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Filarmônica de Minas Gerais recebe o pianista brasileiro Fabio Martino

Evento acontece nos dias 24 e 25 de julho, às 20h30, na Sala Minas Gerais

Celebrando três aniversários importantes, a Filarmônica de Minas Gerais apresenta um dos programas mais diversificados da temporada nos dias 24 e 25 de julho, às 20h30, na Sala Minas Gerais, sob a regência do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular. Do compositor romântico brasileiro Leopoldo Miguéz a Orquestra executa sua homenagem à Proclamação da República. De Ravel, o charmoso Concerto para piano, que será interpretado pelo pianista brasileiro Fabio Martino. O programa das duas noites se encerra com a grandiosa Terceira Sinfonia do norte-americano Aaron Copland. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala, a partir de R$ 39,60 (inteira) e R$ 19,80 (meia).

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura e pelo Governo de Minas Gerais por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Mantenedor: Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. Patrocínio: Itaú Unibanco. Apoio: Circuito Liberdade e Programa Amigos da Filarmônica. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Governo de Minas Gerais, Funarte, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais

Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro.

Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro maestro brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane, da qual é Regente Laureado.

Foi regente associado de Mstislav Rostropovich, na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.

Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles, os de Grant Park, em Chicago, e Chautauqua, em Nova York.

Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige, regularmente, várias orquestras na Escandinávia, na Itália, na Espanha, na Escócia, e várias orquestras latino-americanas, destacando-se a Filarmônica do Teatro Colón, e as Filarmônicas e Nacional da Colômbia.

No Brasil, foi convidado a dirigir a Estadual de São Paulo, a Sinfônica Brasileira, as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro, a Petrobrás Sinfônica, entre outras.

Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Antonio Meneses, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie e Kathleen Battle, entre outros. Fabio Mechetti é Mestre em Composição e em Regência pela Juilliard School de Nova York.

Fabio Martino, piano

Fabio Martino é um dos principais nomes da nova geração de pianistas brasileiros. Radicado na Alemanha, apresenta-se regularmente com orquestras dos dois países. Conquistou mais de 20 primeiros prêmios em competições internacionais, incluindo o Concurso Internacional BNDES de Piano em 2011, um dos mais prestigiados da América Latina. Como solista, executa os principais concertos do repertório, de compositores como Prokofiev, Rachmaninov, Beethoven, Mozart e Tchaikovsky, bem como peças menos conhecidas, como os concertos de Villa-Lobos e Mignone. Em 2024, lançou o álbum Moods, com obras de Nikolai Medtner e Sergei Bortkiewicz, em uma coprodução com a rádio alemã SWR. Ao longo da carreira, gravou mais oito álbuns, sendo o mais recente uma colaboração com o compositor Alexandre Guerra. Fabio Martino fez sua estreia com a Filarmônica de Minas Gerais em 2017. Este é o seu quarto concerto com a Orquestra.

Repertório

Leopold Miguéz (Niterói, Brasil, 1850 – Rio de Janeiro, Brasil, 1902) e a obra Ave, Libertas! Poema Sinfônico, op. 18” (1890)

Em 1881, o jovem compositor niteroiense Leopoldo Miguéz, filho de pai espanhol e mãe brasileira, decide abandonar a sua bem-sucedida loja de pianos no Rio de Janeiro para passar um período na Europa aperfeiçoando-se como músico. Três anos depois, Miguéz retorna ao Brasil com o intuito de promover a chamada “música do futuro”, égide carregada por Berlioz, Wagner e Liszt e da qual se tornou defensor convicto. Sua mente aberta e progressista o fez defensor também dos ideais republicanos, que levariam ao paulatino enfraquecimento político do Império e, em 1889, à proclamação da então denominada República dos Estados Unidos do Brasil.

Em 1890, após vencer o concurso de composição do Hino à Proclamação da República com o letrista Medeiros e Albuquerque, Miguéz escreveu Ave, Libertas!, uma magnífica obra orquestral em comemoração ao primeiro aniversário da República e dedicada ao Marechal Deodoro da Fonseca. A estreia ocorreu em 15 de novembro do mesmo ano. Com sua verve inegavelmente patriótica e influências da música germânica do período, a ave da liberdade simbolizada por Miguéz abriu as asas sobre a aurora do nacionalismo e o início do modernismo musical brasileiro, arquitetando uma visão otimista sobre o progresso.

Brilhante orquestrador, Miguéz pode ser considerado um de nossos melhores sinfonistas. Ave, Libertas! é exemplo disso: o curto tema introduzido pelas trompas e repetido pelas violas acompanhadas por duas harpas foi suficiente para desenvolver metade da obra, inspirada no tratamento temático estabelecido por Liszt em seus poemas sinfônicos. Tal tema, desdobrado e transformado, retorna no triunfante desfecho, após uma marcha iniciada com solo de trompete.

Maurice Ravel (Ciboure, França, 1875 – Paris, França, 1937) e a obra Concerto para piano em Sol maior (1929-1931)

Os dois concertos para piano de Ravel foram compostos simultaneamente: o Concerto em Sol foi iniciado antes, mas o Concerto para a mão esquerda foi finalizado e estreado primeiro, em 1930. Há uma grande diversidade de forma e conteúdo entre eles, o que os faz, sob alguns aspectos, complementares. Além dos elementos bascos e espanhóis característicos de Ravel, ambos refletem a influência do jazz adquirida em uma viagem de cinco meses que o compositor havia realizado pelos Estados Unidos.

No Concerto em Sol maior, Ravel, segundo suas próprias declarações, referencia dois modelos: Mozart, quanto ao plano formal, e Saint-Saëns, pela valorização do efeito sonoro. De fato, o brilhantismo da orquestra raveliana, principalmente dos sopros, aqui se equipara ao virtuosismo do instrumento solista. O primeiro movimento, “Allegramente”, tem caráter dançante. O tema inicial aparece no flautim sobre pizzicatos dos violinos e das violas, com os violoncelos em trêmulos e arpejos do pianista. Mais adiante, caberá ao corne inglês preludiar o início do outro tema, menos vivo, confiado ao solista em lânguida melodia de acentos jazzísticos.

Para o “Adagio assai”, em torno do qual se articula todo o concerto, Ravel inspirou-se no andamento lento do Quinteto com clarinete de Mozart. O movimento principia com um extenso solo do piano, e termina como um sonho, desvanecendo-se em longuíssimo trinado.

O terceiro movimento, “Presto”, alterna três temas: de início, uma corrida do piano impõe força motriz a todo o segmento; o motivo central traz um colorido folclórico; e o terceiro tema apresenta-se como uma marcha ritmada. No todo, esse “Presto” final transmite a alegria de uma festa campestre no país basco.

Aaron Copland (Nova York, Estados Unidos, 1900 – 1990) e a obra Sinfonia nº 3 (1944-1946)

Ao longo da década de 1940, Aaron Copland compôs algumas de suas obras mais populares, alcançando um equilíbrio singular entre a música de vanguarda e o estilo folk-song norte-americano, o que lhe proporcionou grande prestígio. Logo, quando decidiu criar uma nova sinfonia, uma das formas fundamentais da música ocidental, ele conhecia exatamente os riscos que correria: a sinfonia era uma forma em declínio, gasta e abandonada pelos autores modernos. Copland foi um dos compositores da nova geração a se responsabilizar pelo seu reerguimento em meados do século XX, libertando-a da forma-sonata e reestruturando-a internamente em cada movimento.

Na Sinfonia nº 3, sua obra orquestral mais imponente e última do gênero, Copland esquivou-se da habitual estrutura dos tradicionais primeiros movimentos sinfônicos para criar um movimento de contorno único, a partir de três temas interligados e semelhantes entre si. O primeiro é uma melodia em largos intervalos cantados em uníssono; o segundo, mais fluente ritmicamente, conduz ao clímax no qual os trombones apresentam o terceiro tema. As melodias longas, sustentadas por notas pedais graves, mostram que Copland concebera a orquestra como um imenso órgão de tubos de timbres exuberantes.

A ascensão espiritual do movimento inicial, o caráter jubiloso do segundo e os momentos meditativos do terceiro irão preparar o ouvinte para o extasiante último movimento, no qual desponta a Fanfarra para o Homem Comum (1942), tão familiar aos norte-americanos, e cuja versão expandida explica a gênese de toda a obra. Seu amigo Leonard Bernstein reconheceu a gama de emoções que a Sinfonia nº 3 de Aaron Copland transmite aos ouvintes: “otimismo, simplicidade, sentimentalismo e nobreza”.

Filarmônica de Minas Gerais

Série Presto
24 de julho – 20h30
Sala Minas Gerais

Série Veloce
25 de julho – 20h30
Sala Minas Gerais

Fabio Mechetti, regente
Fabio Martino, piano
MIGUÉZ Ave, Libertas! Poema Sinfônico, op. 18
RAVEL Concerto para piano em Sol maior
COPLAND Sinfonia nº 3

INGRESSOS: R$ 39,60 (Mezanino), R$ 54 (Coro), R$ 54 (Terraço), R$ 78 (Balcão Palco), R$ 98 (Balcão Lateral), R$ 133 (Plateia Central), R$ 172 (Balcão Principal) e R$ 193 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Bilheteria da Sala Minas Gerais

Horário de funcionamento

Dias sem concerto:
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:
— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado
— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo

São aceitos: Cartões das bandeiras Elo, Mastercard e Visa | Pix

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação.

Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas.

O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, sendo o mais recente o Prêmio Concerto 2024 na categoria CD/DVD/Livros, com o álbum com obras de Lorenzo Fernandez. A Orquestra já havia recebido Prêmio Concerto 2023 na categoria Música Orquestral, por duas apresentações realizadas no Festival de Inverno de Campos do Jordão, SP. o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano.

Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, Filarmônica na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto.

A Orquestra possui 18 álbuns gravados, entre eles quatro que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty. O álbum Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, foi indicado ao Grammy Latino 2020.

Ainda em 2020, a Filarmônica inaugurou seu próprio estúdio de TV para a realização de transmissões ao vivo de seus concertos, totalizando hoje mais de 100 concertos transmitidos em seu canal no YouTube, onde se podem encontrar diversos outros conteúdos sobre a orquestra e a música de concerto.

A Filarmônica realiza também diversas apresentações por cidades do interior mineiro e capitais do Brasil, tendo se apresentado também na Argentina e Uruguai. Em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil, em 2022, realizou uma turnê a Portugal, apresentando-se nas principais salas de concertos do país nas cidades do Porto, Lisboa e Coimbra, além de um concerto a céu aberto, no Jardim da Torre de Belém, como parte da programação do Festival Lisboa na Rua, promovido pela Prefeitura de Lisboa.

A sede da Filarmônica, a Sala Minas Gerais, foi inaugurada em 2015, sendo uma referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico. Considerada uma das principais salas de concertos da América Latina, recebe anualmente um público médio de 100 mil pessoas.

A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Filarmônica vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.

Foto: Peter Adamik

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