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Mostra na Casa do Baile apresenta a candidatura da Pampulha a Patrimônio da Humanidade
Mostra traz obras de três significativos nomes contemporâneos do design e das artes visuais: Gustavo Greco, Marcílio Gazzinelli e Rogério Fernandes
A Fundação Municipal de Cultura inaugura nesta quarta-feira, dia 17 de junho, na Casa do Baile, a mostra “(Re)conhecer - Conjunto Moderno da Pampulha”. A intenção é apresentar aos belo-horizontinos e ao público em geral aspectos importantes da candidatura do Conjunto Moderno da Pampulha ao título de Patrimônio Cultural da Humanidade, concedido pela Unesco. A mostra tem entrada gratuita e pode ser visitada até o dia 19 de julho, de terça a domingo, das 9h às 19h.
A mostra “(Re)conhecer - Conjunto Moderno da Pampulha” traz intervenções de três significativos nomes contemporâneos do design e das artes visuais: Gustavo Greco, Marcílio Gazzinelli e Rogério Fernandes. Em suas obras, os artistas pretendem apresentar o processo de candidatura de forma leve e lúdica. Gustavo Greco expõe seu olhar cuidadoso no processo de criação da identidade visual para a candidatura do Conjunto Moderno. Joga com os símbolos e os ícones, nesse sentido, materializa suas ideias e a forma vira função nesta brincadeira moderna de ocupar a Casa do Baile com a sua marca.
Três significativos nomes contemporâneos do Design e das Artes Visuais – Gustavo Greco, Marcílio Gazzinelli e Rogério Fernandes – ocupam a Casa do Baile nesta mostra e apresentam a Candidatura do Conjunto Moderno da Pampulha de forma leve e lúdica.
O fotógrafo Marcílio Gazzinelli eterniza os instantes do Conjunto Moderno em imagens poéticas (fotografias e vídeos) que transbordam a beleza e os detalhes dos elementos arquitetônicos, paisagísticos e artísticos.
Rogério Fernandes intervém no espelho d’água e realiza uma obra na parede curva da Casa, contrapondo-se ao painel com os croquis originais de Niemeyer. Assim, passado e presente se mesclam e contrastam, formando o amálgama do tempo presente. Rogério defende a Pampulha do século XXI, o vanguardismo que outrora existiu na década de 1940, cabe agora ao artista reinventar.
O processo de candidatura
A Pampulha está na lista indicativa do Brasil desde 1996 e sua candidatura à Patrimônio Cultural da Humanidade foi retomada pela Prefeitura de Belo Horizonte em dezembro de 2012. Em dezembro de 2014, a Fundação Municipal de Cultura finalizou e entregou à Unesco o Dossiê da Candidatura do Conjunto Moderno da Pampulha. O Dossiê foi considerado completo pela entidade, atendendo a todos os requisitos técnicos apontados pela Orientação Técnica para Aplicação da Convenção do Patrimônio Mundial. A candidatura da Pampulha é a única proposta brasileira aceita pela Unesco, neste momento.
Com o aceite da candidatura dado pela Unesco, o Dossiê foi encaminhado ao Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS) órgão consultivo que auxilia a Unesco no julgamento. Entre os meses de julho e setembro de 2015 (em data ainda não definida), uma Missão de Avaliação do ICOMOS vem à Belo Horizonte para conhecer o Conjunto Moderno da Pampulha e promover reuniões técnicas e sabatinas sobre a candidatura. Em junho de 2016, o Comitê do Patrimônio Mundial irá proferir a decisão final sobre a proteção.
Título representa uma proteção mundial ao Conjunto
O título de Patrimônio Cultural da Humanidade é concedido UNESCO a monumentos, edifícios, trechos urbanos e até ambientes naturais de importância paisagística que tenham valor histórico, estético, arqueológico, científico, etnológico ou antropológico. O objetivo da UNESCO não é apenas catalogar esses bens culturais valiosos, mas ajudar na sua identificação, proteção e preservação.
Fazer parte da lista de patrimônios culturais da humanidade é importante não só pelo caráter de reconhecimento da importância que os bens possuem, mas também por significar que este passará a contar com o compromisso de proteção da UNESCO e de todos os países signatários da Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, o que hoje significa contar com o resguardo de 190 países. Além disso, o aporte de recursos e a valorização dos Patrimônios Culturais Mundiais tendem a contribuir para fomentar o turismo na região o que gera novos investimentos na economia local e empregos para a população. Entre os bens já reconhecidos pela Unesco estão a cidade histórica de Ouro Preto, o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, e o centro histórico de Diamantina.
Foto: Divulgação
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