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Territórios, sessão voltada à micropolíticas, neste fim de semana na Mostra do Filme Livre
Após a projeção dos filmes U: réquiem para uma cidade em ruínas e A Loucura Entre Nós haverá debates com Pedro Veneroso, Marcelo Veras e Fernanda Otoni Brisset
Neste fim de semana, dias 11 e 12 de junho, a 15ª Mostra do Filme Livre exibirá, no CCBB Belo Horizonte, 15 filmes, entre longas e curtas, que integram a sessãoTerritórios. No dia 11/06, após a exibição de U: réquiem para uma cidade em ruínas, produzindo em parceria com Sara Braga (Sara Não Tem Nome) e Gabriela Sá, haverá um bate-papo com o diretor, Pedro Veneroso, mediado por Gabriel Sanna, cineasta e um dos curadores da MFL. No dia 12/06, após a sessão, acontecerá o debate O Cinema e a Loucura Entre Nós no Brasil hoje, com Marcelo Veras, psicanalista e autor do livro A Loucura Entre Nós, e mediação de Fernanda Otoni Brisset, coordenadora do Programa Atenção Integral ao Paciente Judiciário Portador de Sofrimento Mental (PAI-PJ) e psicanalista. Marcelo e Fernanda são membros da Escola Brasileira de Psicanálise. O festival conta com entrada gratuita.
Nos últimos anos, em reverberação de 2013 e das subsequentes eleições, a Mostra do Filme Livre recebeu uma quantidade absurda de filmes pretensamente políticos, alguns deles não mais que meras peças de jornalismo sem qualquer malícia, dialética ou pensamento cinético estruturado. Outros, menos ingênuos, mais potentes e cientes das “responsabilidades da forma”, foram garimpados para compor a mostra Polyticas, exibida em 2015. “Este ano as latências parecem ter mudado um tanto de plano, ou os olhares estão voltados à micropolíticas mais específicas e afetivas do que necessariamente à política enquanto instituição (e a quebra ou não das mesmas). Vários dos filmes partem de questões locais muito específicas, mas todos têm em comum a busca por um tempo inerente a cada espaço filmado e pelas transformações consequentes das ações de um sobre o outro, estabelecendo, cada um com suas particularidades, seu próprio tempo interno”, explica Gabriel Sanna.
Ao tomar a máxima de JLG como lema de que não há filme revolucionário sem forma revolucionária, a MFL este ano transmutou a sessão Polyticas em Territórios, abarcando um universo heterogêneo de filmes que se voltam a essas latências sem se esquivar de sua maior responsabilidade enquanto forma, a de corromper padrões de linguagem da estética dominante.
Foto: Divulgação
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