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BDMG Cultural lança catálogo e exposição inédita de residência artística em Cordisburgo

Henrique Marques, Laura Berbet e Noemi Assumpção expõem seus trabalhos na galeria de arte da instituição

 

Durante 30 dias de convivência diária com a população de Cordisburgo, Henrique Marques, Laura Berbert e Noemi Assumpção reproduziram suas experiências em arte. Agora, em nova casa, na Galeria de Arte do BDMG Cultural, os artistas vão expor os trabalhos resultantes desta residência artística, Na casa de janeiro e fevereiro, de 29 de julho a 2 de agosto, diariamente, de 10h às 18h.O acesso é gratuito.

 

No dia 28 de julho, os artistas se reúnem, às 19h, para o lançamento do catálogo e para a abertura da exposição. A pesquisadora Rachel Costa, que orientou e acompanhou todo o processo, também participa do evento.

 

A segunda edição da Residência Artística BDMG Cultural foi realizada no Atelier Kayab. Entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, os artistas, selecionados por uma comissão julgadora, vivenciaram a cidade de Cordisburgo e os costumes de seus moradores, incorporando toda a experiência sensorial e emocional em seus trabalhos. “Certas coisas são invisíveis a olho nu. Porque coisas invisíveis só não podem ser vistas, mas elas podem ser mediadas por sensações, vivências, experiências e, por fim, transformadas em visibilidade”, afirma a pesquisadora Rachel Costa.

 

Cada artista buscou a sua forma de habitar a cidade. Noemi Assumpção caminhou pelas ruas da cidade e bateu de porta em porta para pedir açúcar e construir “Cruz”. Os 60kg recolhidos foram utilizados para esculpir uma cruz, símbolo religioso presente na vida da população da cidade. Em troca do açúcar doado, Noemi agradeceu com uma pequena cruz de suspiro colorida, estabelecendo laços e lembranças na vida daquelas pessoas.

 

Já Henrique Marques abordou um problema cotidiano dos moradores de Cordisburgo, a poeira de minério. Em “Deserto de Ferro”, Henrique colocou na tela o que viu e ouviu da população que vive nessas condições. As cores da paisagem “suja” pelo minério lembram um deserto, que permitem belas fotografias e que instigam sobre como sobreviver neste lugar. No segundo trabalho do artista, “Monumentos erguidos à realidade”, Henrique propôs à população que doasse travesseiros, e neles foram plantadas árvores, uma metáfora a presença de esperança nesses locais que sobrevivem às investidas da mineração. Caso a árvore floreie, o artista será avisado por quem está responsável por seus cuidados.

 

“Tudo forma uma rotação luminosa”, de Laura Berbert, é uma narrativa criada por meio de sua impressão sobre o ambiente que a cercou durante os 30 dias de residência artística. Texto e imagem constroem uma estrutura maior, visual, que permite a experimentação do público a partir das experimentações da artista.

 

Conheça mais sobre os artistas:

- Noemi Assumpção

Graduada em artes plásticas pela Escola Guignard (UEMG), Noemi Assumpção tem como principais práticas artísticas o desenho, a performance e a escultura. A artista integra o Grupo Indigestão.

 

 

 

 

- Henrique Marques

O artista visual é bacharel em cinema e pós-graduado em artes plásticas e contemporaneidade. Henrique Marques trabalha com diversos suportes e já participou de mostras em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Minas Gerais, Uruguai e Espanha.

 

- Laura Berbert

Laura Berbert é artista visual e editora, formada pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e bacharel em artes gráficas pela mesma instituição. Desenvolve trabalhos de desenho, pintura, gravura, fotografia, bordado e escrita. No início de 2015, participou de projetos coletivos relacionados às mídias gráficas. O primeiro deles foi o Baldio, que ocupou a galeria do Sesc Palladium. O outro foi o Ateliê Midiológico, no teatro Espanca!, que reuniu 18 artistas de Belo Horizonte. A artista também fez parte do Residência de Rua, Laboratório de Produção Artística, EmComodo e Festival de Inverno da UFMG. Laura integrou exposições coletivas no Atliê Kayab, em Congonhas; Espai, em BH; Projecto Múltiplo, no Centro Cultural São Paulo; MUnA, em Uberlândia, entre outros.  No ano de 2013, fundou a editora Lavoura ambulante & edições em parceria, com Ricardo Reis, que publica obras e impressos autorais, além de livros de outros artistas. No Ateliê Campanha, Laura atua como encadernadora.

 

Foto: Laura Berbet

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