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Samuel Rosa e Lô Borges gravam DVD juntos em BH

Um deles é um dos mais legítimos representantes da música feita em Minas Gerais, com visão além das montanhas. O outro também. Um deles criou canções clássicas. O outro também. Um deles é fonte de referência para gerações de músicos, que se inspiram em suas melodias para compor e levar adiante seu legado. O outro também. Um deles é fã dos Beatles. O outro também. Um deles é Lô Borges. O outro é Samuel Rosa. E neste caso, a ordem dos fatores não interessa, apenas se complementa.

 

Existem mais pontos de similaridade entre os trabalhos de Lô Borges e Samuel Rosa do que sonha nossa vã filosofia. Mais do que dois músicos que fazem parte desta tal música de Minas que ultrapassou as montanhas, Lô e Samuel são a prova definitiva de que, na música, a diferença entre gerações não é um problema, mas uma solução. Numa era onde gêneros se misturam e as fronteiras da canção propriamente dita estão cada vez mais abertas, a universalidade dos clássicos criados pela dupla salta aos olhos e ouvidos de uma forma homogênea e faz com que imaginemos os dois como parte de uma mesma linhagem.

 

Depois de muito tempo se admirando, os dois decidiram, em 1999, juntar forças para uma série de shows em Belo Horizonte. E lá se vão 16 anos desde este primeiro encontro em cima de um palco, reverenciado por quem lá esteve e lamentado por quem não teve a oportunidade de vivenciar a experiência. De lá pra cá, os dois vem se encontrando musicalmente por várias esquinas, em disco, show ou simplesmente para um bom papo em algum bar de Santa Tereza, bairro da capital mineira famoso por sua boemia e por ter abrigado os embriões do Clube da Esquina e do Skank. E em alguns destes encontros, a ideia de finalmente registrar a parceria sempre surgia, mas era deixada de lado devido às agendas atribuladas dos dois. Até agora.

 

O DVD "Samuel Rosa & Lô Borges", que será gravado em dois shows nos dias 7 e 8 de agosto, é o registro desta parceria duradoura, histórica e encerra um ciclo de conexões da música feita pelos dois para então começar outro ainda mais frutífero. E o local escolhido não poderia ser mais histórico. Belorizontinos da gema, Samuel e Lô sempre frequentaram os arredores e o interior do mitológico Cine Brasil, em plena Praça Sete, em busca de alguns momentos em companhia da sétima arte. Agora, em 2015, completamente remodelado, o Cine Theatro Brasil se tornou um dos principais pontos de cultura da capital mineira e não poderia ser mais apropriado para abrigar este momento. Ali, a pouco mais de dois quarteirões do Edifício Levy, onde o Clube da Esquina deu seus primeiros passos, mais uma destas esquinas será desvendada.

 

O SHOW

O DVD "Samuel Rosa & Lô Borges" terá como base o show que os dois já vem fazendo e atualizando ao longo dos últimos 16 anos, com repertório baseado nos clássicos dos dois artistas, construídos em parceria com alguns dos maiores arquitetos das palavras. Desde mineiros sintonizado com as tais "coisas de Minas", como Márcio Borges, Chico Amaral e o inesquecível Fernando Brant, até outros com cidadania musical entre as montanhas, como Ronaldo Bastos, Nando Reis e Fausto Fawcett. Com estes nomes envolvidos, já dá pra imaginar qual será o repertório. De clássicos como "Paisagem na Janela", "O Trem Azul", "Para Lennon e McCartney" e "Um Girassol da Cor do Seu Cabelo" até a primeira parceria entre Lô e Samuel ("Dois Rios"), passando por pérolas do repertório do Skank, como "Te Ver", "Resposta", "Três Lados" e "Vou Deixar".

 

E como ninguém faz nada sozinho, a banda que acompanhará Lô e Samuel nesta empreitada é formada por alguns dos amigos de fé e irmãos camaradas dos dois, que os acompanham hoje e sempre: Alexandre Mourão no contrabaixo e vocais, Telo Borges nos teclados e vocais, Doca Rolim nas guitarras, violões e vocais; e Robinson Matos na bateria; além de Lô e Samuel se revezando em mais violões, guitarras, vocais e no clima geral.

 

Mais do que o clichê "encontro de gerações", a gravação do DVD "Samuel Rosa & Lô Borges" é a prova definitiva de que a universalidade da música dá o tom neste século, deixando de lado conceitos como gêneros, gostos, temperos locais e diferenças geracionais. Uma grande colisão de universos, em prol de novos horizontes que serão criados a partir de agora.

 Foto: Divulgação 

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