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Pia Fraus estreia “O Círculo das Baleias” em Belo Horizonte

Em cartaz de 9 a 31 de agosto, o espetáculo comemora os 30 anos de estrada da trupe paulistana e o 1º aniversário do CCBB BH

Fábulas, contos, imaginação... Mentiras boas? Sim! E o que seria do mundo sem a parcela (fundamental) de fantasia? Comemorando 30 anos de estrada, uma das principais companhias de teatro do país, a Pia Fraus traz a Belo Horizonte “O Círculo das Baleias”. Em cartaz no CCBB de 9 a 31 de agosto, a peça faz parte da programação do 1º aniversário do Centro Cultural e será exibida aos sábados às 15 e 17 horas e aos domingos às 11 e 16 horas. Os ingressos custam R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia-entrada) e podem ser adquiridos na bilheteria do CCBB. Para mais informações acesse www.bb.com.br/cultura. 

Conhecida pela inventividade com que une várias linguagens como teatro de bonecos, circo, dança e cultura popular, a Pia Fraus (que em latim quer dizer “uma mentira contada com boas intenções”) traz, em “O Círculo das Baleias”, a história de Jujuba, uma filhote jubarte, que se perde da mãe, que foi apanhada por caçadores. Jujuba tem que aprender a se virar sozinha, mas para sua sorte ela encontra Gardeu, um pinguim argentino, de quem se torna amiga. Juntos, iniciam uma viagem rumo ao Sul, onde conhecem várias criaturas do fundo do mar. 

Temas como amizade, solidariedade e consciência ambiental fazem parte do roteiro assinado por Beto Andretta, um dos fundadores da Pia Fraus. Ele conta que a ideia surgiu de um passeio que ele fez com os filhos ao arquipélago de Abrolhos, no litoral da Bahia. O lugar é o habitat natural das baleias jubarte que procuram as águas quentinhas para ter seus filhotes. Uma vez crescidos, eles iniciam uma longa jornada até o Polo Sul, onde vários cetáceos se reencontram. 

“O Círculo das Baleias” foi a peça escolhida pela Pia Fraus para comemorar seu aniversário de 30 anos e nela estão presentes características que ajudam a definir a longa trajetória da trupe paulistana, como a forma particular da relação entre atores e bonecos e a riqueza do trabalho interdisciplinar, com atores de diversas formações artísticas. “Sem dúvidas este é um trabalho que está inserido na pesquisa que desenvolvemos há 30 anos, sempre procurando aprofundar a fusão de várias linguagens com a cultura popular brasileira”, sublinha Andretta. 

A questão corporal, a coreografia que remete à fluidez da água e a afinidade dos atores com a dança são aspectos destacados pelo diretor do espetáculo, Wanderley Piras. “O processo de pesquisa para ‘O Círculo das Baleias’ percorreu um caminho muito interessante. Como a peça se passa no fundo do mar, buscamos movimentos fluidos, tanto na manipulação, quanto na coreografia. Isso casou muito bem com a maneira particular da manipulação direta dos bonecos, onde os atores interagem com eles sem o uso de varetas ou acessórios”. 

Esta é a quinta peça que Piras dirige na companhia Pia Fraus. Em sua longa relação com o grupo, ele destaca como ponto alto da peça a sensibilidade das cenas, construídas com o cuidadoso diálogo entre boneco e ator. 

Complementando a fala do seu parceiro, Beto Andretta também chama a atenção para o trabalho desenvolvido por Célia Catunda, na criação dos bonecos, para a trilha sonora especialmente criada por Gustavo Bernardo e para a iluminação “muito delicada assinada por Wagner Freire, além da incrível performance dos quatro atores em cena”, diz. 

Pia Fraus 

O primeiro espetáculo da Pia Fraus também foi dedicado ao público infantil. Em 1984, Beto Andretta, ex-aluno do VentoForte, e o artista plástico Beto Lima foram convidados pela cantora Doroty Marques a integrarem o projeto “Criança Faz Arte”, na favela do Cafezal, em Belo Horizonte. Em 1989, os Betos convidaram o ator Domingos Montagner, que deu o nome ao grupo. 

Hoje são mais de 20 espetáculos encenados em diversos lugares do mundo (mais de 20 países também), desde os vizinhos Argentina, Chile e Venezuela aos mais distantes Timor Leste, Eslovênia e Escócia. A trupe ficou conhecida, sobretudo, pelo uso de bonecos gigantes em produções infantis como ‘Bichos do Brasil’. Entre as peças para adultos, fizeram ‘Antígona’, ‘Farsa Quixotesca’, entre outras. 

Ao longo de sua trajetória, convidaram diversos diretores como Naum Alves de Souza, Hugo Possolo, Osvaldo Gabrieli e Francisco Medeiros e firmaram parcerias com grupos renomados como XPTO e Parlapatões. A participação em muitos festivais nacionais e internacionais e a conquista de dezenas de prêmios, como o APCA de Melhor Cenografia por “Filhotes da Amazônia”, são pontos importantes de sua trajetória. Acessewww.piafraus.com.br para saber mais sobre o grupo. 

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