Notícias
23º Festival Mundial de Circo integra a Temporada França/Brasil 2025
Festival acontece em Belo Horizonte, de 9 a 17 de agosto
Respeitável público! Belo Horizonte se tornará a capital do circo com o 23º Festival Mundial de Circo - primeiro festival internacional dedicado exclusivamente ao circo na América Latina -, que acontecerá de 9 a 17 de agosto. Integrado à Temporada França/Brasil 2025, o festival celebra toda a magia e a diversidade da produção circense contemporânea, com uma programação nacional e internacional que, além de brasileiros e franceses, reunirá expoentes de outros países parceiros, como a Argentina. As atividades vão ocupar o Galpão Cine Horto, Teatro Sesiminas, Teatro Marília, Sesc Palladium, Sesc Tupinambá e a Funarte, além de parques e praças, como a Praça da Liberdade, Parque Municipal e o Parque da Cidade Nova, com uma vasta programação de espetáculos, oficinas, mostra de filmes e exposições. Entre as novidades desta edição está o lançamento do “Passaporte Experimenta Circo”, com a participação de escolas de circo que abrirão suas portas para quem quiser experimentar a prática circense gratuitamente.
A programação completa do Festival Mundial de Circo está disponível no site www.festivalmundialdecirco.com.br e no Instagram @festivalmundialdecirco. As atividades na Funarte e nos espaços públicos terão entrada franca. Os ingressos para os espetáculos em cartaz nos teatros custam R$20,00 (meia entrada) e estarão à venda no www.sympla.com.br ou na bilheteria física dos equipamentos.
A 23ª edição do Festival Mundial de Circo é realizada com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, Lei Federal de Incentivo à Cultura, e conta com o patrocínio do SICOOB, Materdei e da Mascarenhas Barbosa Roscoe. Este projeto foi fomentado pelo “Programa FUNARTE de Apoio a Ações Continuadas 2023.
“A França é um dos principais países europeus a desenvolver a arte circense de maneira completa, desde a formação dos artistas e da produção até a difusão dessa arte. Nesta temporada, a gente propôs integrar a Temporada França/Brasil 2025, trazendo duas produções importantes: o espetáculo "Yongoyely", do Circus Baobab, que é franco-africano, com sede em Guiné, mas tem direção francesa, e a montagem “Hier Arrive Bientôt”, da Companhia Atònita”, justifica a idealizadora e coordenadora do festival, Fernanda Vidigal.
Companhias renomadas mostrarão o seu talento, reforçando uma agenda que promete misturar as linguagens estéticas clássicas com novas abordagens da arte do circo. A seleção dos trabalhos que irão integrar a programação foi feita por meio de uma chamada pública, aberta nacional e internacionalmente, que neste ano recebeu um número próximo de 500 inscrições. Fernanda Vidigal conta que a programação foi pensada com foco na qualidade artística e estética, e na diversidade de linguagens e temas dos espetáculos. “O que se pode esperar desta edição é um panorama da produção circense no Brasil e no mundo, com espetáculos e performances que dialogam e exploram questões sociais, políticas e existenciais, refletindo as realidades multifacetadas do mundo contemporâneo, além de utilizarem diferentes técnicas e estéticas na encenação e uma elaborada integração de linguagens”, explica Fernanda Vidigal.
Entre as apresentações internacionais desta edição, o ponto alto é o espetáculo “Yongoyely”, do grupo guineense “Circus Baobab”, com uma narrativa que joga luz sobre a condição feminina naquele país. Também tem destaque a companhia francesa “Atònita”, com seu espetáculo “Hier Arrive Bientôt”, solo de uma inescrupulosa e sonhadora palhaça.
O circo argentino é outro atrativo, com a “Fanfarria Ambulante” apresentando “A Fabulosa Travessia”, que recria a viagem de uma tripulação hilariante do continente imaginário "Balkanatolia" à sua terra prometida; e a palhaça Maku Fanchulini, com o espetáculo “Metro e Meio”, baseado em ação física e comunicação cômica com o público. Momentos técnicos, lúdicos e explosivos acontecem de forma dinâmica durante essa apresentação.
Na agenda de artistas nacionais, destacamos Iara Gueller, com o espetáculo “99 cm”, que conta a história de uma pequena profissional de circo que cria tudo sozinha (ou quase sozinha) e compartilha com o público sua vida, suas ideias, seus pesadelos e desafios de ser artista e produzir um espetáculo. Merece atenção especial ainda a Cia. Barnabô com seu “Casal 20 - União Instável”, que une teatro e circo de forma original e inovadora para a cena latino-americana, ao abordar um convite inesperado que leva o casal de palhaços Lucila e Lupércio a uma grande missão, trazendo à tona as duas décadas em que estão juntos.
Uma das características do Festival Mundial de Circo é a democratização do acesso ao circo, conforme lembra Fernanda Vidigal. Com isso, a 23ª edição irá ocupar, além dos teatros e da Funarte, outros espaços culturais e públicos da cidade, como o Parque Municipal,a Praça da Liberdade e o Parque da Cidade Nova. “Um dos objetivos do festival é a formação de plateia, mostrar que o circo é universal, é para todos. Ao longo dos anos, conquistamos um público que se tornou fiel ao festival, mas queremos continuar despertando em mais pessoas o desejo por experienciar a arte circense. E diversificar os espaços, levando a programação para outras regiões da cidade, nos possibilita alcançar novos públicos.”
A Funarte irá abrigar, tradicionalmente, a “Cidade do Circo”, com a proposta, mais uma vez, de reunir artistas e público em um único local, em uma experiência circense completa. “A Funarte é quase que o coração do festival. Foi onde iniciamos, com a proposta de ser um espaço totalmente ambientado com a estética circense, com lona, picadeiro, para que o público fosse imerso no universo do circo. Foi assim que surgiu a Cidade do Circo, que nos acompanha em quase todas as edições.”
A “Cidade do Circo” estará aberta no último final de semana do festival – dias 16 e 17 de agosto –, com uma programação de espetáculos voltados para crianças e famílias, oficinas, mostra de filmes, exposição, feira de gastronomia e produtos inspirados no universo circense. Entre as atrações está o “Picadeiro Minas” – tradição no meio circense que convida artistas e grupos a subirem no picadeiro –, que será conduzido pelo Grupo Trampulim. Um grupo de palhaços, músicos excêntricos, cômicos, mágicos, artistas circenses nacionais e internacionais e até uma URSA do Circo Polar Ártico vão invadir a “Cidade do Circo” em busca de um picadeiro disponível para exibir suas habilidades. “Assim surgirá o “Picadeiro Minas”: um convite ao riso, ao risco, à bobagem e à diversão, que convida o público a embarcar numa viagem musical multicultural sortida, abundante e elegante”, adiante Fernanda Vidigal.
A “Cidade do Circo” também irá abrigar a “Mostra Cine Circo”, com uma seleção especial de filmes, com produções para o público infantil e adulto. Entre os títulos, destaca-se o documentário “Minha avó era palhaço”, de Ana Minehira e Mariana Gabriel. O filme conta a trajetória artística da primeira palhaça negra do Brasil, Maria Eliza Alves dos Reis: o palhaço Xamego, a grande atração do Circo Guarany no início da década de 40.
Outra parceria inusitada e inédita desta edição é o desfile/instalação NotEqual, marca de moda autoral sediada em Belo Horizonte e criada pelo estilista mineiro Fábio Costa, com a sua nova coleção: Cheia Full. A proposta parte da influência estética e simbólica do circo, com destaque para o exagero das formas, a teatralidade e a força do espetáculo como linguagem de resistência criativa. Inspirada pelas proporções do grotesco popular, a coleção navega entre a fantasia e a crítica. CHEIA/FULL presta homenagem ao artista Benjamim de Oliveira, figura central do circo e do teatro negro no Brasil no início do século XX. O desfile acontecerá no dia 16 de agosto, na “Cidade do Circo” (Funarte).
“Passaporte Experimenta Circo”
Como novidade desta edição, várias escolas de circo vão abrir suas portas para quem quiser experimentar a prática circense. Essa é a ideia do “Passaporte Experimenta Circo”, que dará direito a aulas gratuitas, para todas as idades, de inúmeras modalidades do circo, como malabares, acrobacia, trapézio, tecido, entre outras. “Essa é uma ação educativa do festival, que teve como inspiração o programa "Passaporte da Dança", criado pelo Cumplicidades – Festival Internacional de Dança Contemporânea de Lisboa, do qual estive à frente na produção de três edições. A ideia é fazer um mapeamento das escolas de circo existentes na cidade e na região metropolitana e convidá-las a oferecer vagas gratuitas em aulas pré-existentes. Com isso, as pessoas tomam conhecimento e experimentam as diversas modalidades de técnicas e aparelhos do universo circense, podendo tornar-se alunos regulares. É uma forma de ajudar as escolas a angariar mais alunos e, em paralelo, criar público para o festival e o circo como um todo”, salienta Tiago Sgarbi, um dos coordenadores do Festival Mundial de Circo. As aulas acontecerão no período de 4 a 14 de agosto. As reservas devem ser feitas no site Festival Mundial de Circo: www.festivalmundialdecirco.com.br
Palco Giratório
Outra iniciativa inédita do festival é a programação associada com o SESC MG, durante o Palco Giratório 2025, cuja edição homenageia a arte circense e celebra o trabalho da Escola Pernambucana de Circo e sua coordenadora Fátima Pontes. A programação circense completa do Palco Giratório está em https://mais.sescmg.com.br/palcogiratorio
Identidade visual
A identidade visual do 23° Festival Mundial de Circo, assinada pelos artistas gráficos Felipe Lampejo e Rita Davis, também foi pensada com base na diversidade da curadoria. Foram criados oito cartazes, que conversam com os espetáculos, construindo uma conexão entre o público e o festival. “O desafio foi explorar uma comunicação visual diversa e que não se restringe a uma linguagem ou aos clichês do universo circense. Utilizamos técnicas diferentes, como colagem, recortes, criação de imagens de scanner, gerando um contraste tanto de cor quanto de estilo. O resultado é uma identidade minimalista, com poucos elementos e ao mesmo tempo tradicional, com mais preenchimento”, explicam Felipe Lampejo e Rita Davis.
Sobre o Festival Mundial de Circo
O Festival Mundial de Circo é o primeiro festival internacional dedicado exclusivamente ao circo na América Latina. O evento é realizado em Belo Horizonte desde 2001 com a proposta de valorizar e democratizar a arte circense brasileira, formar plateia para o circo nacional e contribuir para o desenvolvimento econômico, cultural e social do Brasil. O festival já realizou 22 edições, com 1145 apresentações de 560 grupos/artistas de 39 países e de várias partes do Brasil, e contou com a participação do Cirque du Soleil e do circo americano Ringling Bros.
O grande diferencial do Festival Mundial de Circo está na diversidade e na multiplicidade de linguagens e estéticas que o próprio circo oferece. Essa característica faz do festival um evento plural que atinge todas as idades e classes sociais. Ruas, praças, parques, teatros, espaços urbanos, comunidades rurais e, claro, a lona de circo, já foram palco e picadeiro ocupados pela arte circense durante o evento.
SERVIÇO: 23º Festival Mundial de Circo
De 9 a 17 de agosto
Locais: Cidade do Circo (Funarte)
Galpão Cine Horto
Teatro Sesiminas
Teatro Marília
Sesc Palladium
Sesc Tupinambás
Espaços culturais e públicos da cidade
Acesse a programação completa no site www.festivalmundialdecirco.com.br
Foto: WESLEI SOARES
Selecionamos os melhores fornecedores de BH e região metropolitana para você realizar o seu evento.