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Spams telefônicos prejudicam telemarketing filantrópico
Ligações sistemáticas de ofertas indesejadas de produtos ou serviços geram percepção negativa de uma estratégia legítima para inúmeras ONGs arrecadarem fundos
Dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) apontam que os robocalls, também conhecidos como spams telefônicos – ligações com menos de três segundos feitas por chatbots –, representam cerca de 2,5 bilhões de chamadas semanais realizadas no território nacional. A modalidade automatizada e o telemarketing ativo com ofertas indesejadas de produtos ou serviços são campeões de queixas da maioria dos brasileiros, mas além de gerar transtornos, as práticas prejudicam o trabalho de agentes que usam esse tipo de ferramenta para transformar vidas.
Nas ligações personalizadas, instituições do terceiro setor têm a chance de se conectar com potenciais doadores, abrir um diálogo transparente e respeitoso, tirar dúvidas, e manter um relacionamento constante e próximo com seus doadores. “Apesar dos avanços da tecnologia na comunicação, nada substitui uma conversa ao telefone, uma abordagem humanizada e acolhedora para buscar doadores e falar da importância do apoio de cada um, dentro de suas possibilidades, e o impacto na vida dos nossos assistidos e suas famílias”, relata Rosilanda Franco, coordenadora de telemarketing da Casa de Apoio Aura.
Para Rosilanda Franco, o bombardeio diário de telemarketing abusivo de venda de um produto ou serviço sem a permissão do consumidor dificulta o telemarketing filantrópico, uma forma legítima de levantamento de fundos para a manutenção das práticas sociais de inúmeras ONGs. “As insistentes ligações indesejadas com fins comerciais dão uma conotação negativa para uma estratégia fundamental, gerando nas pessoas uma resistência que, muitas vezes, dificulta o primeiro contato para apresentar o trabalho que desenvolvemos com acolhidos de zero a 17 anos em tratamento de câncer, doenças hematológicas e transplantados, e captarmos recursos”, avalia.
Aura o telemarketing filantrópico é uma das suas principais fontes de arrecadação e é realizado por uma equipe de 15 profissionais integralmente dedicados à atividade. “As doações advindas das nossas ligações correspondem a 75% de todas as contribuições mensais que recebemos. Através desse canal conseguimos alcançar um número maior de pessoas. Nossos colaboradores passam por constantes treinamentos para saber lidar com situações distintas e inesperadas e construir relacionamentos duradouros. É um trabalho transparente que consiste em saber ouvir o doador, esclarecer dúvidas e agradecê-lo por abraçar esta causa conosco. Mesmo o doador fidelizado precisa ter a liberdade de cancelar a doação, seja qual for o motivo, de forma simples e ágil. São condutas cruciais para estabelecer uma relação sólida de confiança com os doadores”, declara Rosilanda Franco.
Sobre Casa de Apoio Aura
Fundada em 1998, a Casa de Apoio Aura acolhe pessoas de zero a 17 anos em tratamento de câncer, doenças hematológicas e em processo de transplante, e seus acompanhantes, vindos de diversas partes do Brasil. Sua equipe multidisciplinar de Enfermagem 24 horas, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Psicopedagogia, Serviço Social e Fonoaudiologia é constantemente incentivada à formação clínica. Juntam-se a esses profissionais cerca de 70 voluntários presentes nas atividades diárias da Aura.
A fachada da sua sede própria (rua José Lavarine, 100, bairro Paraíso, Belo Horizonte/MG), inaugurada em 2017, conta com pinturas de um grupo de artistas renomados da galeria QUARTOAMADO. A associação oferece condições adequadas de acolhimento com 32 quartos individuais para criança/adolescente e seu acompanhante, e acomodações diferenciadas para pós-transplantados, cinco refeições diárias nutricionalmente balanceadas para atender às necessidades específicas, bem como cesta básica e outros benefícios de acordo com a necessidade individual, e ainda espaço de estar e convívio e atividades de desenvolvimento educacional, cognitivo e social.
“A Aura se dedica para manter o clima positivo e alegre e garantir aos seus acolhidos o direito de ser criança, de brincar, de estudar, de passear. Oferecemos suporte educacional para os momentos de afastamento da escola, transporte para hospitais, centros de saúde e atividades programadas de lazer, auxílio na obtenção de benefícios sociais e documentos, mediação de psicólogo para que todos se sintam seguros e confortáveis para compartilhar a sua jornada”, descreve Marilda Eugênia de Souza e Santos, gerente social da instituição.
A Casa desenvolve também ações para aquisição de próteses, órteses, cadeiras de rodas e outros itens necessários à saúde e reabilitação, e oficinas artesanais para ensinar e estimular atividades geradoras de renda e economia criativa.
A instituição é certificada pelo Selo PGT (Padrões em Gestão e Transparência), conhecido também como Selo Doar A+, e por três anos consecutivos recebeu o “Prêmio Melhores ONGs”, uma iniciativa do Instituto Doar em parceria com O Mundo Que Queremos, que elege as 100 organizações do país com excelência em gestão, governança, sustentabilidade financeira e transparência.
A Aura se mantém exclusivamente por meio de doações de pessoas físicas e parceiros, emendas impositivas e projetos para captação de recursos. Conta ainda com um bazar na própria sede, que ajuda diretamente na manutenção dos projetos e ações e funciona de segunda a sexta, das 13h às 16h.
Mais informações: (31) 3282.1128 | aura.org.br | @casadeapoioaura
Foto: Leo Salvo
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