Notícias

A sustentabilidade criativa do Instituto-E, braço da Osklen, será o assunto do próximo CreativeMornings BH

Evento gratuito acontece nesta quarta-feira (30); as inscrições serão abertas amanhã (25), a partir das 11 horas, no site oficial

Transformar e posicionar o Brasil como o país do desenvolvimento humano sustentável. Este é um dos objetivos do Instituto-E. Braço da grife Osklen, os projetos e trajetória da entidade serão apresentadas ao público mineiro pela sua diretora Nina Braga na próxima edição do CreativeMornings BH. O encontro acontece nesta quarta-feira (30), às 8h30, no MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal (Praça da Liberdade, s/nº, Prédio Rosa).

 

O bate-papo (e seu habitual café da manhã), que é gratuito, estará com as inscrições abertas a partir de amanhã (25/07), às 11 horas, no site oficial  (www.creativemorningsbh.eventbrite.com), onde o usuário deverá se cadastrar e retirar o ingresso. Ao todo serão disponíveis 80 vagas. Todas as informações a respeito do evento também podem ser acompanhadas através do www.facebook.com/creativemorningsbh.

 

Fundado por Oskar Metsavaht (dono da grife Osklen), o Instituto-E surgiu a partir do e-brigade, um movimento de ativismo ambiental que transforma conceitos em atitudes. Sua atuação se concentra nas áreas que compõem o ideário dos seis “e”s: earth, environment, energy, education, empowerment e economics. A partir dessa concepção e do desejo de inovar, o Instituto-E recorre a uma linguagem alternativa e multimídia para canalizar a energia da sociedade e direcioná-la para a defesa da nossa biodiversidade, do direito à informação e à educação e do patrimônio histórico e cultural do Brasil.

 

O trabalho desenvolvido pelo Instituto-E está diretamente ligado ao tema global a ser explorado nesta edição do CreativeMornings: “Heritage”. Para elucidar o assunto, Nina Braga pretende destacar durante sua apresentação projetos consolidados da organização como o “e-fabrics” (iniciativa que identifica matérias-primas sustentáveis que possam ser utilizadas pela indústria têxtil e pela cadeia produtiva da moda estimulado, assim, uma cultura de consumo consciente); “Traces” (rastreamento da pegada do carbono) e “Water Traces” (levantamento da pegada hídrica de quatro produtos utilizados pela Osklen).

 

“Como estarei em solo mineiro quero mencionar também a parceria do Instituto-E com o Inhotim que, por enquanto, está circunscrito a uma ação pontual que é a confecção de pulseiras feitas com látex provenientes de reservas extrativistas situadas no Acre. Parte da renda obtida com a comercialização deste adereço será destinada ao suporte de projetos ambientais empreendidos em Inhotim. Pretendo ainda discorrer sobre um trabalho que o Instituto-E está desenvolvendo com o Ethical Fashion Initiative, um organismo da ONU. Trata-se de um case de sucesso que pode ser replicável em outros ambientes”, revela a palestrante.

 

Por onde passa, seja no Brasil ou mundo afora, o Instituto-E tem deixado um importante legado social e humano, o principal deles, na opinião da diretora Nina Braga, é a disseminação do paradigma de que sustentabilidade pode e deve caminhar junto com atividades econômicas, criando cadeias de ganha – ganha. “Devemos frisar que não há porque abrir mão do estado da arte em design, ou seja, da forma, por mais que o produto tenha conteúdo sócio-ambiental. Sempre pontuamos que a estética caminha junto com a ética, neste sentido, todas as nossas entregas enfatizam esta associação.

 

Moda sustentável

 

De acordo com Nina Braga, não há no Brasil qualquer marca de moda que seja 100% sustentável, mesmo porque não temos um volume de matérias-primas e de demandas capazes de viabilizarem essa empreitada. Para ela este é um processo longo e complexo, pois diversos são os fatores e agentes envolvidos. “Temos problemas de escala, de ausência de políticas públicas de incentivo, de desinformação de público. Uma parte minoritária da indústria está atenta, enquanto a maioria está preocupada com a lucratividade, sem encarar a sustentabilidade como um valor agregado que poderia gerar um diferencial importante para o consumidor final. Mas posso dizer que o cenário atual é muito melhor que há cinco anos. Então, é possível afirmar que, apesar dos obstáculos, existe uma tendência positiva”, observa.

 

Um vasto currículo

 

A atuação profissional de Nina Braga é ampla: socióloga e psicóloga pela PUC-RJ e pós-graduada em Antropologia Social pelo Museu Nacional, UFRJ. Mestre em Saúde da Criança e da Mulher pelo Instituto Fernandes Figueira, FIOCRUZ, e professora da Pós-Graduação do Departamento de Psicologia da PUC-RJ. Trabalhou como assessora parlamentar da Comissão de Meio Ambiente da ALERJ – Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, e organizou movimentos pela preservação ambiental, principalmente no município de Paraty (RJ).

 

É roteirista e diretora de documentários ambientais: Vento Contra e Bocaina: Caminhos do Alto. É autora e co-organizadora do livro Quando a vida começa diferente – o bebê e sua família em UTI Neonatal, Ed. Fiocruz, 2003, sendo também de sua autoria diversos artigos científicos sobre assistência neonatal.

 

“Jamais fui adepta de um conhecimento fragmentado, divido em compartimentos. Sempre tentei integrar minhas vivências e creio que isto é fundamental para que se tenha um bom desempenho em qualquer campo de ação e/ou de conhecimento. Para se entender meio ambiente é preciso pensar e agir de forma holística e entrever como há uma interligação sistêmica entre todas as partes”, pontua.

 

CreativeMornings BH

 

O Creative Mornings é um evento global, que ocorre em mais de 80 países, com o intuito de promover um encontro entre profissionais representantes da economia criativa e pessoas que trabalhem ou gostem de inovação.

 

Este é o segundo ano do projeto na capital mineira (na América Latina o evento ocorre em São Paulo, Lima, Bogotá e Barranquilla). A ideia do projeto é reunir profissionais de diversas áreas num bate-papo conduzido por um profissional de destaque do mercado buscando fortalecer e promover o networking entre os vários segmentos da indústria criativa. Além disso, visa tornar o setor, nas respectivas cidades que recebem o projeto, cada vez mais forte, inovadora, conectada e profissional.

 

Em Belo Horizonte, o projeto é organizado pelos publicitários Leandro Alvarenga, Diego Rezende e Pedro Ralsan. O patrocínio é da Gerdau e a co-realização é do Sebrae, por meio da Casa da Economia Criativa.

Selecionamos os melhores fornecedores de BH e região metropolitana para você realizar o seu evento.