Notícias

A Festa de Iemanjá, celebrada tradicionalmente junto à estátua de Iemanjá na Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, todo dia 15 de agosto, este ano traz uma novidade: o evento continua sendo gratuito, mas quem doar um quilo de alimento não perecível (exceto fubá e sal) ganhará um ojá – pano de cabeça – que faz parte das vestes das mulheres no ritual da umbanda. O objetivo é arrecadar alimentos para serem doados para entidades beneficentes, principalmente creches e asilos já assistidos pelos centros de Umbanda participantes do evento.

A festa começa às 19 horas. A cerimônia acontecerá como em uma sessão na casa espírita umbandista. Serão feitas as orações, o local será incensado, serão entoados os pontos de Umbanda e, ao final, os médiuns receberão os caboclos, que darão passes nos participantes.

Ojás

Os ojás já estão disponíveis para troca nas casas que apoiam a festa. Em Belo Horizonte: Casa da Umbanda (Rua Goitacazes, nº 747); Casa Sete Estrela (Praça Primeiro de Maio, nº 38 a); Casa Abre Caminho (Rua Guarani, nº 605/607); Casa Arco Iris (Av. Augusto de Lima, 744 - Lj. 182); Loja Tira Teima (Av. Augusto de Lima, 744 - Lj. 744), e em Contagem: Casa do Caboclo Ubirajara (Rua Humberto Demoro, 391 - Lj 39, Bairro Inconfidentes, Contagem, anexo ao Mercado Central de Contagem).

Sincretismo religioso e preservação ambiental

A data - dia 15 de agosto – é também dia de Nossa Senhora da Boa Viagem, padroeira de Belo Horizonte. A celebração de Iemanjá, dentro do sincretismo religioso promovido pela Umbanda, é uma homenagem também a todas as Nossas Senhoras, pois o 15 de agosto é também dia da Assunção de Nossa Senhora.

Assim como no ano passado, o local da festa será limpo antes e depois da festa. “Vamos varrer tudo antes e depois da festa. Não queremos deixar sujeira, e vamos orientar os participantes para que, ao jogarem oferendas, como perfumes, por exemplo, que só joguem o líquido, sem a embalagem, que deve ser descartada nas lixeiras. A Umbanda é natureza, temos que preservar o ambiente onde estivermos. Queremos divulgar a expressão de nossa religiosidade e cultura, quebrando preconceitos”, conclui o presidente da Casa de Caridade Pai Jacob do Oriente, Ricardo de Moura.

Foto: Divulgação