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Cine104 - Programação de 14 a 20 de julho

Quinta, dia 14, às 18h – Bichas; às 19h – Nova Dubai; às 20h - (curta) Plutão + (pré-estreia em sessão comentada com o diretor Lufe Steffen) São Paulo em Hi-Fi

Como um “esquenta” para a Parada, o Cine 104 preparou uma programação especial, com filmes de temática gay, a ser apresentada no dia 14 de julho. O diretor do filme São Paulo em Hi-Fi, Lufe Steffen, participará de debate com o público após a sessão de 20h.

Toda a programação tem entrada gratuita, com distribuição de ingressos 30 minutos antes da sessão.

 

Informações sobre os filmes

Bichas

Direção – Marlon Parente

Brasil/ PE, 2016, 39 min

Classificação indicativa – 14 anos

 

Sinopse - Esse filme fala, antes de tudo, de amor. Para ser mais exato: de amor próprio. A palavra BICHA vem sendo usado de forma errada, como xingamento. Quando na verdade, deveríamos tomar como elogio. Ser bicha é correr o risco de ser agredido pela ignorância. Resistimos para nos proteger, resistimos para vencer. Ser bicha é ser livre. Não vamos deixar que nos vençam. Não mesmo!

 

Nova Dubai

Direção - Gustavo Vinagre

Brasil/ SP, 2014, 56 min

Classificação indicativa – 18 anos

 

Sinopse - Num bairro de classe média numa cidade do interior do Brasil, a especulação imobiliária ameaça os espaços afetivos da memória de um grupo de amigos. Sua resposta diante dessa iminente transformação é praticar sexo em locais públicos e nessas construções. E o amor? É apenas mais uma construção?

Plutão

Direção – Daniel Nolasco

Brasil/ RJ, 2015, 21 min

Classificação indicativa – 14 anos

 

Sinopse – Guia turístico do Centro do Rio de Janeiro.

 

São Paulo em Hi-Fi

Direção – Lufe Steffen

Brasil/ SP, 2016, 101 min

Classificação indicativa – 14 anos

 

Sinopse - Documenta?rio histo?rico que resgata a era de ouro da noite gay paulistana, fazendo uma viagem pelas de?cadas de 1960, 70 e 80 – a bordo das lembranc?as de testemunhas do peri?odo, trazendo a? tona as casas noturnas que marcaram e?poca, as estrelas, as transformistas, os hero?is, e ate? os vilo?es: a ditadura militar e a explosa?o da aids.

 

Entre os dias 15 e 17 de julho será a vez da documentarista Maria Augusta Ramos, cineasta que conta com uma obra vasta e significativa, premiada por todo o mundo, mas ainda pouco conhecida por aqui. Vários de seus filmes não chegaram a entrar em cartaz nos cinemas. Esta mostra oferecerá a chance de se conhecer um trabalho de impressionante rigor formal, bastante conectada à realidade brasileira. Ela já fez incursões pelo universo dos jovens infratores (Juízo), da justiça brasileira (Justiça) e das Unidades de Polícia Pacificadora do Rio de Janeiro (Morro dos Prazeres).

Nos 3 dias da programação serão exibidos todos os seus longas metragens. Futuro Junho, filmado semanas antes da Copa do Mundo de 2014, contará com sessão comentada na sexta-feira, dia 15, e entra em cartaz logo na sequência. No sábado, de 17h às 20h, a cineasta ministra uma master class, onde abordará sua trajetória e métodos de criação.

Para participação na master-class não será necessário fazer inscrição prévia. A entrada se dará mediante ingresso vendido pelo valor usual do Cine104 (R$12,00 a inteira e R$6,00 a meia entrada), no dia do evento. O público da sessão de 15h de sábado, terá direito à participação na master-class que será realizada na sequência desta sessão.

 

Grade de programação da Mostra Maria Augusta Ramos:

15 de julho (sexta-feira)

17h – Brasília, um Dia em Fevereiro

19h – Desi

20h30 – Futuro Junho (lançamento/ sessão comentada)

 

16 de julho (sábado)

15h –Justiça

17h às 20h – Master Class com Maria Augusta Ramos

20h30 – Seca

 

17 de julho (domingo)

17h – Juízo

19h – Morro dos Prazeres

20h30 – Futuro Junho

 

Master class/ biografia resumida

No sábado, dia 16 de junho, entre 17h e 20h, a cineasta ministra uma master-class, onde abordará sua trajetória e seus métodos de criação no cinema documentário.

Maria Augusta Ramos nasceu em Brasília, em 1964. Depois de se graduar em música pela UNB - Universidade de Brasília, mudou-se para a Europa onde estudou Musicologia e Música Eletroacústica em Paris, no Groupe de Recherche Musicale (Radio France) e, logo depois, em Londres, na City University. Em 1990, mudou-se para a Holanda onde ingressou na The Netherlands Film and Television Academy, especializando-se em direção e edição.

Diretora de cinema premiada internacionalmente recebeu, em 2014, o Prêmio Marek Nowicki pela sua obra, outorgado pela Helsinki Foundation of  Human Rights. Seus documentários foram exibidos nos mais importantes festivais de cinema e documentário do mundo, incluindo mostras retrospectivas.

 

Seu filme DESI (2000) recebeu o ‘Bezerro de Ouro’, prêmio mais importante do cinema holandês. Foi também vencedor do Prêmio de Público no Festival Internacional de Documentários de Amsterdã (IDFA) em 2000, festival considerado a Cannes do cinema não-ficcional.

 

Sobre a cineasta

“Maria Augusta Ramos ocupa um lugar singular no cinema brasileiro... Sua câmera não arreda pé, não dá trégua, até deslindar as dimensões humana, social e política da realidade que foi buscar.” - Dorrit Harazim , Revista Piauí

“Nenhum outro diretor ou diretora, seja no documentário ou na ficção, filma hoje, no Brasil, como Maria Augusta, o indivíduo e sua relação com as instituições. Juízo lida com a falta de juízo da sociedade e das instituições brasileiras.” - Luiz Carlos Merten , O Estado de São Paulo

 

“Maria Ramos é mestre do olhar objetivo..... Juízo é um documentário que descortina sem refresco estético o arrepiante retrato de um sistema tão sobrecarregado que oferece poucas chances de seguimento aos casos que julga. A solução encontrada para o problema da exposição dos menores foi brilhante. O que poderia ter sido um fracasso funciona maravilhosamente bem.” - Jay Weissberg , Variety, USA

“Justiça: uma narrativa complexa e impressionantemente sofisticada.” Elias Schafroth, Le Temps, Suiça

 

Informações sobre os filmes:

 

BRASÍLIA, UM DIA EM FEVEREIRO  (Maria Augusta Ramos, 1995, 68 min)

O cotidiano de três habitantes típicos da capital federal: uma estudante, a mulher de um diplomata, um vendedor ambulante.

* Prêmio do Júri no festival de documentários É Tudo Verdade

 

DESI (Maria Augusta Ramos, 2000, 90 min)

Desi é uma menina holandesa de 11 anos como outra qualquer. Ela vai para a escola todos os dias, fofoca com as amiguinhas e briga com os meninos na hora do recreio. Enfim, uma garota divertida, em nada diferente de suas colegas. Mas quando o sinal anuncia o final da aula e todas as outras crianças vão para a casa dos pais, ela se senta na rua em frente a escola, tira seu celular da mochila e telefona para o pai, que, como sempre, se esqueceu de aparecer. A mãe de Desi se suicidou quando ela tinha  2 anos. O filme é uma história de sobrevivência: de como uma criança se adapta ao meio familiar e social em que vive.

* recebeu o “Bezerro de Ouro”, prêmio mais importante do cinema holandês, e o Prêmio de Público no Festival Int. de Documentários de Amsterdã, em 2000

 

JUSTIÇA, Dir: Maria Augusta Ramos (2004, 100 min)

Justiça pousa a câmera onde muitos brasileiros jamais puseram os pés – um Tribunal de Justiça no Rio de Janeiro, acompanhando o cotidiano de alguns personagens. Há os que trabalham ali diariamente (defensores públicos, juízes, promotores) e os que estão de passagem (réus). A câmera é utilizada como um instrumento que enxerga o teatro social, as estruturas de poder – ou seja, aquilo que, em geral, nos é invisível. A cineasta vai acompanhar um pouco mais de perto uma defensora pública, um juiz/professor de direito e um réu. Primeiro, a câmera os flagra no “teatro” da justiça; depois, fora dele, na carceragem da Polinter e na intimidade de suas famílias.

 

* foi exibido em mais de 50 festivais internacionais e recebeu 9 prêmios, entre eles: o Grand Prix, prêmio de melhor filme, no Festival Internacional de Cinema ‘Visions du Réel’, na Suiça; Grand Prize no Festival Int. de Documentários de Taiwan; La Vague d'Or de melhor filme no Festival Internacional de Cinema de Bordeaux, França; Prêmio da Anistia Internacional no CPH Dok - Festival Int. de Documentários de Copenhagen, e o Prêmio de Melhor Filme no Play-Doc - Festival Internacional de Documentários de Tui, Espanha.

 

JUÍZO (Maria Augusta Ramos, 2007, 90 min)

Juízo acompanha a trajetória de jovens com menos de 18 anos de idade diante da lei. Meninas e meninos pobres entre o instante da prisão e o do julgamento por roubo, tráfico, homicídio. Como a identificação de jovens infratores é vedada por lei, no filme eles são representados por jovens não-infratores que vivem em condições sociais similares. Todos os demais personagens de Juízo  – juízes, promotores, defensores, agentes do DEGASE, familiares –  são pessoas reais filmadas durante as audiências na II Vara da Justiça do Rio de Janeiro e durante visitas ao Instituto Padre Severino, local de reclusão dos menores infratores.

 

* foi exibido no Festival internacional de Locarno (Competição “Cineastes du Present”), em Rotterdam, na Viennale, no IDFA e recebeu o Prêmio da FIPRESCI de melhor filme no DOK Leipzig -Festival Int. de Documentário na Alemanha e os Prêmios de Melhor Filme no One World Int. Documentary Festival em Praga e no Watch Docs Int. Film Festival em Varsóvia.

 

MORRO DOS PRAZERES  (Maria Augusta Ramos, 2013, 90 min)

Uma crônica documental sobre o dia-a-dia de uma comunidade do Rio de Janeiro, um ano depois da instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Durante quatro meses, entre abril e julho de 2012, a cineasta e sua equipe acompanharam o cotidiano da favela que dá nome ao filme, em Santa Teresa, observando o processo de pacificação a partir do ponto de vista de seus protagonistas: de um lado, os moradores da comunidade, que experimentam uma nova rotina a partir da instalação da UPP, e de outro, os policiais, que representam a presença da lei em um espaço até então marcado por sua ausência.

* estreou no Festival de Rotterdam e recebeu os prêmios de Melhor Direção, Melhor Fotografia e Melhor Som no 46o. Festival de Cinema de Brasília.

 

FUTURO JUNHO (Maria Augusta Ramos, 2015, 100 min)

Semanas antes da Copa do Mundo de 2014, quatro trabalhadores em São Paulo são seguidos pela câmera clínica e rigorosa de Maria Augusta Ramos. Entre situações profissionais e momentos de intimidade, esses personagens da vida real expõem utopias e desilusões ao enfrentarem os desafios da maior metrópole do país. A diretora se detém na pluralidade de vivências urbanas e nos paradoxos e contradições típicos da sociedade brasileira.?

* recebeu o Prêmio de Melhor Filme no VIII Janela Int. De Cinema de Recife e o Prêmio de Melhor Direção no Festival de Cinema do Rio

 

SECA (Maria Augusta Ramos, 2015, 70 min)

Como em um road movie, o filme acompanha um caminhão pipa durante sua cruzada pelo sertão nordestino. Entre a ficção e o documentário, o motorista testemunha o esforço diário de uma população em viver, enquanto palavras vazias de políticos sobrevoam as terras áridas. Um retrato coletivo que respeita a distância correta. 

 

* recebeu o Merit Prize - Prêmio Especial do Júri no Festival Internacional de Documentários de Taiwan e está sendo exibido em diversos festivais internacionais.

 

Lembramos ainda que na terça, dia 12, às 20h30, será exibido o filme A Morte de J.P. Cuenca, seguido de debate com o diretor. O filme integra projeto do autor junto ao livro ‘Descobri que estava morto’, que terá sessão de autógrafos no Cine104 às 20h ( antes da sessão ). A entrada é  gratuita, com distribuição de ingressos também às 20h.

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