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Samba do Trabalhador festeja dez anos com músicas inéditas

“Moacyr Luz & Samba do Trabalhador - 10 anos e outros sambas” registra a roda de samba e sua identidade em CD comemorativo

 

O famoso Samba do Trabalhador, comandado por Moacyr Luz no Andaraí, no Rio de Janeiro, sai do tradicional Clube Renascença para lançar na capital mineira o disco que celebra uma década da roda de samba.  No dia 23 de julho, às 21 horas, o palco do Teatro Bradesco recebe o show de lançamento do CD Moacyr Luz & Samba do Trabalhador – 10 anos & outros sambas.

 

Esta é a primeira vez que uma roda de samba grava um trabalho com músicas autorais e inéditas. Composições da velha guarda e da nova safra de compositores se unem neste CD,  como os mestres Moacyr Luz, Paulo César Pinheiro, Luiz Carlos da Vila e Sereno, e os recém chegados para somar a família do samba, Gusttavo Clarão e Anderson Baiaco. O criador do Samba do Trabalhador, Moacyr Luz, o Moa, é autor e co-autor das composições do disco.

 

O repertório leva os encontros vespertinos de segunda-feira no Andaraí até os ouvintes. As músicas falam da boemia e de temas atuais, além de fazer uma homenagem a Dona Ivone Lara, ícone deste gênero musical. Assinada por Moacyr Luz e Sereno, Jóia rara faz referência a essa diva do samba e tem participação do consagrado gaitista Rildo Hora.

 

A faixa que abre o CD, A reza do samba, de Moacyr Luz e Clarão, exalta os dez anos do movimento cultural Samba do Trabalhador. Em seguida, Moacyr e Sereno assinam Amor, o dono do meu caminho, com participação especial do trombonista Allan Abbadia. Álvaro, Mingo e Moa passeiam pelo universo do sambista, na A cria do samba, enquanto Camarão Vegê, de Moacyr, apresenta com propriedade o folclore e a magia da roda, com o convidado Bebe Kramer, consagrado acordeonista brasileiro.

 

Na vaselina, de Nei Lopes e Moa, o samba é retratado com melodia graciosa e fala do violento dia a dia por meio da voz de quem não se rende ao medo. Já o emocionado lamento de um bamba que pede a São Pedro para encontrar a sua amada, é registrado em Se parasse de chover, dos compositores Mingo e Baiaco.

 

A boemia e irreverência das rodas são retratadas em Toda hora, de Moacyr e Toninho. Em Vai que vai,Moa e João Martins falam da esperança, dos instrumentos e do desejo de abraçar quem faz parte da roda.

 

As regravações ficam para Samba de fato, de Moa e Paulo César Pinheiro, gravada pela primeira vez em 1998 e que ganha nova interpretação na voz do sambista Gabriel. A segunda regravação do CD é Anjo vagabundo, de Moacyr e Luiz Carlos da Vila, de 1997. No compasso do samba, de Moacyr e Sereno, encerra o CD e foi originalmente gravada pelo grupo paulista Dose Certa, em 2012. A regravação conta com as vozes dos cantores integrantes da roda e com o som do saxofonista Carlos Malta.

 

Samba do Trabalhador

O Samba do Trabalhador foi criado em 2005, no Rio de Janeiro, por Moacyr Luz. Sob o comando de Moa, a roda de samba é realizada no Clube Renascença e atrai sambistas cariocas que participam dos encontros, como Toninho Gerais, Ivan Milanez e mestre Trambique.  A roda acontece às segundas-feiras, sempre ao final da tarde, horário em que os músicos podem participar deste tipo de evento, já que trabalham aos finais de semana.

Foto: Divulgação 

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