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Música Figurata apresenta o concerto "O Barroco da Itália para a América – Missões Jesuíticas”, dia 7 de agosto

Apresentação ilustra a riqueza da música nas missões jesuíticas na América do Sul, no séc XVIII

No dia 7 de agosto, o grupo Musica Figurata apresenta o concerto “O Barroco da Itália para a América – Missões Jesuíticas”, às 20h, no teatro da FAJE – Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia. Com instrumentos antigos, como o cravo, a viola da gamba e violinos barrocos, os músicos levam ao público trio-sonatas, cantatas e árias de Domenico Zipoli e seus discípulos, ilustrando a riqueza da música nas missões jesuíticas na América do Sul no século XVIII.

 

“Os jesuítas usaram a música como o meio mais importante para a formação e catequização dos índios. E eles atingiram tal maestria na execução e na construção de instrumentos musicais que, muitas vezes, superaram os modelos europeus”, conta Robson Bessa, cravista diretor do espetáculo. Em 1717, o compositor Domenico Zipoli, consagrado na Europa, vai morar na missão de Córdoba e lá produz grandes obras, que serão interpretadas no concerto por Sérgio Anders (contratenor), Rainer Patriota (viola da gamba), Clara Sawada e Nichola Viggiano (violinos barrocos) e Robson Bessa (cravo e direção).

 

“Apesar de Santo Inácio de Loyola ter inserido na constituição da Ordem de Jesus a proibição da prática da música nos colégios jesuítas, alguns deles, como o de Viena, nunca respeitaram a condição. J. PH. Rameau, por exemplo, foi um dos alunos mais célebres e seus escritos teóricos sobre harmonia, que são a base do ensino e da prática musical até o século XXI, foram responsáveis por uma revolução que transformou, tanto a composição, como o ensino no século XVIII”, explica Bessa.

 

Sobre o Musica Figurata:

Desde sua criação, em 2003, o Musica Figurata tem se dedicado intensamente ao estudo e difusão do abundante patrimônio musical e cultural mineiro, brasileiro e europeu, dos séculos XIV ao XIX. Seu principal objetivo é promover o diálogo entre diferentes artes para recriar, da maneira mais autêntica possível, a atmosfera histórica, artística e cultural desses períodos.

 

O nome vem de uma expressão latina que significa música numerada, cifrada, na qual o baixo recebe números, que correspondem aos acordes e que devem ser tocados por instrumentos harmônicos, como o cravo, alaúde, dentre outros. Utilizando réplicas de instrumentos antigos, o grupo ilustra como a música europeia foi realizada no Brasil, principalmente em Minas Gerais, e aos poucos foi ganhando características autóctones, agregando também elementos africanos. Esse movimento antropofágico deu origem a gêneros musicais importantes, como a modinha e o lundu, que no séc. XIX se transformariam no samba.

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