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Os mestres do Samba de BH

A Velha Guarda do Samba de Belo Horizonte é retratada pelas lentes do fotógrafo Elmo Alves Na capital mineira também se faz samba, com uma tradição que vem desde a metade do século passado. Músicos que fizeram e fazem história na Lagoinha, no Concórdia, na Pedreira Prado Lopes, no Santo André, Praça Raul Soares, Praça Sete, Cidade Jardim e, agora, na Galeria de Arte do BDMG Cultural, são protagonistas das fotografias de Elmo Alves. As imagens do ensaio A Velha Guarda do Samba de Belo Horizonte serão expostas de 9 a 25 de agosto. Na abertura, no dia 8 de agosto, às 19 horas, membros da “Velha Guarda” participarão de uma apresentação, tocando sucessos do samba. A exposição faz parte da programação da III Semana de Fotografia de Belo Horizonte. O ensaio, com vinte retratos em preto e branco, revela o perfil elegante de senhores e senhoras que se dedicam ao samba, com histórias para contar e cantar. O fotógrafo Elmo Alves registrou 18 sambistas de Belo Horizonte, ícones do movimento na capital. Participam da exposição os músicos, intérpretes e compositores Ademir, Carlos, Clélia, Doneliza, Hélio Pereira, Jadir Ambrósio, João Saraiva, Juarez de Araújo, Lagoinha, Lucinha Bosco, Mandruvá, Mauro Saraiva, Mestre Conga, Misael do Cavaco, Paulo Santos Reis, Plínio Saraiva, Sílvio Luciano e Tomás José (Pepe). Muitos desses músicos viveram no berço do samba na cidade, a Pedreira Prado Lopes, na Lagoinha. Nesta região nasceu a primeira escola de samba de BH, no “Buraco Quente”, uma vila na entrada da comunidade. No local, muita música foi produzida, deixando um grande acervo para a história do gênero na capital. Porém, com o passar dos anos, esses artistas foram esquecidos, e as suas heranças musicais limitaram-se a encontros e rodas de samba entre amigos. Para que essa tradição não se perdesse com o tempo, artistas formadores dessa história, filhos e netos dos precursores do samba na capital, se uniram, em meados dos anos 1990, para reviver as origens do samba em Belo Horizonte. Os principais responsáveis por essa ideia foram Gilson Melo e o músico Mestre Conga. Desde 2001, a “Velha Guarda” faz shows em centros culturais e casas de espetáculos. Os seus aproximadamente vinte integrantes participam de festivais de arte como o FIT (Festival Internacional de Teatro), o FAN (Festival de Arte Negra) e do encerramento do concurso Comida di Buteco. O grupo já gravou CD e foi tema do documentário Roda, dirigido por Carla Maia e Raquel Junqueira, com produção e pesquisa de Marcos Valério Menezes Maia. Recentemente, foi criada a Associação Velha Guarda da Faculdade do Samba. Quem é Elmo Alves? Elmo Alves é fotógrafo, matemático, mestre em tratamento de imagens georreferenciadas, professor da Universidade FUMEC e do curso de pós-graduação em fotografia, técnica, linguagem e mídia, da UNA. Atua, também, como sócio proprietário do Estúdio Laboratório Fotográfico Camera Lvcida. Já presidiu a Associação de Fotógrafos de Minas Gerais (Fototech) e é o fundador do Fotoclube BH. É membro da Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil (RPCFB) e do Fórum Mineiro de Fotografia Autoral (FOMFA).

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