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Cada vez mais mulheres atuam na construção civil
Falta de mão de obra masculina e crescimento acelerado da indústria contribuem para o aumento.
Com uma presença cada vez maior no mercado de trabalho nas mais diversas áreas, as mulheres têm superado barreiras e vencido preconceitos. Hoje, elas ocupam cargos de chefia nas grandes empresas, atuam como motoristas de ônibus e táxis, pilotos, caminhoneiras, policiais, e até no comando do país. Nos últimos anos, um setor que tem se destacado e atraído cada vez mais mulheres é a construção civil.
Especialistas apontam a falta de mão de obra masculina e o crescimento acelerado da indústria como principais fatores que impulsionam o avanço das mulheres no segmento de construção civil, atuando como engenheiras, soldadoras, serventes, pedreiras, entre outros.
Na PHV Engenharia, o número de trabalhadoras cresce a cada ano. Ao todo, 110 mulheres trabalham em obras da empresa atualmente. Um exemplo é a rejuntadora Márcia Ramos, de 34 anos, que atua no edifício Os Inconfidentes há três meses. “Comecei na área em 2006 como servente e fui crescendo. Nesses anos percebi que, aos poucos, está tendo uma abertura maior para as mulheres, e isso é muito bom. Estamos ganhando o nosso espaço e tendo o mesmo tratamento que os homens”, afirma. Depois de entrar no ramo, Márcia conta que melhorou de vida e conseguiu dar entrada em um lote de 12 mil reais. “Eu jamais teria condições de dar um passo como esse antes, quando eu era empregada doméstica. Trabalhava bem arrumada e não me sujava em obra, mas não era feliz e nem valorizada no mercado. Pretendo continuar e seguir evoluindo”, comenta.
Maria Elernilda Pereira da Silva, 42, também rejuntadora da mesma obra, está há três anos no ramo da construção civil e acredita que a mulher possui mais delicadeza para exercer a profissão. “A mulher tem mais jeito e maior atenção aos detalhes para aperfeiçoar um trabalho, para fazer o acabamento, e muitos têm reconhecido isso, o que nos motiva ainda mais”, diz. No entanto, a trabalhadora conta que ainda há muito preconceito a ser vencido. “Infelizmente muitos homens ainda nos olham com dúvida, acreditando que não iremos dar conta, achando que somos frágeis, mas depois acabam se surpreendendo ao ver que podemos executar o trabalho bem e sem dificuldades,” completa.
Segundo a analista de Recursos Humanos da PHV, Cláudia Moura, a empresa visa contribuir para o equilíbrio das relações de trabalho entre os gêneros. “A construção civil é um ramo de atividade ainda dominado pelos homens, mas aos poucos estamos tentando mudar isso, executando políticas de igualdade entre homens e mulheres, o que inclui, por exemplo, a mesma remuneração para as mesmas tarefas, mesmas oportunidades e reconhecimentos”, afirma.
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