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Pela segunda vez, a Fundação Municipal de Cultura promove em Belo Horizonte um dos eventos de maior sucesso em todo o mundo. No dia 18 de julho, sexta-feira, mais de 30 museus da capital mineira ficarão abertos até mais tarde no “Noturno nos Museus de Belo Horizonte”. Durante a noite e o início da madrugada o público terá acesso a exposições, oficinas de arte, exibições de vídeos, instalações culturais, shows, apresentações de dança, espetáculos teatrais, entre outras atrações. Todas as ações são gratuitas. A programação completa está disponível no site www.bhfazcultura.pbh.gov.br.

Todos os museus da Fundação Municipal de Cultura participam do Noturno nos Museus de Belo Horizonte. No Museu de Arte da Pampulha (MAP) o destaque será a reedição de um evento que foi sucesso em 2013. Inspirado em sua história, o MAP realiza o “Uma Noite no Cassino”, evento que irá reviver o glamour do antigo Cassino da Pampulha, que funcionou no local na década de 1940. O Museu abrirá suas portas às 19h com funcionários e convidados devidamente caracterizados com figurinos da época. Serão realizadas oficinas e simulações de jogos de roleta e pôquer nas mesas que fazem parte do acervo do Museu. A noite terá ainda a apresentação do espetáculo “Malabares de Luz”, da Trupe Gaia, e um show com a cantora Celinha Braga, interpretando os maiores sucesso de Carmem Miranda. Outra atração no MAP será o bar e restaurante temático, que trará uma decoração especial da época do Cassino.

No Museu Histórico Abílio Barreto o destaque será a participação do público nas ações. Logo às 16h30, o público será apresentado a um vasto acervo de cartas, fotografias e documentos do fim do século XIX, resultado de uma pesquisa junto a famílias de tradicionais bairros da Capital.  A oficina “Cartas para BH” apresenta um raro registro da história da capital mineira. A intenção é conduzir o participante ao interior das antigas casas das fazendas, à sala de visitas das construções dos primeiros bairros de BH. Na sequência, às 20h, o MHAB recebe a performance “Coleto  Sonhos” com Scheilla Ramos. A artista adentra o museu vestida com uma roupa bordada, carregando uma placa na qual induz os visitantes a escreverem seus sonhos. As frases anotadas são bordadas na roupa ou transcritas em guardanapos que envolverão doces “sonhos” distribuídos para os participantes. O MHAB terá ainda um show com o Coletivo Fita Amarela cantando Noel Rosa e uma palestra com o músico Clóvis Salgado Gontijo.

A Casa do Baile, na região da Pampulha, promove, a partir das 16h, o minicurso “A Ferro e Fogo - as gravuras dos Jorge dos Anjos”, com Ricardo Aleixo de Brito, onde será analisado o processo de composição da série de gravadura A Ferro e Fogo, de Jorge dos Anjos. Outra atração será a performance “Cidades Visíveis”, com o arquiteto João Diniz, que acontece às 22h. Será uma apresentação sobre arquitetura, cidades e seus habitantes, unindo poesia, fotografia, vídeo, música e texto poético e aparece como uma expansão do livro “visible citie”, do próprio arquiteto, que é um relato de 14 cidades por ele visitadas no Brasil, América do Norte e Europa.

Na Casa Kubitschek, também na Pampulha, o destaque será o “Sarau Tropeiro Literário”, com Sueli Pereira da Silva, às 19h30. A proposta é realizar um sarau que estimule e promova leitura de textos poéticos e a fala poética de maneira prazerosa, que ao mesmo tempo homenageia a cultura brasileira e rememoriza a arte de nossos poetas, em especial o poeta Leminski pelos 70 anos.

O Centro de Referência Audiovisual (CRAV), na região Centro-Sul, apresenta uma série de curtas metragens, documentários e cinejornais de seu acervo, a partir das 21h. Mas o que acontecerá na área externa será o destaque deste espaço: uma cine instalação – site specific com projeções de imagem de filmes clássicos do cinema na fachada do CRAV. As imagens serão apropriadas, recortadas e transformadas em novas imagens. Com a desconstrução dessas imagens o artista fará novas composições que evocam a aura do cinema através dos filmes que fizeram história. O espaço terá ainda um palco para apresentação teatral e, na área interna, a exposição “Tony Vieira: um cineasta mineiro”.

Outros espaços culturais

O Noturno nos Museus de Belo Horizonte não estará presente apenas nos museus da Fundação Municipal de Cultura. Mais de 30 instituições participam do evento no próximo dia 18. O Centro Cultural Banco do Brasil apresenta, a partir das 17h, o site specific “Diametral” com Bruno Silvério Duque. Trata-se de um trabalho de arte que usa de tecnologia para criar contato entre pessoas que se localizam diametralmente opostas no globo terrestre. No Sesc Palladium, o público poderá conferir a exposição “Chão”, da artista mineira Erli Fantini. Do barro ao minério de ferro, a artista usa de rara delicadeza para a modelagem de formas que evidenciam as inúmeras possibilidades conferidas pelos materiais que elege em seu trabalho. Transitando com liberdade pelas cores e linhas de metais, argilas e pigmentos terrosos, atribui a tradicionais técnicas um caráter genuinamente contemporâneo com obras de forte potência plástica.

O Espaço Cento e Quatro terá, às 20h, o espetáculo de dança “A Corda”, do Grupo Contemporâneo de Dança Livre. A apresentação é inspirada nos diversos significados e interpretações da presença de uma corda nos sonhos das pessoas, relacionando-se com as possibilidades corporais envolvendo uma corda e suas diferentes nuances de ação. Às 23h, será a vez da peça teatral “Até que a aurora nos prepare”, do Grupo Três Calados – Cia de Produção Criativa, que conta a história de um casal que se conhece em um velório e passam a vivenciar juntos alegrias, dores, frustrações, o ridículo, a beleza e o prazer.

Participam ainda do Noturno nos Museus de Belo Horizonte diversos outros espaços culturais, tais como o Museu Inimá de Paula, o Museu de Quilombos e Favelas Urbanos – Muquifu, o Museu de Artes e Ofícios e o Cine Teatro Brasil Vallourec. A programação completa está disponível no site www.bhfazcultura.pbh.gov.br.