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Espaços do centro de Belo Horizonte recebem intervenções urbanas a partir de poemas de Carlos Drummond de Andrade
Ação, que começa neste domingo na Feira Hippie e Estação Central do Metrô,faz parte do Festival Literário Internacional - FLI-BH
Este domingo será diferente para quem passar pela Feira Hippie e pela Estação Central do metrô. É que uma ação proposta pelos “poetas de muro” Larissa Alberti, Luciana Campos e Raphael Sales, em parceria com a Fundação Municipal de Cultura, para o FLI-BH, vai levar, literalmente, os versos de Carlos Drummond de Andrade para o hipercentro da capital mineira.
Com o título “No meio do caminho tinha um poema. Tinha um poema no meio do caminho”, os artistas propõem intervenções urbanas com versos de Drummond, autor homenageado na primeira edição do FLI-BH, que serão escritos em diferentes espaços de Belo Horizonte, como no Edifício Arcângelo Malleta, escadaria da estação central de metrô e em tapumes de obras de diversas ruas de BH.
No domingo, a partir das 11h, os poetas vão captar fotos de transeuntes da Feira Hippie que tenham os mesmos nomes das personagens do poema "Quadrilha" (leia abaixo), que será registrado em fotografia lambe lambe em tapumes no centro da capital. As pessoas que se propuserem a participar da ação, cedendo suas imagens, ganharão em troca uma maçã do amor. À noite, às 21h30, a ação será nas escadarias da Estação Central do metrô. Eles irão registrar nos degraus passagens do “Poema das Sete Faces”, para que, na segunda, dia 22, as escadas do metrô amanheçam cobertas pelos versos do nosso poeta-maior, antecipando os ares que a cidade respirará nos próximos dias com o FLI-BH: o da literatura e da palavra escrita.
Larissa Alberti, desde janeiro de 2014, procura explorar novas possibilidades entre o texto literário e o ambiente das cidades. De acordo com a autora, “o trabalho busca travar um diálogo entre os poemas, os espaços urbanos e os moradores da cidade, sugerindo a experimentação de novos suportes para a poesia e novos modos de habitar os espaços urbanos”. A intervenção, especialmente idealizada para o FLI-BH, pretende utilizar a cidade como suporte de textos, propondo novos modos de ler a poesia e de atribuir sentido ao ambiente urbano.
Sobre os poetas
Larissa Alberti é atriz, letrista, dramaturga e “poeta de muro”, como se define. Desenvolve, há um ano, a série de poemas de rua POETIcidades em que registra trabalhos poéticos autorais que inserem a poesia no cenário urbano, a partir da experimentação de suportes alternativos para o texto literário. Atualmente desenvolve também sua pesquisa de mestrado, na área de Estudos de Linguagens, em que investiga a relação entre o poema e o ambiente urbano, bem como entre práticas poéticas que tem a rua como suporte e o universo da street art.
Luciana Campos é artista e educadora, especialista em História da Cultura e da Arte. Também pesquisa, as relações entre texto e espaço em intervenções poéticas na cidade e no papel.
Raphael Sales é músico, compositor, historiador e poeta de muro. Trabalhador da rede de saúde mental de Belo Horizonte, desenvolve oficinas de criação coletiva musical e literária, além de atualmente atuar na cena independente da música autoral de Belo Horizonte.
Sobre o FLI BH
O FLI-BH acontecerá entre os dias 25 e 28 de junho, no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, Teatro Francisco Nunes, Palácio das Artes e diversos outros pontos da cidade. Na programação, estão mais de 200 ações entre debates, conferências, oficinas, lançamentos de livros, narrações de histórias, saraus, mostra de cinema, apresentações de teatro e dança e muito mais. Estarão presentes mais de 100 nomes nacionais e internacionais, entre artistas, pesquisadores e escritores.
Organizado pela Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, em parceria com a Associação de Amigos do Centro de Cultura de BH, o FLI BH tem como objetivo contribuir para a valorização da literatura junto à população e aos visitantes da cidade, para a formação de leitores literários, bem como conferir visibilidade a escritores, ilustradores e profissionais que se dedicam a essa linguagem.
O Festival é a culminância das políticas culturais de fomento à escrita literária, traduzido nos prêmios Cidade de Belo Horizonte e João-de-Barro, e das atividades e serviços desenvolvidos durante todo o ano pelas bibliotecas públicas da Fundação Municipal de Cultura, pretende, também, divulgar a produção literária da cidade ao lado das produções nacional e internacional, e promover o diálogo entre a literatura e outras linguagens artísticas.
Foto: Divulgação
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