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Musical homenageia universo poético de Gonzaguinha
Depois de temporadas em Salvador e São Paulo, espetáculo estará em cartaz de 31 de julho a 3 de agosto no Teatro Alterosa em BH
Chega a Belo Horizonte a partir de 31 de julho o musical "O Eterno Aprendiz Eterno - Gonzaguinha". O espetáculo teatral homenageia a trajetória de um dos maiores artistas populares do país tendo como ponto de partida exatamente suas principais ferramentas de trabalho: a música e a palavra. A produção cênica estará em cartaz no Teatro Alterosa, de quinta a domingo.
Após temporadas de sucesso na Bahia, em 2013, e agenda de shows em 2014 em São Paulo e no Maranhão, a chegada do musical a Belo Horizonte tem significado especial - foi na capital mineira que Gonzaguinha viveu seus últimos dez anos de vida, tendo inclusive se inspirado na cidade para compor alguns de seus sucessos.
No palco, o ator Rogério Silvestre faz o papel de Gonzaguinha, interpretando um texto poético que passeia por momentos marcantes da vida do cantor e compositor carioca, como a infância no morro do São Carlos, no Rio de Janeiro, os primeiros passos na carreira artística, os embates com a ditadura militar e a relação conflituosa com o pai, o rei do Baião, Gonzagão.
Intercalada à dramaturgia, são interpretadas 16 canções de Gonzaguinha, dentre elas "Explode Coração", "Recado", "Começaria Tudo Outra Vez" e "Moleque". Para isso, o espetáculo conta um banda formada por três cantores e quatro músicos, propondo um diálogo enriquecedor entre produção artística e vida pessoal e profissional. Os temas que integram o musical também evidenciam como o compositor, numa constante busca, foi um dos poucos a falar com tanto domínio poético e olhar crítico sobre o morro, as questões sociais e o amor, para isso recorrendo a diferentes linguagens e ritmos, como o samba, o bolero e o baião.
Produção - de Minas à Bahia
O espetáculo foi inicialmente gestado no Sul de Minas, na cidade de Itajubá, numa conversa entre o diretor teatral Breno Carvalho e o regente Amaury Vieira. A dramaturgia ficou a cargo do poeta paraibano Gildes Bezerra, que já tinha assinado os roteiros dos shows “Dom Quixote” e “Pre?–8 – Ra?dio Nacional”.
O trabalho começou a ganhar força com a entrada de outros músicos, igualmente influenciados pela obra de Gonzaguinha - a banda conta com os experientes instrumentistas Rafael Toledo e Jelber Oliveira. Já nos vocais estão a baiana Maira Lins, com sua interpretação e voz arrebatadoras, e o mineiro Paulo Francisco, que carrega sua filiação musical não apenas no timbre semelhante ao do homenageado, mas também pelo fato de seu pai, o guitarrista Fredera, e tio, o pianista Wagner Tiso, terem acompanhado Gonzaguinha nos palcos.
Depois de estrear em Minas e passar por temporada no teatro Eva Wilma, em São Paulo, o espetáculo foi consagrado em 2013 com duas temporadas de casa lotada no teatro Jorge Amado, em Salvador.
Gonzaguinha
Luiz Gonzaga do Nascimento Junior, nascido em 1945, está certamente no time dos maiores artistas brasileiros. Sua música - de refinada composição, mas sem perder de vista a rica cultura popular que lhe serviu de base - deu voz tanto às angústias de um país, durante os anos de chumbo sob a Ditadura Militar, quanto às paixões arrebatadoras que fazem o coração explodir. Seus sambas, de inspiração contagiante, à exemplo de "O Que é, o Que é?", são um retrato fiel da alma brasileira.
Com a vida e a carreira interrompidas precocemente num acidente de carro em 1991, Gonzaguinha teve sucessos interpretados nas vozes de Elis Regina, Maria Bethânia e Fagner, dentre muitos outros. Nos últimos anos, sua contribuição à música brasileira tem sido revalorizada com o lançamento de filmes e livros que enaltecem sua obra. O musical "O Eterno Aprendiz" cumpre, dessa forma, um papel essencial na difusão da memória do artista para diferentes públicos do país.
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