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Filarmônica de Minas Gerais realiza concertos para a juventude com obras do romantismo tardio
O repertório inclui peças de Wagner, Verdi, Brahms, Rimsky-orsakov, Tchaikovsky e Saint-Saëns
Foi durante os últimos anos do Romantismo que surgiram as obras interpretadas nos Concertos para a Juventude da Filarmônica de Minas Gerais, no dia 22 de junho, às 11h, no teatro do Sesc Palladium, como os prelúdios de Lohengrin e de La traviata, dos dois maiores gênios da ópera, respectivamente, Wagner e Verdi. O gênio criativo de Brahms, compositor romântico por natureza, combinava a linguagem de seu tempo com os sons que vinham da tradição de seu povo, como é o caso da bem-humorada Abertura Festival Acadêmico.
É também na segunda metade do século XIX que começam a surgir melodias românticas de clara inspiração nacionalista, fora do eixo central da Europa, como as obras dos russos Rimsky-Korsakov e Tchaikovsky. Sob regência do maestro Marcos Arakaki, esse encontro com o Romantismo tardio é encerrado com Sansão e Dalila, ópera de Saint-Saëns que combina um som brilhante e uma alta carga dramática. Com preço popular, os ingressos custam R$5.
Os Concertos para a Juventude são apresentados pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas e Itaú por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
O Romantismo tardio
O período da música clássica conhecido como Romantismo tardio ocupa a segunda metade do século XIX e tem como características marcantes a criação de obras mais longas e mais complexas, maior variedade na combinação de instrumentos, o uso de grandes orquestras e a adoção da música programática, além de uma vertente nacionalista que surgiu nos países periféricos da Europa. Wagner revolucionou em concepções orquestrais, assim como o austríaco Gustav Mahler. Os compositores Tchaikovsky e Dvorák também se destacam na derradeira fase romântica. Este se aproximou da música no apogeu do Romantismo, através de Schumann, Liszt e Wagner, mas foi o contato com Smetana que o iluminou e o induziu a buscar uma expressão pessoal, única e, ao mesmo tempo, de conteúdo nacionalista.
Entre outros compositores de maior importância associados ao Romantismo tardio estão o norueguês Edvard Grieg, o finlandês Jan Sibelius, os italianos Giuseppe Verdi (1813-1901), autor de Aída, Rigoletto, La Traviata, e Ottorino Respighi , os russos Rimsky-Korsakov e Sergei Rachmaninoff o espanhol Isaac Albéniz e o francês Gabriel Fauré.
O maestro Marcos Arakaki
Marcos Arakaki é natural de São Paulo. Bacharel em violino pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), concluiu seu mestrado em Regência Orquestral pela Universidade de Massachusetts em 2004, sob orientação do maestro Lanfranco Marcelletti. Marcos Arakaki tem conduzido importantes orquestras brasileiras, além de orquestras nos Estados Unidos, México, Argentina, República Tcheca e Ucrânia. Sua trajetória artística é marcada por prêmios como o do I Concurso Nacional Eleazar de Carvalho para Jovens Regentes, promovido pela Orquestra Petrobras Sinfônica em 2001, e I Prêmio Camargo Guarnieri, realizado pelo Festival de Campos do Jordão em 2009. Foi regente titular da Sinfônica da Paraíba e da Sinfônica Brasileira Jovem por quatro temporadas, com grande reconhecimento da crítica especializada e do público. Gravou a trilha sonora do filme Nosso Lar, composta por Philip Glass (2010), à frente da Orquestra Sinfônica Brasileira. Marcos Arakaki é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, regente titular da Orquestra Sinfônica UFPB e professor visitante da Universidade Federal da Paraíba.
Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Um dos mais importantes projetos culturais do estado e do país, a Filarmônica de Minas Gerais foi criada, em 2008, pelo Governo de Minas, com o intuito de inserir o Estado nos circuitos nacional e internacional da música clássica. A Orquestra entra em seu sétimo ano com a perspectiva de sede própria, a Sala Minas Gerais, atualmente em obras, que possibilitará flexibilidade na programação, além da construção de uma sonoridade própria e do desenvolvimento de novos projetos. Outro passo importante nestes sete anos é a entrada da Filarmônica no mercado fonográfico, com a gravação de seu primeiro CD comercial, pelo selo Sonhos e Sons, com a Sinfonia nº 9 de Franz Schubert, e três discos pelo selo internacional Naxos, com obras de Villa-Lobos.
Com excelência artística, vigorosa programação e reconhecimento de três importantes premiações - prêmio Carlos Gomes de melhor orquestra brasileira, melhor grupo musical erudito pela Associação Paulista de Críticos de Artes
(APCA) e Prêmio Carlos Gomes de melhor regente brasileiro, recebido pelo maestro Fabio Mechetti, diretor artístico e regente titular da Filarmônica, a Orquestra torna-se referência no Brasil e vai conquistando seu espaço internacionalmente.
Desde sua criação, a Filarmônica de Minas Gerais apresenta-se regularmente em Belo Horizonte com as séries Allegro e Vivace, no Palácio das Artes, os Concertos para a Juventude e Concertos Didáticos, no Sesc Palladium, e os Clássicos na Praça, em praças e parques da região metropolitana da capital
mineira. Para democratizar o acesso à msica sinfônica brasileira e universal interpretada por grande orquestra, viaja anualmente a cidades-polo de Minas
Gerais. A Filarmônica já se apresentou em 56 cidades mineiras, sendo acolhida por um público de mais de 150 mil pessoas no interior do estado.
A Orquestra também tem se apresentado na Sala São Paulo, nos teatros municipais do Rio de Janeiro e de São Paulo e participa dos principais eventos de música clássica do país, como o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, o Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora, os Concertos Paulínia e a Rio Folle Journée, entre outros. A primeira turnê internacional da Filarmônica ocorreu em 2012, com cinco concertos na Argentina e no Uruguai.
Como ações de estímulo à música, a Filarmônica de Minas Gerais promove o Festival Tinta Fresca, destinado a compositores de todo o país, e o Laboratório de Regência, atividade inédita no Brasil, que abre oportunidade para jovens regentes brasileiros.
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