCaravana Clowns de Shakespeare Prática e Pensamento, pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2015. O projeto conta com as apresentações de dois espetáculos da trilogia latino-americana dos Clowns – o infantil Abrazo, inspirado no Livro dos Abraços do uruguaio Eduardo Galeano, e o adulto Nuestra Senhora de las Nuvens, do argentino, Arístides Vargas; e com o proceso Laboratório Nômade, projeto pedagógico que o grupo vem desenvolvendo de forma intensificada nos últimos anos na capital potiguar. O projeto passará, desta vez, pelas ciudades de Ubá (10 e 11/08) , Ouro Preto (15 a 19/08) e Barbacena (20 e 21/08).

 

O Grupo também trará para as terras mineiras o espetáculo Sua Incelença, Ricardo III.  Serão duas apresentações no Anfiteatro do Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado, nos dias 13 e 14 de agosto, às 17h, em Belo Horizonte. Os Clowns, selecionados pelo EditalCircuito Funarte Cena Pública, apresentarão ao público brasileiro e estrangeiro presentes durante a programação dos Jogos Olímpicos um espetáculo que mescla referências da cultura brasileira e nordestina com aquelas da Inglaterra Elizabetana da obra shakespeariana.

 

Sobre os espetáculos:

 

SUA INCELENÇA, RICARDO III

 

Sua Incelença, Ricardo III marca o encontro dos Clowns de Shakespeare,  importante grupo nordestino que há 22 anos tem sede em Natal, com o encenador mineiro Gabriel Villela. O nordeste dos cantos populares se mistura com as Minas Gerais do encenador. Esse caldo brasileiro mescla-se na encenação com outras referências mundiais, a começar pelo diálogo proposto entre o sertão nordestino e o texto original inglês, e ao repertório de músicas pop e rock também de origem inglesa. Desse processo de hibridização e mestiçagem tão tipicamente brasileiro, resulta um espetáculo no qual a tragédia original de Shakespeare adquire ares cômicos, populares e festivos, possuindo um grande poder de comunicação com o público.

 

O espetáculo foi idealizado para ser apresentado ao ar livre e desde sua estreia em 2010 percorreu dezenas de cidades brasileiras e estrangeiras, indo desde cidades do Brasil profundo até importantes festivais internacionais no Brasil, América Latina e Europa.

 

Ficha Técnica

Direção: Gabriel Villela

Assistente de direção: Ivan Cabral e Fernando Yamamoto

Elenco: Camille Carvalho, César Ferrario, Dudu Galvão, Joel Monteiro, Marco França, Paula Queiroz, Renata Kaiser, Titina Medeiros e Nara Kelly (stand-in)

Texto original: William Shakespeare

Adaptação do texto: Fernando Yamamoto

Figurino: Gabriel Villela

Cenário e Luz: Ronaldo Costa

Aderecista: Shicó do Mamulengo

 Direção Musical: Marco França, Ernani Maletta e Babaya

Preparação vocal: Babaya Moraes

Preparação corporal: Kika Freire

Produção: Rafael Telles.

 

 NUESTRA SENHORA DE LAS NUVENS

 

Com texto de Arístides Vargas do grupo Malayerba do Equador, e direção de Fernando Yamamoto, Nuestra Senhora de las Nuvens é uma obra que inaugura a trilogia latino(-)americana dos Clowns de Shakespeare.

 

Há dois anos atrás, em meio aos atos que marcaram os cinquenta anos do golpe cívico-militar que o Brasil sofreu em 1964, os Clowns resolveram se  debruçar nessa obra que trata com extrema poesia e humor, mas também pujança, um dos tantos aspectos violentos e tristes que esse período da nossa história viveu: o exílio. Na obra de Arístides – argentino exilado e depois radicado no Equador –, a memória, a imaginação, o esquecimento e a fantasia, são fantasmas que caminham de mãos dadas nessa difícil jornada do desterro, lançando flecha certeira na identidade dos que vão, dos que ficam, e de toda a nação. “Quando pensamos em montar a obra de Arístides, entendíamos que o Brasil precisava cuidar com muito carinho da sua memória, como víamos em outros países latino-americanos, para que esse tipo de ameaça não voltasse a pairar sobre nossas cabeças. Nem imaginávamos que tão cedo estaríamos mergulhados nisso novamente” , fala Fernando Yamamoto, diretor do espetáculo.

Aproximando o realismo fantástico-surrealista do político-épico, as histórias de Nuestra Senhora de las Nuvens são apresentadas por quatro atores, tendo por fio condutor os encontros entre Oscar e Bruna. A narrativa permeia o universo do exílio através do humor, violência, crítica e lirismo, expondo a estrutura do discurso político.

 

Ficha Técnica

Direção: Fernando Yamamoto

Assistente de direção: Camille Carvalho

Dramaturgia Arístides Vargas

Tradução: Fernando Yamamoto

Elenco: Dudu Galvão, Joel Monteiro, Paula Queiroz e Renata Kaiser

Figurinos e Adereços: João Ricardo Aguiar e Maria de Jesus

Cenografia: Fernando Yamamoto e João Ricardo Aguiar

Música:  Marco França e Rafael Telles

Direção de texto: Babaya Morais

Iluminação Ronaldo Costa

Coordenação de Produção:  Rafael Telles

Secretaria: Myllena Silva

Realização: Clowns de Shakespeare.

 

ABRAZO

 

Abrazo é o único espetáculo infantil da Trilogia Latino(-)Americana dos Clowns, e foi o segundo a ser estreado.  Nele, o diretor Marco França teve o desafio de montar um espetáculo no qual não há o uso da fala oral e que trouxesse para o universo da criança temas como ditadura, guerras e proibições. 

 

Livremente inspirado no "O Livro dos Abraços", de Eduardo Galeano, e com roteiro dramatúrgico de César Ferrario e elenco, a peça nos convida a uma jornada através do olhar de um menino que vive em um país onde um regime opressivo impede todas as pessoas de se abraçarem ou demonstrarem qualquer afeto uns com os outros. Imagine só: um mundo sem abraços?

 

Assim, no minúsculo estado, território do tamanho do nosso quadrilátero cênico, a ordem é decretada. O General determina que "não pode atender o celular, não pode ingerir bebidas e alimentos, não pode levantar..." A lista de exceções se estende até os dois itens finais e mais importantes: "Não pode falar! Não pode abraçar!!" Com o espaço e suas regras bem delineados a "brincadeira" tem o seu início. Nela, personagens saídos da literatura de Eduardo Galeano, transfigurados ao sabor dos Clowns de Shakespeare, ganham a cena e deflagram as suas histórias: o Rapaz, a Florista, o Soldado, o Índio, a Avó, o próprio General e o Menino, que por ter o olhar ainda virgem no entendimento da realidade consegue mudar o fluxo da história aos caprichos da sua imaginação. Isso se dá até o instante onde a liberdade criativa esbarra nas forças estruturantes do próprio jogo, personificadas no General.

 

No elenco os atores Camille Carvalho, Dudu Galvão e Paula Queiroz, se revezam entre os vários personagens da fábula.

 

Ficha Técnica

Direção: Marco França

Elenco: Camille Carvalho, Dudu Galvão, Paula Queiroz

Argumento e roteiro dramatúrgico: César Ferrario

Dramaturgia: O Grupo

Música original, arranjos e direção musical: Marco França

Músicos convidados: Simone Mazzer, Roberto Taufic, Sammy Tarik, Zé Hilton, Júnior Primata, Vitor Queiroz

Desenho de som da cena Guerra dos Insetos: Fernando Suassuna

Preparação Corporal: Anádria Racine

Figurino: João Marcelino

Adereços de figurinos e cenário: João Marcelino, Anderson Galdino e Janielson Silva

Iluminação: Ronaldo Costa

Cenografia: O Grupo

Cenotécnicos: Janielson Silva e Anderson Galdino

Ilustrações: José Veríssimo

Animações: Paula Vanina

Filmagem: Carito Cavalcanti

Projeção Mapeada: Wilberto Amaral

Coordenação técnica de vídeo: Rafael Telles

Produção executiva: Rafael Telles

Secretaria: Myllena Silva

Realização: Clowns de Shakespeare.

 Obs. A Trilogia Latino(-)Americana dos Clowns conta ainda com o espetáculo Dois Amores y Um Bicho, do venezuelano Gustavo Ott e direção de Renato Carrera, e que não participa desta circulação.

 

Sobre o Laboratório Nômade – Prática e Pensamento

 

Tendo como inspiração o formato criado por importantes grupos latino-americanos, como Yuyachkani (Peru), Malayerba (Equador), Lume (Brasil), dentre outros, o Laboratório é um espaço de formação que ultrapassa a ideia de oficina – tanto pela duração maior, quanto pelo princípio de apresentar como os grupos trabalham sob uma ótica mais abrangente -  o Laboratório Clowns é uma experiência que o grupo vem desenvolvendo no seu espaço em Natal, e que agora começa a ganhar estrada e virar nômade. Trata-se de um curso de duas semanas, com quatro a seis horas de trabalho diários (a definir, diante da realidade de cada cidade), no qual os Clowns irão apresentar os princípios de preparação, criação e gestão que envolvem o seu fazer teatral, tendo como eixo condutor a criação dramatúrgica, a encenação, o trabalho de ator e a produção.

Foto: Pablo Pinheiro

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