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O projeto musical COLADERA celebra o encontro: João Pires, que traz a canção portuguesa, a guitarra ibérica e a vertente africana trazida dos anos em que viveu em Cabo Verde. Vitor Santana acrescenta sua voz e seu violão popular brasileiro, a influência latina e sua ligação profunda com Cuba. Os mundos do Brasil e de Portugal se fundem num diálogo baseado somente em violões, percussões e vozes, trazendo um ambiente sonoro rico em mesclas e mestiçagem. São ouvidos ecos de África, do candomblé, do fado e do flamenco, do samba, da rumba e do mambo, um português com sotaques diferentes. Tudo isso da maneira mais crua e direta.

A coladera é um ritmo popular cabo-verdiano nascido da morna, por sua vez originada de ritmos como o fado português e o lundum angolano. Também foi influenciada pelo samba, pela rumba e pela cumbia. É símbolo deste fluxo vivo que constitui o encontro de diferentes matrizes da música popular ibero-americana, a um só tempo tradicional e mestiça, negra e branca, raiz e invenção.

O disco Coladera foi gravado entre 2011 e 2012 e lançado em 2013, ao lado do percussionista Marcos Suzano, que fez mais de 30 apresentações com o grupo excursionando pelo Brasil e pela Europa, em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Uberlândia, Salvador, Lisboa, Coimbra e Santiago de Compostela. Coladera foi eleito pelo site Embrulhador como um dos 100 melhores discos de música brasileira de 2013.

Em 2015 o grupo faz uma série de  shows no Brasil Summerfest em Nova Iorque e em Boston, nos Estados Unidos, ao lado de nomes como Nação Zumbi, Ana Cañas e se (apresentou) ao lado de renomados músicos como o japonês Keita Ogawa e o brasileiro radicado em nos EUA Fernando Saci.

Em fevereiro de 2016 o grupo fez nova turnê pela Europa, dessa vez se apresentando na Espanha e na Holanda, em importantes teatros como o (BIMHUIS), em (Amsterdam), o Rasa em Utrecht e o teatro de Redondela, na região da Galícia, Espanha. Nessa turnê o Coladera contou com a participação do cantor, compositor e percussionista Miroca Paris que trabalhou por mais de 12 anos com a lenda da música caboverdiana Cesária Évora e acompanha artistas como Carminho, Mayra Andrade, Sara Tavares, Tito Paris, (além de ter carreira solo).

O grupo Coladera prepara agora a gravação do novo CD do grupo, que se chamará “La Dôtu Lado”, composição escrita por Vitor Santana e Dino D` Santiago, cantor e compositor caboverdiano. O disco será gravado no Brasil, Estados Unidos e Cabo Verde em 2017 e contará com 12 novas composições de Vitor Santana e João Pires, além das participações de Mayra Andrade, Aline Frazão, Tito Paris e os percussionistas que atuaram com o grupo: Marcos Suzano, Fernando Saci, Keita Ogawa, Miroca Paris e Matheus Bahiense.

Nos dois shows de Belo Horizonte o grupo se apresentará com o percussionista Matheus Bahiense (Matas) como  é mais conhecido no meio, que gravou algumas das percussões do CD Coladera  e já acompanhou Vitor Santana e João Pires em seus trabalhos solos.

O primeiro show será na Festa Portuguesa de Belo Horizonte no dia 18 de junho ( sábado). A Festa Portuguesa reunirá elementos da tradição cultural portuguesa na Praça Marília de Dirceu em Lourdes e terá um palco para atrações artísticas. Com entrada gratuita.

O segundo show será na Casa de Cultura em Santa Efigênia no dia 19 de junho ( domingo), um dos mais tradicionais espaços da música autoral da cidade.

Nesse retorno do grupo à capital mineira o público terá oportunidade de mostrar algumas das novas composições que estarão no próximo trabalho, além de conhecer o show que excursionou com sucesso importantes salas de concerto da Europa e dos Estados Unidos.

www.coladera.com.br

Foto: Marcelo Albert