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Jazz das Gerias - Mostra Musical
Evento musical leva ao público oportunidade de encontro com a tradição e as novas gerações do Jazz Mineiro
Belo Horizonte será palco da mostra musical Jazz das Gerais. Com entrada franca, o evento, que acontece na Funarte (Rua Januária, 68 / Floresta – BH – MG) trará os principais expoentes da tradição e das novas gerações do jazz mineiro, mostrando um pouco da história e revelando sonoridades atuais da música instrumental mineira, através de um rico encontro de influências, estilos e diálogos musicais que celebram a importância de nossa cultura para o resto do país. Sempre às 20h, shows imperdíveis com: Misturada Orquestra, Dibigode, Juarez Moreira e Hugo Guedes Trio, Clóvis Aguiar Trio (com Esdras “Neném” Ferreira) e João Antunes Grupo.
Os ingressos para as apresentações de “Jazz das Gerais” - projeto produzido pela Clareia Produções com patrocínio do Ministério da Cultura - poderão ser retirados gratuitamente nas Lojas Serenata ou no local do evento, uma hora antes dos shows, caso não estejam previamente esgotados. Informações adicionais: 318871-3976 e www.facebook.com/jazzdasgerais
JAZZ DAS GERAIS
08 de julho, terça-feira - Misturada Orquestra - 20h
09 de julho, quarta-feira - Dibigode - 20h
10 de julho, quinta-feira - Juarez Moreira (solo) 20h + Hugo Guedes Trio - 21h
11 de julho, sexta-feira - Clóvis Aguiar Trio (com Esdras “Neném” Ferreira) - 20h
12 de julho, sábado - João Antunes Grupo - 20h
O JAZZ MINEIRO E O JAZZ DAS GERAIS
O Jazz Mineiro é um fenômeno musical genuinamente mineiro e brasileiro, que traduz a riqueza de nossa arte ao integrar diversas manifestações sonoras para produzir uma música viva, original e admirada no mundo inteiro. Nomes como Toninho Horta, Wagner Tiso e Juarez Moreira ajudaram a forjar uma linguagem que articula elementos do jazz, do samba, do baião, da bossa nova, da música erudita e do rock, criando resultados que traduzem a musicalidade mineira como poucos.
Pensado para aproximar o público e valorizar esta manifestação tão importante da nossa cultura, Jazz das Gerais faz parte de um movimento amplo, que envolve diversas linguagens e plataformas (vídeo, livro, cd, dvd, exposição) para promover este “jeito mineiro de criar e tocar” ao status de gênero de referência da música instrumental brasileira, através da consolidação da marca “jazz mineiro” no imaginário popular. Ao fazer isso explorando as interseções da música com outras linguagens e plataformas, bem como o diálogo entre artistas de diferentes gerações da música mineira, Jazz das Gerais acredita estar dando uma contribuição efetiva para a revitalização e promoção deste fenômeno musical tão importante para o país.
O CONCEITO DE JAZZ DAS GERAIS, pelos idealizadores da mostra
O jazz mineiro não pode ser caracterizado por algum elemento musical específico, mas é antes uma
forma original de articular diversos elementos de gêneros como jazz, samba, baião, bossa nova, música orquestral e rock, criando um resultado que, no entanto, não deixa dúvidas quanto a suas origens. O país ainda carece de mais estudos sobre a estética e a poética do jazz mineiro, o que nos levou a criar um conjunto de projetos que pudesse promover a revitalização e a difusão deste fenômeno para consolidá-lo como um gênero específico da nossa música. Este conjunto de projetos inclui a realização de um livro, um documentário, gravações fonográficas, exposição, além, naturalmente, do projeto que agora apresentamos. Assim, a mostra Jazz das Gerais pode ser vista como a primeira etapa de um projeto maior, de caráter transmídia, que será realizado no médio e longo prazos. Além da realização da mostra, este primeiro projeto da série envolve, em sua etapa inicial, um trabalho de pesquisa que permitirá aprofundar a linha curatorial, para que ela esteja embasada de forma consistente em termos estéticos, poéticos e históricos. Ainda, esperamos que este trabalho de pesquisa sirva de insumo aos futuros projetos previstos (livro, filme, discos, exposição). A proposta curatorial envolve o diálogo entre a tradição do jazz mineiro e a forma como as atuais gerações tem se apropriado dela para novos resultados artísticos. Acreditamos ser esta uma forma de manter a chama musical do gênero viva na mente dos artistas e do público. O que nos move na busca pela consolidação do jazz mineiro como um gênero - para além de um fenômeno musical - não é a necessidade de classificar e enquadrar a riqueza de nossa música dentro de categorias pré - concebidas. Antes, buscamos facilitar sua fruição por parte do público, consolidando-o como gênero para além de um fenômeno sonoro identificável pela audição, mas impreciso em suas definições. Desse modo, acreditamos estar dando uma grande contribuição para que o jazz mineiro se desenvolva e atinja um maior número de pessoas dentro e fora do Estado de Minas, e mesmo para além do território nacional.
ARTISTAS:
CLÓVIS AGUIAR
Um dos nomes mais respeitados e requisitados da cena local mineira, Clóvis Aguiar acumula em sua história participações e parcerias com os principais nomes da música de Minas Gerais: Milton Nascimento, Beto Guedes, Toninho Horta, entre muitos outros. Clóvis estudou harmonia com Wilson Curia e harmonização com Ian Guest. Viveu oito anos na França e, graças ao estilo suave e ao mesmo tempo de alta técnica, viajou pela Europa, Oriente Médio e África tocando com nomes como Rosinha de Valença, Elza Soares, Maurício Tapajós e Kleiton Ramil. Voltou ao Brasil em 1994 e, desde então, vem sendo requisitado por artistas como Milton Nascimento, Nivaldo Ornelas, Juarez Moreira, Marku Ribas, Beto Guedes e Sérgio Santos. Em 2001, lançou seu primeiro trabalho autoral, Cumplicidade, com participação de nomes como Hélio Delmiro, Juarez Moreira e Caxi Rajão. Em 2008, lançou com Celio Balona e Milton Ramos o disco / dvd “Projeto Brasil”, onde reinterpreta com arranjos originais e modernos grandes temas do cancioneiro popular brasileiro. Em 2011 lança seu segundo disco, “Fio Condutor”, com a participação de nomes como Toninho Horta e Chico Amaral. No disco, Clóvis homenageia em cada faixa uma de suas influências musicais, que vão desde Pat Matheny e Eliane Elias até João Bosco e Dori Caymmi, passando por Tom Jobim, Cesar Camargo Mariano e Astor Piazzola. No Jazz das Gerais Clóvis Aguiar se apresentará com a banda que gravou “Fio Condutor”, formada por Esdras “Neném” Ferreira na bateria e Milton Ramos no baixo.
JOÃO ANTUNES QUINTETO
O violonista e compositor João Antunes apresenta-se com seu quinteto, formado por Breno Mendonça no saxofone, Fred Selva no vibrafone, Yuri Vellasco na bateria e Pedro “Trigo” Santana no contrabaixo. João mostra toda sua versatilidade na música por meio de uma sonoridade rara, já elogiada por grandes compositores, como Guinga. "Ele é um artistaço, tem um som de violão lindo", declarou o músico carioca sobre João. Além de seu trabalho autoral, trabalha em um CD com a cantora norte americana Holly Holmes e faz parte da Misturada Orquestra, além de compor inúmeras trilhas sonoras. Já se apresentou ao lado de Elza Soares, Beto Guedes, Toninho Horta, Caíto Marcondes, Benjamim Taubkin, entre outros. O repertório é formado, essencialmente, pelas composições de João, além de arranjos para músicas de Milton Nascimento e Toninho Horta.
JUAREZ MOREIRA
Juarez Moreira começou a tocar cedo, por influência do pai, que o apresentou a bossa nova, o jazz e a música brasileira produzida nos anos 50. Violonista, guitarrista, compositor e arranjador, com vasta discografia, já se apresentou ao lado de importantes nomes da música, como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Wagner Tiso, Toninho Horta e Lô Borges. É presença frequente nos principais festivais de música do país. Recentemente, Juarez Moreira participou do Savassi Jazz Festival em Nova York, junto com outros expoentes da música instrumental de Minas Gerais. No início do ano, Juarez fez turnê pela Suíça, ao lado de Peter Scharly e Hans Feightwinter. Com o músico Nivaldo Ornelas, se apresentou em Lisboa, durante as festividades do ano Brasil – Portugal, em maio. Além das apresentações pelo exterior, Juarez dá continuidade aos shows de seu último trabalho, lançado em 2012, o DVD “Juarez Moreira ao Vivo no Palácio das Artes”. O show contou com as participações de Wagner Tiso (piano), Nivaldo Ornelas (saxofone), Toninho Horta (violão), André Dequech (piano), Esdra ‘Neném’ Ferreira (bateria), Kiko Mitre (contrabaixo), Mauro Rodrigues (flauta), Cléber Alves (sax) e Quarteto Táron. Antes do lançamento do DVD, Juarez Moreira se apresentou, em maio de 2012, no Lincoln Center, em Nova York, ao lado de Ivan Lins, Ciro Batista, Chico Pinheiro e Orpheus: Chambers Orchestra, no projeto Bach Brasil, conduzido pelo maestro Robert Sadin.
DI BIGODE
Considerada uma das principais bandas da nova geração da música instrumental brasileira, o DIBIGODE é uma das grandes revelações do cenário independente atual. Formado em 2007, em Belo Horizonte MG, os cinco jovens multi-instrumentistas vem construindo uma carreira sólida e independente. Calcada no rock, o grupo propõe uma mistura inusitada de timbres, rítmos e sonoridades que constroem um universo acolhedor e único. Transitando em atmosferas ora lúdicas e ora introspectivas, as músicas sempre surpreendem o direcionamento do ouvinte. O DIBIGODE já tocou com nomes importantes do cenário nacional como Décio Ramos (Uakti), Fernando Catatau (Cidadão Instigado) e B-Negão (Planet Hemp). Já dividiram o palco com artistas renomados como Caetano Veloso, Paralamas do Sucesso, Hermeto Pascoal, Paulinho da Viola, Gal Costa, Ed Motta e Criolo. O primeiro álbum da banda "Naturais e Idênticos ao Natural de Pimentas da Jamaica e Preta" destacou-se por sua irreverência, criatividade e formato inusitado, chamando a atenção do público e da mídia nacional. O disco contou com a participação de importantes nomes da música mineira como Sérgio Pererê (grupo Tambolelê), Flora Lopes (Graveola e o Lixo Polifônico) e Fábio Feriado (Frito na Hora), além da participação de oito artistas visuais, selecionados via edital, para a criação de obras complementares no disco. A intensa performance ao vivo do quinteto já rendeu convites para importantes festivais como o Leblon Jazz Festival (RJ), Natura Musical, Savassi Jazz Festival, Feira da Música de Fortaleza, Bananada (GO), INHOTIM e foi a banda instrumental mais votada do Brasil no Festival Conexão Vivo. Em julho de 2013 o grupo realizou uma turnê de um mês nos EUA, onde passaram por seis cidades diferentes (Minneapolis, Madison, Chicago, Milwaukee, Omaha, Des Moines e Rock Island) e fizeram 15 shows em casas noturnas da cena independente.
MISTURADA ORQUESTRA
A Misturada Orquestra é formada por instrumentistas, compositores e arranjadores de uma nova geração de músicos mineiros, coordenados pelo músico e professor Mauro Rodrigues. Os une a paixão pela música e a busca de uma identidade para suas composições e performances. A formação é bastante variada e inclui instrumentos que vão dos tradicionais flautas, trombone, trompete e saxofones a outros menos comuns em uma orquestra, como violões, guitarras, bateria e uma gama bastante variada de percussão. O repertório é predominantemente autoral, incluindo alguns arranjos feitos especialmente para a Misturada, de obras de compositores como Jobim, Hermeto Pascoal, Moacir Santos, Milton Nascimento, entre outros. Para o Jazz das Gerais a formação da Mistura Orquestra será: Vitor Mello Lopes- Oboé, Alaécio Martins - Trombone, Raquel Liboredo - Voz, Mateus Oliveira - percussão, Jonas Vitor - Saxofones, Yuri Vellasco - Bateria, Estevão Amaro - Saxofones, Pedro "Trigo" Santana - Contrabaixo, João Antunes - Guitarra e violão, Mauro Rodrigues - Flauta e Marcela Nunes - Flauta. Composições e arranjos: Mauro Rodrigues e João Antunes.
HUGO GUEDES
Formado em violão popular pela Bituca Universidade de música de Barbacena, teve seu primeiro trabalho autoral, o cd “Música Vegetal”, aprovado pela lei municipal de incentivo à cultura Noemi Gontijo e lançado em 2008 com ótima aceitação do público e da crítica especializada. Participou de vários festivais projetos dentro e fora do estado, entre eles: Festival Coração de Estudante (Ouro Preto), com a canção “Música dos Ventos” de Eduardo Mendes; I Festival de Artes de Betim/2000; Mostra Cauê de Arte Popular (2003); Conexão Telemig Celular de Cultura, finalista em duas edições; Programa de música independente 2007 – Palácio das Artes – Projeto da Fundação Clóvis Salgado/ Rede Minas, Festival da ARPUB, rádio Inconfidência. Dividiu palco com vários nomes da nossa MPB como; Geraldo Azevedo, Oswaldo Montenegro, Renato Teixeira e Kleiton e Kledir. Para o 2° semestre de 2013, Hugo Guedes está preparando o lançamento simultâneo do CD/DVD do projeto Samba de Tronco e do trabalho instrumental em parceria com o grupo Balaio Geral intitulado "Sons da cidade", em que ele assina a produção musical e os arranjos.
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