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Muro Arrimo traz derrota da seleção para o palco do Teatro Bradesco
Peça dirigida por Alexandre Borges é texto premiado da década de 1970
O fatídico 7 a 1 que a seleção Canarinho levou no Mineirão é o mote da peça Muro de Arrimo, com texto de Carlos Queiroz Telles, dirigida por Alexandre Borges, com trilha sonora de Otto, locução de Cleber Machado e atuação de Fioravante Almeida. A montagem chega ao Teatro Bradesco do Centro Cultural Minas Tênis Clube, nos dias 19 e 20 de junho, às 20h. As entradas custam R$90 (inteira) e R$45(meia).
No alto de um arranha-céu no centro de São Paulo está o pedreiro Lucas que escuta ansiosamente o jogo da semifinal da Copa do Mundo do Brasil, o confronto entre o time da casa e a Alemanha. No radinho de pilha o locutor Cléber Machado falar sobre o pré-jogo da semifinal do Mundial, enquanto tenta concentrar-se em sua tarefa de construir um muro no alto de um prédio. O problema é que Lucas apostou meio salário na vitória do Brasil.
O texto da montagem é original da peça é de 1974 e foi premiado com o Moliére e o Anchieta de melhor autor. Carlos Queiroz Telles inspirou na notícia de que um operário havia morrido de desgosto depois de saber do resultado do jogo Brasil e Holanda, na Copa da Alemanha 1974 para redigir Muro de Arrimo. A peça foi montada em 20 países e traduzida para 12 idiomas. Esta versão, que será apresentada no Teatro Bradesco, foi escolhida pelos leitores da Folha de São Paulo como a melhor estreia teatral de 2014 e ganhou prêmios “Aplauso Brasil”, nas categorias: Direção: Alexandre Borges, Atuação: Fioravante Almeida, Trilha: Otto, Iluminação: Guilherme Bonfanti e Melhor espetáculo de produção independente.
Pode-se destacar na peça a narração de Cleber Machado e a trilha sonora de Otto. O cenário é incrível, os andaimes de uma construção de um arranha-céu na cidade de São Paulo se ergue no palco. Há a projeção do alto da metrópole, como se fosse a visão do pedreiro Lucas do alto do arranha-céu. Uma paisagem linda e dura.
No decorrer da peça há presença forte do humor por meio da representação da paixão pelo futebol, característica marcante do brasileiro. Essa força que o povo tupiniquim tem de, em meio a uma derrota tão vergonhosa da seleção brasileira de futebol, esporte que é o orgulho da nação, criar piadas e rir da tristeza e do desgosto de ser derrotado por 7 a 1 dentro de casa, e o pior para o belo-horizontino, no Mineirão.
Foto: Divulgação
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