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Poeta Adriano Espínola lança livro na Academia Mineira de Letras

O autor autografa novo livro e fala sobre trajetória poética de Guimarães Rosa

Depois de uma breve pausa para as férias, O Autor na Academia chega a mais uma edição. O convidado da vez é o renomado poeta cearense Adriano Espínola, que participa do projeto na quarta-feira, dia 12 de agosto, às 19h, na Academia Mineira de Letras.  O escritor lança em Belo Horizonte seu mais novo trabalho, Escritos ao sol (Record, 2015), antologia que reúne 99 poemas, entre clássicos e inéditos. O livro estará à venda no local pelo preço simbólico de R$10,00. Na ocasião, o autor falará também sobre a poesia de Guimarães Rosa, usando como recorte o período que envolve os livros Magma (escrito em 1936, mas publicado em 1997) e Ave, palavra (1970). A entrada é franca.

 

Escritos ao sol traz os melhores poemas do escritor, desde o grande sucesso Táxi (1986) até Praia Provisória (2006), ganhador do Prêmio da Academia Brasileira de Letras de Poesia, de 2007. A coletânea traz também poemas inéditos, como Fome, Dublê e Mariposas. Na apresentação do livro, o crítico e escritor Eduardo Portella escreveu sobre o autor:  “Adriano Espínola amplia o horizonte, e sem esquecer a cidade, até ‘as esquinas futuras da cidade’, o taxímetro e sua bandeirada patética, a difícil parceria do asfalto e do afeto, ele se embrenha pelos sertões reais e imaginários, presentes ou passados, próximos e distantes, quando o sertanejo já não é ‘antes de tudo um forte’”.

 

Membro da Academia Carioca de Letras, Adriano também abordará na palestra um lado pouco destacado da obra de Guimarães Rosa, o lado poeta, rejeitado pelo próprio escritor mineiro. Adriano escolheu iniciar o recorte com o livro Magma, escrito por Guimarães em 1936 sob o nome de Viator e primeiro livro do escritor. A obra ganhou o Prêmio da Academia Brasileira de Letras na época mas só foi publicada em 1997, trinta anos depois da morte de Guimarães, que considerava o livro uma obra de pouco valor. O autor de Grande Sertão Veredas desvalorizava suas produções poéticas e frequentemente fazia uso de pseudônimos, em forma de anagramas do próprio nome, para assinar suas poesias. Os mais conhecidos são: Soares Guiomar, Meuriss Aragão e Sá Araújo Ségrim.

 

Outro livro póstumo de Guimarães, Ave, palavra, de 1970, marca o fim do período abordado por Adriano na palestra. A obra reúne contos, poesias, notas de viagem, trechos de diários, reportagens poéticas, meditações, e ainda poemas dramáticos e reflexões filosóficas do escritor Guimarães Rosa.

 

Adriano Espínola

Nascido em Fortaleza (CE), em 1952, Adriano é mestre em Poética e doutor em Literatura Brasileira pela UFRJ. Professor de literatura da Universidade Federal do Ceará,  lecionou também na Université Stendhal Grenoble III e na Universidade Federal do Rio de Janeiro. É autor de seis livros de poesia, além de ensaios importantes sobre Gregório de Matos e Sousândrade. Pertence ao PEN Clube do Brasil e à Academia Carioca de Letras.
 

Principais prêmios:

• Fundação Biblioteca Nacional para Obra em Curso (Beira-Sol; Poesia), em 1996.

• Finalista Prêmio Jabuti, com Beira-Sol, em 1998.

• Academia Brasileira de Letras, com Praia provisória (Poesia), em 2007.


Foto: Divulgação

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