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Lesão e dores são adversários dos atletas em busca do pódio
A delegação brasileira será composta por 276 atletas
Na próxima sexta, dia 26, acontecerá a abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. O evento, que acontece a cada quatro anos, vai contar com a participação de 10.714 atletas, distribuídos por 32 modalidades esportivas. A delegação brasileira será composta por 276 atletas. Mas o sonho de conquistar uma medalha olímpica começa muito antes do evento, com atletas se dedicando a treinos intensos para alcançar o ápice de sua forma. Isso é um alerta e pode colocá-los em constante risco de sofrer as temidas lesões musculares, que acontecem devido à intensidade e repetição dos movimentos. Desde distensões simples até rupturas musculares completas, essas lesões podem ocorrer repentinamente, mudando instantaneamente o destino de um atleta e a dinâmica de uma competição.
Além do impacto físico imediato, elas também têm um peso psicológico significativo. Os atletas enfrentam não apenas a dor física, mas também o desafio emocional de lidar com a frustração de ver anos de preparação e expectativas pessoais serem interrompidos por uma lesão.
Segundo o médico ortopedista do Hospital Felício Rocho, Tiago Baumfeld, as lesões musculares são uma preocupação constante, especialmente em competições como os Jogos Olímpicos, onde os atletas estão submetidos a um nível extremo de estresse físico. “Lesões de tendão, ligamentos, torções, lesões na cartilagem, fraturas, todas essas podem - dependendo do esporte, da capacidade do atleta, de quanto tempo disponível para recuperação - tirar esse atleta da competição”, afirma.
O ortopedista explica que o mais importante é dizer que a medicina e a ortopedia esportiva avançaram muito. Hoje temos recursos muito mais modernos para utilizar com os atletas para minimizar esse tempo de afastamento. “Cada ser humano é individual, cada pessoa responde de um jeito. E a medicina não é matemática e nem mágica. Além de tudo, ela é uma ciência humana que demanda muita complexidade e muita interação entre o médico e paciente. No contexto do esporte, todos precisam estar alinhados – o treinador, a família, o fisioterapeuta, o empresário -, além de médico e atleta, para que as decisões de participar ou não de uma competição sejam muito compartilhadas”.
Sejam lesões no ombro, no joelho ou no tendão calcâneo, são várias as possibilidades de ferimento em uma competição olímpica. Porém, em todos os outros anos e em Tóquio 2020, a entorse no tornozelo acometeu diversos atletas. Nesta Olimpíada, por exemplo, a jogadora Macris, levantadora da seleção feminina de vôlei, sofreu uma entorse no tornozelo direito no terceiro set do confronto com o Japão.
A skatista Pâmela Rosa, campeã mundial em 2019, compartilhou uma foto em suas redes sociais mostrando seu tornozelo inchado e roxo. Outra atleta que sofreu uma lesão no tornozelo foi a ginasta Flávia Saraiva, que, durante seu solo, acabou machucando o tornozelo, que já a incomodava há algumas semanas.
O médico relata que, normalmente, o que acontece em um contexto de acidentes automobilísticos ou, principalmente, de moto, é que nesses casos existem lesões de pele terríveis que demandam muito tempo de tratamento. Mas tudo depende do padrão e da complexidade da lesão. No esporte, não chegamos a pegar situações tão complexas, porque a energia não é tão grande igual ao do acidente automobilístico, mas, obviamente, cada coisa tem que ser individualizada e tratada de uma forma ideal.
Só na penúltima Olimpíada, ocorrida no Rio de Janeiro em 2016, cerca de 10% dos esportistas sofreram algum tipo de lesão, sendo obrigados a abandonar a competição. De acordo com a publicação da revista Radiology, em 2016, houve 1.101 lesões, entre musculares e ósseas, observadas entre os 11,2 mil atletas de 206 delegações que participaram nos jogos.
Além disso, a pesquisa mostra que os esportes que mais ocasionaram lesões musculares foram: atletismo, futebol e levantamento de peso. Quanto às fraturas, foram mais comuns no atletismo, no hóquei sobre a grama e no ciclismo. Já os chamados ferimentos por estresse, apareceram mais no atletismo, no vôlei, na ginástica artística e na esgrima.
Foto: Divulgação
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