Notícias

O projeto “Palco Aberto” estreou com sucesso na noite dessa quinta-feira (13/6), no Palácio das Artes.A iniciativa, que aconteceu ao ar livre, nos jardins internos do complexo cultural, reuniu estudantes do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart) e também artistas egressos que têm despontado na cena belo-horizontina.

A noite começou com uma apresentação dos formandos do 3º ano do Curso Técnico em Dança do Cefart, no Hall de Entrada do Palácio das Artes. Os 12 estudantes apresentaram um trecho do futuro espetáculo de formatura “Dos Filhos deste Sol”, convidando as pessoas que circulavam pelo Hall e pela avenida Afonso Pena a entraram no Palácio das Artes para prestigiarem o Palco Aberto. Késia Noemy, de 24 anos, foi uma das bailarinas a se apresentar, e conta que foi muito especial participar da abertura do projeto “Palco Aberto”. “O Cefart é muito importante para mim, e poder sair da sala, mostrando para as pessoas o nosso estudo, é algo fundamental. O público pode pensar que a experiência é deles, mas essa vivência também é muito para nós, para a nossa formação”, destaca.

Logo depois da coreografia no Hall de Entrada, as atividades nos jardins internos começaram a ocupar o palco de madeira especialmente pensado e montado na Galeria Aberta Amilcar de Castro. A programação abriu com o Grupo de Percussão do Cefart, coordenado pelo professor Rosinei Andrade, que trouxe ao público a performance musical “Pandemônio”, totalmente ao som de pandeiros. Logo depois, a Big Band Cefart, formada por estudantes e professores da Escola de Música e sob regência de Camilo Christófaro, subiu ao palco, iniciando o repertório com a popular “Skyfall”, de Adele. Breno Bartolomeu, músico e maestro do Coro Madrigal Scala, é egresso do Cefart e não perdeu a chance de estar presente na estreia do projeto conduzido pela instituição que o formou. “Para mim, como ex-aluno e frequentador das atividades do Cefart, é muito animador e me traz muita esperança ver como este espaço ainda se ressignifica e serve de oxigênio e propulsão para novos artistas. O ‘Palco Aberto’ se insere justamente nesse contexto, contribuindo para o futuro da arte mineira e, por que não, universal, já que, para as pessoas que passam por esse espaço, o céu é o limite”, ressalta.

A noite prosseguiu animada com intervenções artísticas das Escolas de Dança e Cefart, e fechou com o som do da banda “Lira Club”, que trouxe clássicos do rock, pop, blues e jaz das décadas de 1960 a 1980, em um show que movimentou os presentes e transformou a frente do palco em uma pista de dança. Nathalia Romana, vocalista do grupo, também integra a Big Band Cefart, há cerca de dois anos, e já havia se apresentado mais cedo com o os instrumentistas do Centro de Formação. A “Lira Club”, criada em agosto de 2023, tem marcado presença em vários pontos de Belo Horizonte e região metropolitana. Neste retorno ao lugar que a preparou para a vida artística, Nathalia conta que se sentiu muito bem acolhida nesta estreia do “Palco Aberto”. “O Palácio é uma casa para mim. Me senti no melhor lugar possível, com essa estrutura muito linda, um ambiente bem pensado e colorido, e que é o paraíso para qualquer pessoa que está começando”, revela.

Como uma extensão ao dia principal de apresentações, o palco modular montado nos jardins internos do Palácio das Artes será sempre mantido no espaço por mais tempo, ampliando o contato de artistas e do público com a nova proposta. Nesta primeira edição, hoje (14/6) e amanhã (15/6) serão os dias adicionais reservados para mais atrações. Na tarde desta sexta-feira, às 14h, o público poderá acompanhar o ensaio aberto dos estudantes das Escolas de Dança e Teatro; já às 15h30 haverá outro ensaio aberto, do grupo Camerata de Violões do Cefart; e, a partir das 19h, será a Banda Sinfônica do Centro de Formação a responsável por movimentar o palco. O sábado, por sua vez, integrará ao “Palco Aberto” a programação do “Dia do Pequeno Artista”, das 10h às 17h, com diversas ações de música, cinema, teatro, dança e circo para crianças de todas as idades, desde a primeira infância até a pré-adolescência. Assis Fideles, de 65 anos, acompanhou com atenção a noite de estreia, e espera que o projeto continue, cada vez com mais sucesso. “Eu gosto muito dos shows, espetáculos e concertos do Palácio das Artes, e a minha filha inclusive estudou aqui, na Escola de Dança. Então sempre estive por aqui. Mas penso que, quando o evento é externo, assim ao ar livre, a recepção ao público se torna muito melhor, é tudo muito mais próximo, como foi nessa noite de tanta arte e alegria aqui nesse espaço”, celebra.

Informações para o público: (31) 3236-7400

Foto: Paulo Lacerda