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Artistas independentes integram programação especial do Ballet Jovem Palácio das Artes

Estudantes também realizam, entre si, workshop sobre dança

Com a proposta de estreitar as relações com o universo da dança profissional, a Fundação Clóvis Salgado realiza a primeira edição do Ballet Jovem Convida, com o Ballet Jovem Palácio das Artes (BJPA). A iniciativa conta com a apresentação da coreografia No Evento de Uma Súbita Perda, que estrou na Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, com coreografia do português André Mesquita e a participação dos bailarinos profissionais convidados Cibele Maia, Júnio Nery, Joelma Barros e Pedro Romero, em trabalhos solos.

 

O projeto dialoga com a proposta do Ballet Jovem de promover a formação de novos bailarinos e estabelecer vivências em que eles possam compreender diversos segmentos da dança. Nesta edição, o projeto se baseia em colocar o BJPA em contato direto com profissionais independentes da dança para entender qual a realidade daqueles que fazem parte de companhias independentes.

 

A promoção desta primeira edição do Ballet Jovem Convida surgiu do desejo da direção do BJPA de proporcionar aos seus bailarinos uma aproximação com artistas independentes da cena de Belo Horizonte. A princípio, as coreografias autorais seriam apresentadas sem qualquer elo. Coincidentemente, ao apresentarem suas propostas, os artistas perceberam equivalências, sensações, similaridades e universalidades em seus discursos. O que eram quatro obras fragmentadas tornaram-se uma linha interligada.

 

Terapia para o Coração, de Pedro Romero; Pós, de Joelma Barros; Monumento – Primeiro estudo sobre legado, concepção coreográfica, de Cibele Maia; e Feito, de Júnio Nery, integram o programa de apresentações. “Cibele ao oferecer sua ruína a esta batalha de transmitir através do corpo privado tudo aquilo que nele é perecível; Júnio ao apresentar sua condição de dança as vezes que nenhuma, nesta hora presente mais forte que nunca; Pedro fechando um ciclo com a dança, oferecendo coluna, coração, carne e fraquezas e Joelma após o acontecimento. Cada um vivencia, também, de um modo singular, os efeitos posteriores”, destacam os bailarinos.

 

Rico aprendizado – Para a diretora de Ensino e Extensão da Fundação Clóvis Salgado, Patrícia Avellar Zol, “esse projeto com o Ballet Jovem Convida, oportuniza novos contatos e experiências, estabelece um diálogo presencial do dia a dia e da cena, e são ferramentas de reflexão para a carreira de um bailarino”, afirma. Segundo a diretora artística do BJPA, Andréa Maia, o Ballet Jovem oferece aos bailarinos uma vivência semelhante à de uma companhia profissional, e o projeto Ballet Jovem Convida é “uma excelente forma em colocar o Ballet Jovem contato com a rotina de artistas independentes. Eles podem entender processos que vão desde a concepção de uma nova coreografia até o ensaio, o preparo corporal e o palco”, explica.

 

Troca de experiências – Pedro Romero formou-se no curso de dança do Centro de Formação Artística – Cefar, na turma 2010 e foi professor substituto de dança contemporânea, em 2012. Para ele, compartilhar as vivências dos palcos com o Ballet Jovem representa uma troca de experiências. “A proposta desse projeto é muito interessante, pois coloca tanto o profissional quanto o artista em formação no mesmo patamar, do mergulho, do aprofundar-se, da excelência. É um momento onde podemos falar de erros e acertos, das dificuldades de um trabalho independente e de várias outras situações”, aponta.

 

Joelma Barros, outra profissional que participa do projeto ao lado do BJPA, apresenta-se com Pós. Ela se apresenta com Pós, peça que associa, por meio da dança, experiências do presente e do passado. De acordo com a bailarina, a oportunidade de dividir vivências e anseios dos palcos ajuda a ampliar a compreensão sobre dança. “Não há limites para a dança e, muito menos, para a criação artística. Essa é a mensagem que eu quero deixar para o Ballet Jovem”, ressalta.

 

Workshop Ballet Jovem Palácio das Artes – Também nos dias 14 e 15 junho acontecerá, às 16h, no Espaço Cultural Ambiente, a segunda edição do Workshop do Ballet Jovem, no qual 11 bailarinos coreografam para os parceiros de grupo, tendo como ponto de partida o tema "Chapeuzinho Vermelho". Com o objetivo de estimular a prática da criação, os artistas desenvolveram habilidades maiores ao lidar com desafios de desenvolver um tema em uma criação de dança desde a ideia ou conceito indo além do movimento e sua relação com o espaço, buscando a dramaturgia do dançar. 

 

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