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Encerramento dia 12/06 do projeto Sentimentologia: entre cores e sentimentos

O que têm em comum as cores e os nossos sentimentos?

Teve início no dia 30 de abril e segue até o dia 12 de junho, o projeto cultural Sentimentologia. São sete semanas de experiências que transitam entre a Arte e a Ciência, no Galpão Benfeitoria, que fica na rua Sapucaí, 153, em Belo Horizonte. A promoção é do grupo Cromasomos, que reúne artistas e cientistas com base em diferentes partes do mundo, incluindo Brasil, Portugal, Estados Unidos, Irlanda, Noruega e Ilhas Maurício.

 

Identificar sentimentos e emoções em cada cor não é algo novo. Há vários estudos sobre esta associação, como a Cromologia, Cromoterapia e inclusive filosofias bem antigas, sobre cada Chakra — centros de energia do nosso corpo — as suas cores e os seus significados. Segundo Vitor Hugo Moreira, conhecido como Vixugô e idealizador do coletivo e do estudo Código de Cores, que serve como base para estas experiências, existem poucos conhecimentos práticos sobre estas associações. E mesmo em relação aos Chakras, não existe uma unidade de diálogos, existindo diferentes versões para quais são as cores dos sete Chakras do nosso corpo.

 

É justamente isto que o Cromasomos fará durante este período: experiências práticas. Através de diferentes formas de artes, serão realizadas experiências humanas sobre a cognição de sons, movimentos, pinturas, cheiros, sabores, sensações etc., buscando encontrar um campo comum entre as sete cores do arco­íris e os nossos sentimentos.

 

Partindo do princípio que o azul está normalmente associado à paz, ao frio e a água; o amarelo ao calor, a energia e ao fogo; e o verde entre ambos como equilíbrio, a hipótese defendida pelo Cromasomos é que um músico deveria ser capaz de tocar uma progressão do azul para o amarelo, ao mesmo tempo que uma bailarina poderia dançar a mesma progressão, trabalhando assim as mesmas frequências, sem necessitarem de um ensaio. Dessa forma, as cores, enquanto comunicadoras de sentimentos, poderiam funcionar como uma forma de linguagem sentimental. E o público seria capaz de captar as cores que os artistas estão projetando?

 

Além destas experiências interartísticas, que acontecerão pelo menos uma vez por semana durante a ocupação do Galpão Benfeitoria, acontecem instalações interativas permanentes durante todo o período da exposição, incluindo vídeos, fotos, artes plásticas e também uma instalação que a cada semana estudará a fundo cada uma das sete cores.

 

O objetivo no final desta experiência é publicar um estudo sobre as formas em que os nossos sentimentos estão conectados com as cores, e sobre as aplicações práticas deste conhecimento nas nossas vidas.

 

Os eventos contam com a presença do Sarau Comum, que normalmente acontece no casarão Luiz Estrela, assim como experiências gastronômicas, um festival de curta­ metragens, noites de palco aberto, shows, espetáculos de dança, circo, pinturas ao vivo, oficinas para crianças e muito mais.

 

Sobre o Cromasomos:
Criado em 2013, em Belo Horizonte, o coletivo reúne artistas e cientistas com base em diferentes partes do mundo, incluindo Brasil, Portugal, Estados Unidos, Irlanda, Noruega e Ilhas Maurícias. Biólogos, fotógrafos, artistas sonoros, poetas, artistas audiovisuais e performers compartilham o interesse comum de entender como é que as suas artes
comunicam sentimentos, juntando forças assim para explorar a obscura área que reside entre a Arte e a Ciência.


Sobre Vixugô:
Nascido em Belo Horizonte, Vixugô, 28, ou Vitor Hugo Moreira, morou em Lisboa, Portugal, desde os seus 5 anos de idade, tendo estudado em Londres após terminar o ensino básico, onde se formou em Jornalismo e Direitos Humanos, e em Barcelona, onde realizou um Mestrado em Cinema. Vixugô chegou a trabalhar para a agência de notícias Reuters e para a ONG Sertãobrás na realização de documentários, até que decidiu dedicar­se totalmente ao seu trabalho de arte e ciência independente. Foi após esta decisão que juntou forças com outros amigos e conhecidos que tinham interesses
em comum formando assim o coletivo Cromasomos. Há quase uma década Vixugô vem tentando entender a relação entre as cores e as notas musicais. Esta busca culminou no estudo Código de Cores, que será lançado durante o período de exposição e que aborda esta questão da relação entre cores, sentimentos e música, apresentado por personagens criativos e divertidos.

Foto: Divulgação

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