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Literatura rosena musicada por artistas mineiros é atração do 2º Inverno das Artes

Para comemorar os 70 anos de Sagarana e os 60 anos de Corpo de Baile e Grande Sertão Veredas, obras do célebre escritor Guimarães Rosa, o 2º Inverno das Artes apresenta três atividades especiais. Participam das homenagens cantores renomados que interpretam músicas baseadas nas obras do autor mineiro, além de contação de histórias e relatos de pesquisas teóricas.

 

As apresentações são gratuitas e acontecem na Sala Juvenal Dias nos dias 27 e 28 de julho, sempre às 19h30. A classificação é livre e os ingressos podem ser retirados 30 minutos antes do espetáculo.

 

Nascido em Cordisburgo, João Guimarães Rosa foi um importante escritor brasileiro e criador de uma das vertentes do regionalismo brasileiro. Seu estilo de escrita reinventou e renovou a linguagem regionalista, inspirando até hoje várias gerações de escritores. As obras homenageadas são os três primeiros livros publicados do autor, que usava de neologismos, metáforas e imagens para compor uma narrativa que beira o limite entre a poesia e a prosa. As descrições extremamente detalhadas envolvem seu leitor nas histórias e os trazem para cenas clássicas do sertão. 

 

QUARTA - 27

Celso Adolfo - Sagarana

A musicalidade dos trechos literários de Guimarães Rosa fica por conta de Celso Adolfo. O compositor apresenta a série de canções Música para Sagarana, baseadas no livro homônimo do autor, criadas para o CD em que o músico aprofunda os sentidos do texto para compor as canções. O cantor procura interpretar a melodia por trás das palavras, explorando ao máximo ritmo e sonoridade a fim de inserir os ouvintes nas obras.

 

Mineiro de São Domingos do Prata, Celso Adolfo começou sua carreira musical na década de 70, no Clube da Esquina e seu primeiro disco, "Coração Brasileiro", foi produzido por Milton Nascimento, cuja faixa "Anima" foi gravada por Milton e Elba Ramalho. Tem como parceiros os músicos João Bosco, Victor Biglione e Nino Assumpção, entre outros. Com o arranjo de Wagner Tiso, sua música "Minueto" foi incluída na trilha sonora da novela "Fera Ferida" (Rede Globo).

 

QUINTA - 28

Grupo Miguilim

O Grupo Miguilim encarra as atrações sobre a obra de Guimarães Rosa. Composto por jovens com idade entre 13 e 20 anos, o Grupo Contadores de Estórias Miguilim interpreta contos do autor retirados desde o primeiro livro do autor, Sagarana, até o último, Magma. A apresentação procura transportar o leitor para o interior do conto, fazendo com que se sintam como os personagens e interajam do início ao fim com as palavras Roseanas. Com classificação livre, a apresentação é às 19h30 e gratuita, com retirada de ingressos 1h antes do espetáculo.

 

Criado em 1996 pela Dr. ª Calina da Silveira Guimarães, o Grupo de Contadores de Estórias Miguilim é formado por crianças e adolescentes com idade entre 13 e 20 anos. Com nome inspirado no livro “Manuelzão e Miguilim”, Miguilim carrega toda a história do próprio Guimarães Rosa quando criança. Pobre, humilde e sofrido, morava com os pais em Cordisburgo, cidade tranquila do interior de Minas Gerais. Prima do escritor João Guimarães Rosa, Calina fundou o grupo com o objetivo principal de tornar mais atraentes as visitas ao Museu Casa Guimarães Rosa.

 

2º Inverno das Artes – Na segunda edição do Inverno das Artes, a Fundação Clóvis Salgado traz a Belo Horizonte importantes artistas da atual cena contemporânea. Gilberto Gil & Jorge Mautner, Tom Zé, Arrigo Barnabé & Paulo Braga e Eduardo Dusek, além de nomes promissores da nova geração da MPB, como Duda Brack. A proposta é fomentar a cultura no mês de julho, em Belo Horizonte, e transformar o Inverno das Artes em uma referência para a cidade, garantindo, anualmente, programação variada com artistas reconhecidos por seu trabalho autoral e independente.

 

Esta edição do Inverno das Artes buscou referências na linha histórica que se inicia no barroco, na sua ressignificação pelo modernismo, na antropofagia, na vanguarda paulista e nos desdobramentos contemporâneos herdeiros dessa linhagem artística.

 

Outro diferencial do Inverno das Artes é que algumas apresentações acontecem na segunda-feira, dia em que as atividades culturais são escassas em Belo Horizonte. Sendo assim, a FCS aposta neste nicho e mantém sempre uma ótima atração às segundas-feiras. 

 

Foto: Divulgação

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