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Sonoridades Obscênicas transita entre a poesia política e o bloco na rua, o coro de vozes e o ponto de macumba, a cena teatral e a paródia da cultura pop, propondo um reencontro mítico-afetivo com a cidade de Belo Horizonte. O show cênico-musical do agrupamento Obscena e convidados será apresentado em curta temporada nas sextas-feiras 13 e 27 de junho, na Gruta. O evento Uma noite Obscena também terá discotecagem e projeção de vídeos do quarteto Obscenidades na Pista, com participação especial do DJ Bill e seu set de música brasileira e world music no dia 13. Em ambas as datas a casa, localizada no Horto, região leste da capital, abrirá às 22h, com entrada a R$ 10, e a performance será apresentada à meia-noite.

O show cênico-musical Sonoridades Obscênicas foi criado em 2011, a partir do material resultante das intervenções urbanas do Obscena durante a realização da pesquisa “Corpos públicos, espaços privados: invasões no corpo da cidade”, no Projeto Cena Aberta do Centro Cultural da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Tendo a cidade como inspiração sensorial e erótica, leva para a cena textos pessoais, canções do domínio público, trechos de poemas e músicas que refletem as inquietações dos integrantes do agrupamento enquanto cidadãos e pesquisadores.

Integra-se ao texto falado o som musical, fazendo-se uso de fontes sonoras diversas (loop, canto, música em off, além do uso de instrumentos convencionais e não convencionais), do movimento (o gesto, a dança dos performers no espaço cênico), do teatro (os performers expressando-se dramaticamente) e das artes visuais (figurino, imagens em vídeo e slides, o material cênico). Cada área recebe um tratamento particular e performático, assegurando sua especificidade na simultaneidade.

Participam desta temporada: Admar Fernandes, Black Josie, Clóvis Domingos, Débora Fantini, Érica Vilhena, Flávia Fantini, Frederico Caiafa, Joyce Malta, Júnior Alves, Leandro Silva Acácio, Lissandra Guimarães, Matheus Silva, Sabrina Batista Andrade, Saulo Salomão, Viviane Ferreira e Wagner Alves de Souza.

Sobre o Obscena

O Obscena, agrupamento independente de pesquisa cênica, funciona como uma rede colaborativa de criação e investigação teórico-prática que privilegia a troca, a provocação e a experimentação artísticas. São eixos norteadores do agrupamento procedimentos de ocupação ou intervenção em espaços públicos urbanos e de corpo-instalação, além da investigação de uma ação não representacional, a partir do estudo da performatividade e do pensamento e da obra dos artistas plásticos Artur Barrio, Hélio Oiticica e Lygia Clark.

Desde 2007, o Obscena pesquisa experimentos cênicos e performativos que têm como referência temática a relação entre corpo e poder. Em 2011 e 2012, integrou o Projeto Cena Aberta do Centro Cultural UFMG, iniciativa que abriga a demanda de pesquisa e experimentação artísticas, voltada para as áreas de dança, performance e teatro.

O agrupamento também já realizou intervenções nos principais eventos de artes cênicas e performativas do país, além de festivais de inverno, como: Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto (SP); Festival do Teatro Brasileiro: Cena Mineira, Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS); Festival Internacional de Teatro Palco e Rua (FIT) de Belo Horizonte (MG); Festival Recife do Teatro Nacional, Recife (PE); Festival de Inverno de Garanhuns (PE); Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana (MG); MIP 2 - Manifestação Internacional de Performance, Belo Horizonte (MG). Confira a relação completa de ações realizadas de 2008 até o primeiro semestre de 2014 no currículo anexo e no site do Obscena: http://obscenica.blogspot.com.br

Obscenidades na Pista

O quarteto Obscenidades na Pista é formado por Aindadá, que realiza interferências visuais, além de DJota, FRida e Shaitemi Muganga na discotecagem: mixórdia sonora de primeira. Mais informações na página do quarteto no Facebook: www.facebook.com/ObscenidadesNaPista