Notícias
Mostra coletiva de cinco artistas mineiros é prorrogada
A Errol Flynn Galeria de Arte prorrogou o encontro artístico de cinco mestres mineiros: Eymard Brandão, Jayme Reis, Jorge dos Anjos, Paulo Laender e Roberto Vieira até o dia 27. Eles são convidados para expor mais de 60 obras, sendo 40 delas inéditas. A mostra é formada por quadros, fotografias, telas e esculturas como parte do universo mineiro que transcende para o espaço universal através da arte contemporânea. A exposição coletiva é um marco no circuito cultural mineiro para valorizar as obras produzidas por artistas do estado. O curador da mostra Errol Flynn Júnior afirma que a essência da obras parte da utilização dos materiais e a linha de trabalho de cada artista. Dentro de suas visões, os artistas agregam o elemento terra em suas obras, cada um à sua interpretação. “A terra é um elemento primário e sua interação com o público transcende os limites dos ateliers. Quando o artista inclui a terra em seus trabalhos, está também ampliando sua inspiração para o ambiente”, explica. As obras de Eymard Brandão ganharam destaque entre as Décadas de 70 e 80, impressionando pelo caráter inovador da junção entre telas e fotografias. “As obras se relacionam de maneira tão harmônica que fazem parte de um trabalho maior. O resultado são alusões dípticas que inauguram o meu olhar e o do espectador para algo novo, tecnicamente misto e livre”, afirma. Nessa mostra coletiva, ainda é possível identificar a fusão desses pilares e perceber que, muitas vezes, é impossível distinguir início do trabalho plástico e encerramento do fotográfico. A exemplo disso, a obra com elementos de minério de ferro se contrapõe com um portão enferrujado, convidando o visitante a uma análise estética subjetiva, unindo em si dois aspectos de um mesmo trabalho. Outro ponto interessante no trabalho de Brandão é a ausência de títulos nas obras, garantindo uma liberdade de rotulação para o leitor. Já, os trabalhos de Jayme Reis se destacam pela unidade das produções independentes. A excentricidade dos trabalhos reflete a carreira autodidata e os encontros fortuitos no decorrer da vida. “Minhas obras estão sempre em gênese. Fluir o impulso para só depois racionalizar os trabalhos faz de cada peça uma enunciação de mim mesmo”, analisa. As raízes mineiras são nítidas nas obras de Reis. O itabirano usa materiais próximos à sua cultura, tornando as obras um efervescente arquétipo e um reflexo de seu repertório. “Alguns de meus trabalhos foram se moldando no decorrer dos anos e, só agora, foram expostos. Uma peça só está pronta, quando sai do atelier e vai para o mundo”, conclui.
Selecionamos os melhores fornecedores de BH e região metropolitana para você realizar o seu evento.