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De 8 a 21 de agosto, a Fundação de Educação Artística abre inscrições para duas semanas dedicadas à música de câmara. Neste ano, em função das comemorações dos 50 anos da Fundação, a programação se estende por duas semanas, de modo a oferecer master classes para conjuntos de câmara e instrumentistas de arco e piano, orquestra experimental, concerto e ensaios abertos. Renomados artistas, como o violinista Götz Hartmann (Alemanha), o violoncelista Marcio Carneiro (Brasil-Suíça), o violista João Carlos Ferreira (Brasil), a pianista Mirta Herrera (Argentina-Itália), entre outros, marcam presença no evento, que será realizado do dia 25 de agosto a 8 de setembro. As Semanas de Música de Câmara são promovidas desde 2004 pela Fundação de Educação Artística, durantes os meses de março e setembro, com o objetivo de congregar professores, estudantes e músicos profissionais em torno desse gênero musical, estimulando a formação de grupos. Ao longo do evento, são oferecidos, aos participantes, aperfeiçoamento instrumental com importantes professores e treinamento para jovens, na “orquestra experimental”. Professores convidados Mirta Herrera – Nascida na Argentina, estudou piano no conservatório de Buenos Aires. Vencedora do prêmio Vincenzo Scaramuzza, prosseguiu os estudos em Roma, na Accademia Nazionale di Santa Cecilia, com Carlo Zecchi, e no Centro internazionale di Studi musicali, com Fausto Zadra. Como bolsista do governo alemão, frequentou as aulas de Günter Ludwig, na Musikhochschule di Colonia, onde se diplomou com nota máxima, além de obter a Licence de concert do Conservatório de Lausanne (Suíça). Frequentemente convidada a integrar bancas de concursos de piano e de música de câmara, Herrera apresenta-se como solista, e em formações coletivas na Europa, nas Américas do Norte e do Sul, na Ásia e na África. Márcio Carneiro – O violoncelista nasceu no Rio de Janeiro e começou os estudos musicais aos seis anos. Depois de lhe ter sido atribuído o primeiro prêmio da Associação das Escolas de Música do Brasil, obtém bolsa do governo alemão para continuar a estudar na Europa com o famoso violoncelista André Navarra. Em 1976, adquire o diploma – cum laude – da Academia Chigiana de Siena e, em 1977, da Escola Superior de Música de Detmold, onde lhe é oferecido o cargo de professor, o qual exerce desde 1979. O prêmio do Concurso Internacional de Tschaikovsky, em Moscou, no ano de 1978, marca o início de uma carreira fulgurante como concertista e pedagogo. Desde então, Carneiro tem-se apresentado como solista, acompanhado de numerosas orquestras, tendo, igualmente, dado numerosos recitais na Europa, nas Américas do Norte e do Sul, no Japão e na Coreia. Tanto o público como a crítica louvam-lhe a beleza e a cor do som, a perfeição de sua técnica e a autenticidade de estilos. Regularmente, o artista realiza masterclasses nos Festivais de Música de Sion (Suiça), Flaine (França), Estoril (Portugal) e Bariloche (Argentina). Götz Hartmann – Nasceu na Alemanha, estudou violino com G.Kehr e I.Ozim na Musikhochschule, de Colonia, e, também, com M.Rostal e L.Kogan. Em 1979, torna-se “spalla” dos segundos violinos da Orquestra Filarmônica da Rádio de Saarbrücken. Em 1983, fundou o Artus Quartett e tocou, como 1° violino, nas mais importantes salas de concerto de Europa, Ásia e América. O quarteto tinha repertório muito extenso, dos grandes clássicos à musica contemporânea. Atualmente, integra o Duo Kreutzer com, a pianista Mirta Herrera, e o Quartett–Plus. Götz Hartmann tem intensa atividade como professor e, sobretudo, como regente. Seus recentes concertos, no Japão e na Itália, tiveram enorme sucesso de crítica e público. João Carlos Ferreira – Mineiro de Juiz de Fora, foi aluno de Nelson Nilo Hack, André Pires e Bernardo Bessler. Participou de diversos festivais de música no Brasil e foi premiado, em 1997 e 1999, pelo Concurso Paulo Bosísio, em sua cidade natal. Atuou como “spalla” e solista junto a jovens orquestras nos anos seguintes. No Rio de Janeiro, foi membro do Quarteto Radamés Gnatalli, com o qual fez turnê pelos EUA a convite da Universidade Estadual da Califórnia. Participou de diversas bienais de música contemporânea e recebeu o Prêmio Rumos Itaú Cultural. Destaque para suas gravações de Quatro Quadros, de Jan Zack, pelo selo Bachiana Brasileira, do álbum Quadro Brasil, pelo selo Rádio MEC, além do DVD Rumos Itaú Cultural 2007-2009. Ressaltem-se, ainda, sua participação no grupo experimental Sorvetes Miracelli e a premiação no Primeiro Concurso de Composição e Arranjo para Orquestra de Sopros da Fundação de Educação Artística de Belo Horizonte, em 2011. Foi violinista da Orquestra Sinfônica Brasileira, de 2004 a 2008, ano em que se transferiu para Belo Horizonte, a fim de integrar a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, onde iniciou, profissionalmente, sua atuação como violista. Desde 2009, ocupa a posição de chefe de naipe das Violas. A Fundação de Educação Artística – FEA A Fundação de Educação Artística – FEA – é uma entidade sem fins lucrativos, de forte cunho social, com penetração em todas as classes sociais, que tem como objetivo contribuir, ali onde o Estado não atua suficientemente, para a democratização, o aprimoramento e a atualização do ensino das artes e, em particular, da música. Criada, em maio de 1963, por um grupo mineiro de artistas e intelectuais, apresentou-se, desde sempre, como um centro de experimentação, renovação e difusão artística de base cultural ampla. No âmbito educacional, merece destaque o papel desempenhado pela FEA no processo de atualização do ensino musical, não só em Belo Horizonte, mas também em diversos centros de formação do País. Por valorizar o intercâmbio entre as artes, a Fundação de Educação Artística mantém-se sempre aberta a novas ideias, experimentações, pesquisas, e é, essencialmente, uma defensora contumaz da música de nosso tempo.