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Nunca é tarde para recomeçar: retomada dos estudos na vida adulta transforma trajetórias e fortalece a autoestima
Especialista explica como vencer o medo de mudar de carreira após os 40 e mostra os benefícios emocionais de investir em novos sonhos
O desejo de mudar de rumo ou iniciar uma nova carreira pode surgir em qualquer fase da vida. Ainda assim, muitas pessoas sentem medo, vergonha ou até culpa ao pensar em começar uma graduação depois dos 40 ou 50 anos — seja por pressões sociais ou por acreditarem que "já passou da hora". Mas, ao contrário do que dizem os estigmas, o recomeço pode ser uma jornada transformadora.
A psicóloga Talita Rocha, professora da Una, explica que “o receio está ligado a crenças limitantes. Desde cedo, aprendemos que o sucesso profissional deve vir na juventude, e que estabilidade é sinônimo de realização. Por isso, mudar de carreira mais tarde parece, para muitos, um fracasso. Há também o medo de arriscar a segurança financeira ou decepcionar expectativas da família”.
Segundo a especialista, a reinvenção profissional nessa fase pode ser motivada por insatisfação com a carreira atual, desejo de propósito, mudanças na vida pessoal ou até o despertar de talentos adormecidos. “Recomeçar depois dos 40, 50 ou 60 não é sinal de fracasso, mas de coragem. A idade não define o potencial de ninguém. O que define é a disposição para dar um novo passo”, afirma.
Foi exatamente esse passo que a estudante Maristela Pádua decidiu dar. Aos 40 anos, ela iniciou o curso de Psicologia na Una e, desde então, vem descobrindo uma nova versão de si mesma. “Sempre tive interesse pela área, mas só encontrei motivação de verdade quando uma amiga me incentivou. Hoje, tenho certeza de que escolhi uma profissão que vai me permitir transformar vidas”, conta.
Maristela já havia tentado outras graduações antes, sem concluir. Com trajetória profissional voltada para atendimento ao público, ela encontrou na Psicologia um propósito mais profundo. “No começo, enfrentei dificuldades com a tecnologia e o preconceito por ser mais velha. Senti que precisava provar meu valor, mas o próprio curso me ensinou que não preciso validar minha capacidade para ninguém”.
Rocha destaca que os bloqueios emocionais mais comuns incluem medo de fracassar, vergonha de ser o mais velho da turma, comparação com os colegas mais jovens e sensação de inadequação. “Esses sentimentos são reais, mas podem ser enfrentados com suporte, acolhimento e autocompaixão. É preciso respeitar os próprios limites e celebrar cada conquista”.
Para quem teme não se adaptar à rotina acadêmica, à tecnologia ou à convivência com outras gerações, a especialista recomenda adotar uma mentalidade de aprendizagem contínua. “Ninguém precisa saber tudo de imediato. Estar aberto ao processo é o mais importante. A bagagem de vida que a pessoa carrega também enriquece o ambiente de aprendizado”.
Maristela confirma esse sentimento: “A troca com os colegas mais jovens é maravilhosa. Todos aprendemos uns com os outros. Já pensei em desistir várias vezes por causa do cansaço, do trabalho e das responsabilidades com a casa. Mas esses mesmos desafios são meu combustível. Quero uma vida melhor para mim e minha família.”
Além da realização pessoal, o recomeço também impacta positivamente a saúde emocional. “Ao voltar a estudar, o adulto resgata a autonomia e fortalece a autoestima. O aprendizado contínuo estimula o cérebro, combate o sentimento de estagnação e gera conexões sociais e cognitivas. Mais do que recomeçar, trata-se de renovar a própria história”, ressalta Rocha.
A aluna deixa um recado direto para quem ainda hesita em recomeçar: “O tempo vai passar de qualquer jeito. Por que não usá-lo para construir algo que te realiza? A idade é só um número. Nunca é tarde para aprender, sonhar ou se reinventar.”
Sobre a Una
Com mais de 60 anos de tradição em ensino superior; o Centro Universitário Una; que integra o Ecossistema Ânima - maior e mais inovador ecossistema de qualidade de ensino do Brasil; oferece mais de 130 opções de cursos de graduação. Foi destaque na edição 2022 do Guia da Faculdade; iniciativa da Quero Educação com o jornal ‘O Estado de São Paulo’; com diversos cursos estrelados em 4 e 5 estrelas. A instituição preza pela qualidade acadêmica e oferece projetos de extensão universitária que reforçam seus pilares de inclusão; acessibilidade e empregabilidade; além de infraestrutura e laboratórios de ponta; corpo docente altamente qualificado e projeto acadêmico diferenciado com uso de metodologias ativas de ensino. A Una também contribui para democratização do Ensino Superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos de educação.
Foto: Divulgação
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