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Estampoemas – Os Filhos de Chica da Silva
Artista plástica cria “poemas de vestir” para contar a história de Chica da Silva e seus grandes amores, o marido e os filhos.
”Estampoemas” são poemas de vestir, criação da artista Elisa Grossi, que une os conceitos de roupa, panfleto e estandarte. Serão criados cinco “estampoemas”, elaborados através das oficinas oferecidas pelo projeto que contarão de maneira sedutora, lúdica e plástica, diversas histórias destes personagens, suas famílias, curiosidades de Lisboa e de Diamantina, passando pelo Curral Del Rey, arraial a partir do qual foi fundada a cidade de Belo Horizonte.
As peças trarão em seu planejamento textos bordados, desenhos e impressos, texturas e riqueza de manufaturas como os estandartes do século XVIII expostos em ambientes fechados, abertos e procissões cujo principal objetivo era levar informação aos colonos. Deixando as conclusões para o expectador. Estes artefatos serão enriquecidos com odores que nos falam da África, de Portugal e das Minas Gerais.
A exposição será composta pelos “estampoemas”, por elementos olfativos e degustativos da culinária mineira, imagens, sons e os produtos originados da oficina de bordaria e pintura artesanal.
Através da inserção de ruídos sonoros nativos (áudio), reverenciaremos traços de herança cultural proveniente da África e de Portugal. Estes sons se misturarão aos odores e sabores de uma época, que sofreram intervenções culturais e ganharam formatos diferenciados, sendo considerados o gênesis da cultura local.
Completando a cenografia, quadros de Elisa Grossi terão detalhes reproduzidos sobre as indumentárias junto à poética de artistas como Fernando Pessoa, André Pires, João Villaret, Chico Buarque, Gilberto Gil, Capinam, Caetano Veloso, Geraldo Vandré, Hélio Oiticica e Dona Ambrosina. Em todas as peças estarão presentes ícones e textos da família de João Fernandes e Chica da Silva, de Lisboa e do Arraial do Tijuco. Cópias das aquarelas de Carlos Julião, Debret e Rugendas. Assim com elos se construindo em renda, unindo os dois tempos.
A exposição trabalhará os sentidos dos visitantes através da aplicação da vegetação nativa nas peças, valorizando o patrimônio da região. Esta intervenção tem como objetivo aguçar o sentimento de preservação da comunidade e inserir traços desses elementos que recontam a história dos moradores do Arraial do Tijuco na segunda metade do século XVIII, pois através dos frutos e da vegetação poderemos entender as bases da culinária, dos utensílios, dos medicamentos e afrodisíacos dos pigmentos cultuados na época e repassados até os dias atuais.
Previamente à exposição, serão realizadas 3 oficinas para construção dos estampoemas, com as temáticas de design da moda, estamparia, bordaria, costura manual e sabores de Minas. Cada oficina terá 18 horas/aula.
Como benefício e resultado, os participantes das oficinas terão o fortalecimento da mão-de-obra artesã, o ensino de ofício qualificado e o resgate cultural da história do bordado da pintura e da culinária, uma tradição herdada do Ciclo do Diamante.
Para a divulgação da exposição haverá um cortejo com algumas peças chaves da “Estampoemas”. Este cortejo ocorrerá dentro dos moldes das festas do Divino e do Rosário, iniciando com o estandarte representando todas as irmandades, seguido pelos estampoemas.
A mostra “Estampoemas” conta com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e tem o apoio do Instituto Cultural Sérgio Magnani.
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