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Dia 15 de agosto, a Faísca, mostra mensal de publicações independentes e produção gráfica, chega a sua terceira edição com mais novidades. O projeto recebeu 20 participantes na estreia, dobrou o número de convidados na segunda edição e agora conta com 45 expositores. Gratuito e livre para todas as idades, o evento acontece no terceiro sábado de cada mês, das 11h às 17h, no BDMG Cultural.

Entre os grupos que integram a programação pela primeira vez estão Chão da Feira – editora especializada na publicação de ensaios, livros de poesia, prosa e fotografia – e o projeto PRUMO, que usa técnicas como monotipia, carimbo, lettering e colagem, priorizando materiais recolhidos na rua, para a confecção dos trabalhos. O coletivo Lunática, formado por adolescentes de 14 a 16 anos, é mais uma das novidades. O projeto surgiu a partir de um grupo de debates sobre feminismo criado pelas artistas, que são colegas de escola. Elas levam suas discussões para zines, cartazes e lambe-lambes.

Assim como nas outras edições, a mostra de agosto oferece uma minioficina gratuita, “Barulho Gráfico: a palavra inserida na imagem”, apresentada por Bruno Pirata. As inscrições, destinadas a todo o público interessado, devem ser feitas via formulário eletrônico, até o preenchimento das 20 vagas disponíveis. O endereço para a solicitação do documento épulo@pulocomunicacao.com.br.

A proposta da Faísca – Mercado Gráfico é incentivar novas produções, oferecer ao público a oportunidade de acompanhar os lançamentos e popularizar trabalhos que, nem sempre, chegavam aos interessados. A mostra é uma iniciativa criada pela Pulo Comunicação, realizada por meio de parceria com o BDMG Cultural.

O encontro permite que os visitantes conheçam várias técnicas criativas do setor de produção gráfica, além de proporcionar diálogo com os artistas que expõem suas obras. Para as crianças, foi criado um espaço exclusivo, que oferece mesas, desenhos e material para colorir. Mais uma vez, o BDMG Cultural afirma sua trajetória de investimento na produção contemporânea.

"Barulho Gráfico: a palavra inserida na imagem"

O artista gráfico Bruno Pirata trabalha em sua minioficina a diversidade de perspectivas existentes para se pensar a palavra, sua relação e inserção na imagem. Para além dos propósitos de escrita ou leitura, ele discute o uso das palavras na arte. Elas podem funcionar como elemento de composição, personagem, módulo, cenário ou como outros inúmeros recursos que a criatividade permitir.

A minioficina é um desdobramento da monografia “Barulho Gráfico: a narrativa pela onomatopeia”, apresentada por Bruno Pirata na Escola de Belas Artes da UFMG. Expandindo o conceito da pesquisa original, o artista leva para o BDMG Cultural atividades para colocar em prática o conteúdo discutido com o público.

Bruno Pirata

Bruno Pirata é um dos criadores do selo Passaporte, que produz publicações independentes usando técnicas alternativas de impressão e de acabamento. Pelo selo, lançou a revista Tombo, o caderno de desenhos Sótão e a antologia Cidade Terra. Explorando a potência da onomatopeia, ele criou os zines em formato de pôster Panis et Circenses e Gustavo, resultados de seu trabalho de conclusão de curso que foram relançados pelo Passaporte.

Foto: Divulgação