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Apresentações de pole dance, performances no tecido, lira, trapézio e malabarismo compõe a programação do Voo Livre, no dia 20 de agosto. Promovido pelo Studio A para marcar os dois anos de história da escola, o festival apresenta o trabalho de novos artistas com diferentes formas de expressão. A intenção é mostrar propostas criativas que fogem do lugar comum, revelando a diversidade de linguagens que habita o universo do estúdio. O evento é aberto ao público, tem início às 16h e conta com a participação de professores, alunos e convidados. O ingresso custa R$10,00 e todo o dinheiro arrecadado será destinado ao Projeto Querubins.

Além do festival, outras atividades compõem a programação de aniversário do Studio A. No dia 7 de agosto, a escola promove a Maratona de Circo, com cinco oficinas para alunos iniciantes e avançados. No dia 27, as ruas da Pampulha serão ocupadas com intervenções de street pole, que nada mais é do que realizar os movimentos acrobáticos em placas de sinalização, ressignificando objetos do mobiliário urbano com performances artísticas. Para finalizar, de 1 a 4 de setembro, o studio recebe Anna Bia e Júlio Peixoto, dois dos principais pole dancers brasileiros, para uma série de workshops.

Destaques Voo Livre
Entre as performances circenses está a de Gabriel Wallace na lira. Além de representar a escola em competições, ele é artista, professor de acrobacias aéreas e contorcionista. Já participou de cursos com a coreógrafa Deborah Colker e atuou em musicais. Sua formação inclui cursos de dança contemporânea, ballet e clássico no Corpo Escola de Dança. Com coreografia que dialoga com a dança contemporânea, a dançarina e professora Taís Daher faz uma apresentação de pole dance. Taís começou a fazer aulas de ballet aos 4 anos de idade e desde então a dança virou uma paixão. Já conquistou premiações em campeonatos, como no Festival de Dança de Joinville, o maior evento da modalidade. Conheceu o pole dance há 4 anos e viu na prática uma oportunidade de unir as acrobacias à fluidez da dança.

Studio A

Exercícios completos que trabalham a musculatura, ampliam a flexibilidade, estimulam a criatividade e o auto conhecimento. Práticas tão diversas que incluem o rigor dos esportes e a criação poética das artes. Não é à toa que as chamadas artes aéreas estão se popularizando no Brasil. Entre as modalidades se destacam Pole Dance, Tecido, Lira e Trapézio. Em Belo Horizonte, o Studio A se especializou na área e oferece aulas regularmente. Criado em 2014, o empreendimento começou focado no Pole Dance, mas a professora e proprietária Lu Senra logo visualizou a possibilidade de diálogo com outras artes e, aos poucos, foi expandindo as atividades.

A vontade de transmitir e expandir o conhecimento leva a escola a promover workshops com frequência. A intenção é possibilitar aos alunos o contato com outros olhares e formas de criação. Entre os nomes internacionais que já ensinaram na escola estão as pole dancers australianas Maddie Sparkle e Michelle Shimmy, a russa Natalia Meshcheriakova e a norte-americana Sergia Louise Anderson. Para se atualizar e mostrar como as artes aéreas e a dança estão sendo trabalhadas no Brasil e fora dele, os professores também investem em cursos com profissionais de todo o mundo.

Com a profissionalização da sua equipe, o Studio A tem se destacado em competições e eventos nacionais e mundiais de pole dance. Em 2015, o atleta e professor Gabriel Wallace foi campeão brasileiro de Pole Sports, garantindo uma vaga no World Pole Sports Championships, realizado anualmente em Londres. Ele também demonstrou suas habilidades artísticas no Pole Art Brasil 2016, ficando com a segunda colocação. A dançarina e professora Taís Daher também participou da competição e conquistou o primeiro lugar na categoria amador, além de ter levado o prêmio de melhor figurino do campeonato.

Projeto Querubins

Há cerca de um ano, a escola firmou parceria com a Associação Querubins e desde então oferece aos moradores da Vila Acaba Mundo aulas voltadas à pratica e conhecimento de habilidades circenses. Malabarismo, equilibrismo e acrobacias de solo são algumas das atividades desenvolvidas todas as semanas pelos alunos. O Projeto Querubins, que agora conta com o apoio solidário da equipe do Studio A, existe desde 1993 e oferece cursos para mais de 100 crianças e adolescentes da comunidade.

Foto: Rodolfo Ribeiro