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A Fundação Municipal de Cultura, por meio do Centro de Referência Audiovisual (CRAV), lança o seu mais novo projeto intitulado Audiovisual em Debate. O convidado de estreia é o conhecido pesquisador de cinema e roteirista Ataídes Braga que irá apresentar a palestra: “As Salas de Cinema de Belo Horizonte e suas transformações”. O encontro acontece, dia 6, às 19h, no auditório do Centro de Referência da Moda (Rua da Bahia 1.149 – Centro). A atividade é gratuita e voltada a todos os interessados na linguagem audiovisual. “Quem nunca viu, sofreu, chorou por um cinema fechado tem coração de pedra”. Foram esses versos de Carlos Drummond de Andrade que impulsionaram a pesquisa de Ataídes Braga sobre as salas de cinema. Cidade que já abrigou várias delas, hoje Belo Horizonte vive a realidade da maioria das cidades brasileiras, cujas salas de cinema de rua fecharam ou migraram para os shoppings. A palestra do professor pretende apresentar e debater o painel dos cinemas na capital mineira hoje, fazendo uma contraposição entre os fechamentos e a abertura de outros espaços, como o caso dos cines Palladium, Brasil e Pathé. Sem esquecer a eterna resistência do cine Humberto Mauro e do Belas Artes, que até hoje sobrevivem na cidade. O palestrante Ataídes Braga é professor e pesquisador de cinema, produtor, ator e roteirista. Mestre em Artes pela UFMG, com larga experiência docente em cursos universitários e escolas livres de cinema, é também membro do Centro de Estudos Cinematográficos de Minas Gerais e do Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro. Ataídes é autor dos livros “O Fim das Coisas – as salas de cinema de Belo Horizonte”, de 1996; “Poesia Fragmentos de versos”, de 2007 e “Cachoeira de Filmes – o cinema Humberto Mauro como espaço de exibição e resistência” de 2011. Novidade Audiovisual em Debate é o mais novo projeto do CRAV. Constitui-se de palestras mensais cujo objetivo é apresentar discussões sobre o universo do audiovisual, propondo debates sobre a temática da preservação, mas também contemplando questões concernentes à produção, distribuição, exibição e formação de público. Ao longo do ano, serão privilegiadas apresentações que dialoguem com a produção mineira e belo-horizontina. As atividades são gratuitas e abertas aos interessados em audiovisual.