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Turnê de circulação do “Jararaca”, 2º disco do Assanhado Quarteto

O repertório do disco contempla, além das faixas autorais, uma releitura da música Sinal Fechado (Paulinho da Viola) e também músicas que foram compostas especialmente para o grupo

Com 10 anos de atuação, camaradagens e dois discos lançados, o som diverso do Assanhado - que nasceu a partir de uma proposta coletiva de execução do repertório de choro - é hoje uma referência para a música instrumental feita em Minas Gerais, tendo o grupo se apresentado em várias cidades do Brasil e do mundo e recebido alguns dos mais importantes prêmios destinados ao gênero no país.

O Assanhado Quarteto é um grupo que busca assimilar as demandas por transformação do choro, sem deixar de estabelecer um constante diálogo com a tradição do mesmo. Formado por André Milagres (violão 7 cordas), Lucas Ladeia (cavaquinho), Rodrigo Heringer (bateria e percussões) e Rodrigo Magalhães (baixo acústico). O grupo surgiu a partir de uma proposta coletiva de execução do repertório de choro com uma formação pouco convencional, utilizando instrumentos como o baixo-acústico, a bateria, a guitarra e o vibrafone, somados aos tradicionais violão de sete cordas e cavaquinho.

Todos os integrantes do grupo fazem parte de uma nova geração de músicos belo-horizontinos, que integram e produzem diversos movimentos importantes para a cidade, são referência no Choro, grandes incentivadores e promotores do já estabelecido circuito do Choro em Belo Horizonte e a proposta dessa turnê é possibilitar o fortalecimento de uma nova geração da música mineira, visando a descentralização e a popularização desse circuito.

O violonista André Milagres, sendo produtor e criador de dois projetos importantes para o resgate dessa vertente musical: O Circuito do Choro BH e o Choro do Jura (do qual o baixista Rodrigo Magalhães também faz parte); O vibrafonista e o cavaquinista do grupo, Rodrigo Heringer e Lucas Ladeia, se dedicando a processos de pesquisa e difusão do choro, de maneira geral, sendo que o primeiro está participando atualmente do processo de registro do choro como patrimônio cultural do Brasil pelo IPHAN, além de outras publicações e pesquisas e o último sendo responsável pela criação de composições e métodos que exploram os limites de performance do cavaquinho no choro.

“Jararaca”, segundo disco do Assanhado Quarteto, foi lançado em setembro de 2021 e contou com a produção de Rafael Martini, além da participação de grandes músicos brasileiros como Bebê Kramer (RS), Carol Panesi (RJ/SP), Gabi Guedes (BA), Paulo Fróis (MG), além do próprio Rafael Martini. Como o bicho, o disco "Jararaca" tem feições variadas, assumindo diferentes roupagens e dialogando com estéticas múltiplas, sem perder lá a essência de seus brasileirismos.

O repertório do disco contempla, além das faixas autorais, uma releitura da música Sinal Fechado (Paulinho da Viola) e também músicas que foram compostas especialmente para o grupo: "Fitas e Turbantes" (Mário Sève) e "De Belô a Melbourne" (Paul Carey).

As apresentações do grupo contarão com 4 (quatro) convidados instrumentistas, relevantes e atuantes na cena contemporânea da música instrumental e do choro: Aline Gonçalves, Caetano Brasil, Thamires Cunha e Débora Costa.

Todos os shows serão realizados com entrada gratuita, em parques públicos municipais de diferentes regionais: Pampulha, Oeste, Barreiro e Centro-sul. Todos os locais escolhidos são acessíveis a toda a comunidade, incluindo as pessoas com deficiência.

Projeto “Circulação Jararaca”, número 0121/2023, aprovado na Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte - Modalidade Fundo - Multilinguagens

CONVIDADOS

Thamires Cunha * clarinetista e cantora de destaque em Belo Horizonte, é reconhecida na música instrumental e pioneira em grupos exclusivamente femininos. Sua marca nos palcos é a performance que explora o som e o corpo. Em 2023, estreou o show “RAÍZES”, homenageando o choro e os compositores brasileiros. Premiada no BDMG Instrumental, destacou-se como Melhor Instrumentista na 23ª edição. Em 2024, participa como cantora e clarinetista no show “Canto Negro Para Milton Nascimento”, ao lado de Luedji Luna, idealizado por Sérgio Pererê e participou como cantora no lançamento do Cd Canções de Outono de Sérgio Pererê.

Aline Gonçalves * Flautista, clarinetista, arranjadora e compositora, Aline faz parte do grupo El Efecto e foi integrante fundadora da Itiberê Orquestra Família.

Em 2002, gravou no disco Mundo Verde Esperança de Hermeto Pascoal. De 2005 a 2007, viveu no Chile onde desenvolveu grande intimidade com a música latinoamericana, lançado em 2007 o premiado disco "verdevioleta". Em 2020, criou o projeto "Emmbra - Escritas Musicais de Mulheres Brasileiras", vencedor do Prêmio Profissionais da Música 2021. Lançou seu primeiro álbum autoral, Pacífico em maio de 2022 pela YB Music.

Ganhou o Prêmio Profissionais da Música 2023 nas categorias Arranjadora e Autora Instrumental. Recentemente estreou seu novo projeto: Emmbra Big Band - primeira big band feminina do Rio de Janeiro.

Débora Costa * Percussionista e Educadora Musical - percussionista com formação em Licenciatura em Educação Musical pela UEMG, destaca-se como figura significativa na cena musical contemporânea de Minas Gerais. Sua trajetória é marcada por uma sólida participação em projetos de relevância e um compromisso constante com a arte e educação musical. Com um início precoce na música aos 13 anos, integrando o Bloco Oficina Tambolelê e o Grupo Xicas da Silva, onde coordenou os estudos rítmicos durante anos. Desde 2008, tem desempenhado um papel fundamental na disseminação da percussão através de oficinas, inclusive no âmbito internacional, com o projeto "SoliBrasil", realizando workshops em diversas escolas no norte da França. Débora Costa acumula uma extensa experiência como percussionista acompanhando uma variedade de artistas renomados, Sérgio Pererê, Maurício Tizumba, Pereira da Viola, Ao Coral, Mahmundi, Claudia Manzo, Maíra Baldaia, Bia Nogueira, Clara e Sofia, Nath Rodrigues, Marina Araújo, e o cantor e compositor norte-americano Cris Gunther, entre outros. No universo teatral, Débora Costa também se destacou, integrando o elenco de diversos musicais, como "Clara Negra" da Cia Burlantins e "Madame Satã" do Grupo dos Dez, este último reconhecido e premiado em diversos festivais nacionais de teatro. Participante ativa na vibrante cena carnavalesca de Belo Horizonte, Débora Costa contribui com sua percussão nos blocos Então Brilha, É o Amô, Bloco Oficina Tambolelê, Luz de Tiêta e Pele Preta. Seu talento também está registrado em diversas produções fonográficas, tendo gravado nos trabalhos de artistas como Priscila Magella, Marquim D'Morais, Maíra Baldaia, Octávio Cardozzo, Bia Nogueira, Nobat, Ao Coral, Josy Anne, Camila Menezes, Então Brilha e Coletivo Imune. Nos últimos anos, Débora Costa tem ampliado sua atuação artística, participando ativamente como produtora e/ou diretora musical em uma variedade de projetos. Entre esses trabalhos, destacam-se o Projeto Revoada, o EP "Mãe" de Gerson, bem como sua contribuição nos blocos Então Brilha e Pele Preta. Sua participação em diferentes contextos musicais, tanto na produção quanto na direção, demonstra sua versatilidade e comprometimento com a excelência artística em todas as facetas de sua carreira.

Caetano Brasil * De compositor à clarinetista, passando por diretor musical, saxofonista e arranjador, de professor a defensor da valorização da música e, especialmente, do choro. A música de Caetano Brasil retrata universos variados. Ao mesmo tempo, ela cria outros universos. A união de influências diferentes resulta numa sonoridade tão própria e cheia de personalidade que, possivelmente, a melhor forma de se referir ao trabalho do artista é dizer que ele é contemporâneo. Os universos de Caetano são muitos. Do choro brasileiro ao impressionismo francês, do politonalismo de Villa-Lobos à improvisação do jazz, da música caribenha à judaica.

A trajetória do artista vem sendo reconhecida nacionalmente com premiações do cenário instrumental do Brasil, a exemplo do Nabor Pires Camargo e BDMG Instrumental, ambos em 2019, e internacionalmente, com a indicação para o Grammy Latino 2020, na categoria Melhor Álbum Instrumental com Cartografias.

O artista possui três álbuns lançados: o Caetano Brasil, de 2015, produzido com recursos do Programa Cultural Murilo Mendes (Lei de Incentivo à Cultura de Juiz de Fora/MG); o Cartografias, produção indepentende de 2019, e, o mais recente, Pixinverso – infinito Pixinguinha, um álbum que reverencia a obra de Pixinguinha, com arranjos próprios.

Foto: Divulgação

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