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Visconti Cavalleiro - Cinema & Invenção chega ao sesc Palladium
O Sesc Palladium recebe entre os dias 11 de julho e 10 de agosto a mostra que homenageia os 50 anos de atividades do autor, cineasta, fotógrafo, artista plástico e pesquisador cultural Elyseu Visconti Cavalleiro. Belo Horizonte é a segunda capital por onde a itinerância passa. A mostra foi adaptada especialmente para o público mineiro. Com caráter multimídia, Visconti Cavalleiro – Cinema & Invenção, sob a curadoria de Paulo Klein, abrange exposição sobre a vida e a obra do inquieto artista, mostra de filmes e seminário sobre a estética peculiar de Elyseu e sua geração. Como diferencial, haverá um concerto de Vera Terra em torno da obra de John Cage, com piano preparado pela especialista, estudiosa das trilhas musicais dos filmes da mostra e amiga do homenageado. A apresentação será na abertura da exposição, na Galeria de Arte GTO do Sesc Palladium. SOBRE VISCONTI CAVALLEIRO – CINEMA & INVENÇÃO Visconti Cavalleiro – Cinema & Invenção é um projeto fundamentado na pesquisa e na criatividade, com uma curadoria em progresso. Com realização do Sesc, integrado Sistema Fecomércio MG e idealizado pelo Instituto Via Cultural, o trabalho de Anna Lúcia Marcondes e Paulo Klein resultou numa mostra comemorativa, pontual e dinâmica da trajetória do multiartista brasileiro Elyseu Visconti Cavalleiro. O público poderá apreciar uma exposição com originais do artista e reproduções de documentos e referências de sua carreira, dividida em três tempos: a Mostra Alternativa, com os fotogramas plotados que foram apresentados em São Paulo; a Petit Galerie, que segundo Klein é a cereja do bolo. “Trata-se de um conjunto pequeno, porém expressivo de oito ou nove desenhos produzidos na Europa” e o Cabaret Duchamp no qual acontece o recital de Vera Terra. Durante a exposição, será apresentado em looping, um vídeo documentário montado para a mostra com edição de entrevistas com Elyseu Visconti Cavalleiro. A filmografia selecionada do diretor entra na programação do Cine SESC Palladium, de 11 a 21 de julho. (Confira a programação completa no site do SESC Palladium: www.sescpalladium.com.br) O seminário Cinema & Invenção será outro ponto alto da mostra. Em foco, debates sobre o cinema desenvolvido por cineastas como Elyseu Visconti Cavalleiro, Rogério Sganzerla, Ivan Cardoso, Andrea Tonacci, entre outros. Participarão Helena Ignez (atriz e diva do cinema marginal que atuou em “Os Monstros de Babaloo” de Elyseu Visconti Cavalleiro), Geraldo Veloso (cineasta, crítico, ensaísta e um dos criadores do Centro de Estudos Cinematográficos, o CEC) e Ewerton Belico (professor, crítico de cinema e curador do forumdoc.bh). As mesas serão mediadas pelo curador Paulo Klein (jornalista cultural, crítico de artes visuais membro da ABCA e AICA). SOBRE ELYSEU VISCONTI CAVALLEIRO Para Paulo Klein, as definições são muitas. “Elyseu é um artista obsessivo, e do alto de seus mais de 70 anos de idade, esbanja energia. Costumo dizer que ele é um vulcão de invenção”, afirma. Outra expressão cabível é o de “rebelde do audiovisual”. Nascido no Rio de Janeiro, em 1939, Elyseu Visconti Cavalleiro é filho de artistas, e a casa de sua família em Teresópolis (RJ) era palco de encontro de intelectuais de várias gerações. “Os freqüentadores eram poetas, escritores, artistas plásticos. Mario de Andrade e Olegário Mariano foram dois desses assíduos”, conta Klein. Visconti Cavalleiro ingressou na Escola de Belas Artes, e trabalhou com nomes como Oswaldo Goeldi, Roberto Delamonica e Ivan Serpa, até receber uma bolsa de estudos para cursar cinema em Paris, onde conheceria o realizador e etnólogo Jean Rouch. Viveu também na antiga Tchecoslováquia, cenário de uma intensa produção de ilustrações, a exemplo das realizadas para “Os Diários”, de Franz Kafka. De volta ao Brasil, nos anos da ditadura militar, assina uma cinematografia autoral, antropológica e delirante, que chegou a ser considerada marginal. No entanto, cabe aqui a observação do curador Paulo Klein sobre o aspecto amplo do olhar de Visconti Cavalleiro e sua geração. “Foi, na verdade, um cinema de invenção e de resistência”, define. Seus dois longas-metragens - “Monstros de Babaloo” (1970) e “O Lobisomem – O Terror da Meia Noite” (1974) – permaneceram esquecidos (censurados e com obstruções para exibição) por cerca de 10 anos, de acordo com o curador. Assim, Visconti Cavalleiro decidiu exilar-se voluntariamente no Nordeste do país, quando produziu dezenas de documentários sobre cultura popular, arquitetura colonial e outros temas, com o apoio, entre outros, de Luis da Câmara Cascudo e Gilberto Freire. Site: http://www.sescpalladium.com.br
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