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Lúcia Santos canta Lourdes Maria em disco de estreia

As composições da pioneira do samba em Minas Gerais finalmente ganham registro primoroso em “Dama Mineira do Samba” Revelar e valorizar um capítulo pouco conhecido da história da música através das composições da primeira mulher sambista e compositora de Minas Gerais. Com essa grande missão é que no próximo dia 13 de junho (quinta-feira), Lúcia Santos lança o CD “Lúcia Santos canta Lourdes Maria – Dama Mineira do Samba”, no Teatro Alterosa. A intérprete apresenta, em seu disco de estreia, as canções de uma das grandes personalidades do samba mineiro. No show de lançamento, a cantora será acompanhada pela formação quase completa dos músicos que participaram da gravação do disco. Quem sobe ao palco é o violonista Gilvan de Oliveira (diretor musical e arranjador do disco); o baterista Esdra “Neném” Ferreira, filho de Lourdes Maria; Rudney Carvalho no cavaco e bandolim; Geraldo Magela no violão de sete cordas; Kiko Mitre no baixo; Everton Coroné no acordeon; Petterson Antônio na percussão e ainda, um trombonista convidado. O CD “Dama Mineira do Samba” Com sete faixas de autoria de Lourdes Maria, o disco traz composições de diferentes épocas a partir de 1940 e mostram a versatilidade da compositora. “Infelizmente não conheci a Lourdes. Mas, acredito que com o lançamento desse disco, o trabalho dela está sendo honrado e ainda temos o aval do seu filho (o baterista Neném) que também participa do projeto. Este trabalho surge para valorizar a tradição do samba em Minas Gerais”, afirma Lúcia. Há cerca de três anos, o violonista Gilvan de Oliveira, diretor musical do disco, foi apresentado às composições de Dona Lourdes Maria através do seu herdeiro, o baterista Esdra “Neném” Ferreira. Na arregimentação e condução do trabalho, Gilvan primou por arranjos que valorizassem a obra da compositora e também a interpretação da cantora Lúcia Santos. “Pra mim foi uma alegria poder fazer essa costura, já que grande parte da obra de Dona Lourdes ficou na oralidade. Na direção musical, eu fiz um trabalho muito simples. Minha atitude foi de muito respeito à compositora e à intérprete. O disco não tem só samba, tem xote (Balai da Conceição), canção (Canção de boiadeiro) e uma marchinha (Mocó da Iaiá). Dona Lourdes Maria era uma compositora de tempo plural, do tempo de um Brasil em que as pessoas escutavam muito rádio”, define Gilvan de Oliveira. Além de Gilvan no violão de seis cordas, participaram da gravação do disco, o baterista Esdra “Neném” Ferreira; Leonardo Brasilino (trombone); Geraldo Magela (violão de sete cordas); Rudney Carvalho (cavaco e bandolim); Kiko Mitre (baixo); Everton Coroné (acordeon); Petterson Antônio (percussão); Lucinha Bosco e Silvio Luciano (vocais). O disco foi produzido e gravado com benefícios da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. A idealização, elaboração e produção é da cantora Cida Reis, grande incentivadora no processo de resgate, valorização e preservação das raízes afro-mineiras. Lúcia Santos, a intérprete Integrante da Velha Guarda do Samba de Belo Horizonte e com mais de duas décadas de trajetória, Lúcia Santos é também conhecida na capital mineira como a “Dama do Samba”. Apesar de vir de uma família com tradição musical, a artista foi descoberta já na maturidade. Dona de uma voz alegre, contagiante e com performance inconfundível, Lúcia Santos já participou de gravações de diversos nomes do samba de Belo Horizonte, como Mestre Conga, Ronaldo Coisa Nossa, Serginho Beagá, dentre outros. Dona Lourdes Maria Nascida em Esmeraldas no ano de 1927, Dona Lourdes Maria mudou-se para Belo Horizonte ainda pequena. Em 1938, ela assistiu o desfile da primeira Escola de Samba de Belo Horizonte, a Pedreira Unida. Mas, a primeira escola da qual fez parte foi a Nova Esperança, onde ganhou a faixa de Duquesa do Samba. Logo depois, ajudou a fundar e presidiu a Escola de Samba Monte Castelo, onde em 1949 ganhou a faixa de Rainha do Samba, além de ter apresentado e defendido o primeiro samba de sua autoria. Apaixonada pelo samba e pelo Carnaval, Dona Lourdes Maria ainda participou ao longo da vida de outras escolas: Unidos do Prado, Cidade Jardim, Unidos do Barro Preto, dentre outras, sempre compondo letras e enredos. Diferentemente de outras mulheres que se inseriram nesse cenário predominantemente masculino – a exemplo de Dona Ivone Lara no Rio de Janeiro -, Dona Lourdes Maria nunca precisou usar pseudônimos para assinar suas composições. Ativa nas rodas de samba, era uma mulher com muitos apelidos: Lourdes Puri, por ter cabelos de índia; Lourdes Sereno, por cantar muitas serestas e batuques; Lourdes Bocão, assim chamada carinhosamente pelos colegas porque quando defendia seus sambas, ganhava a maioria das disputas. A artista foi uma compositora de muitas histórias, que viveu de corpo, alma e coração os desfiles carnavalescos de Belo Horizonte até 1997, quando a Escola Unidos do Barro Preto desfilou cantando um samba de sua autoria em homenagem à capoeira. Dois anos depois, em 1999, Dona Lourdes Maria faleceu e deixou uma obra muito estimada e, até então, pouco conhecida para a história do samba em Minas Gerais. Ficha Técnica Cantora: Lúcia Santos Direção Musical e Violão: Gilvan de Oliveira Violão Sete Cordas: Geraldo Magela Baixo: Kiko Mitre Cavaco/bandolin: Rudney Carvalho Bateria: Esdra “Neném” Ferreira Percussão: Petterson Antônio Acordeon: Everton Romão (Coroné) Trombone: Miguel Prata Vocal: Lucia Bosco, Mirian e Silvio Luciano Produção Executiva: Cida Reis Assistentes de produção: Ed Marte e Valter Eustáquio Assessoria de Comunicação: Tentto Comunicação e Marketing Projeto de Iluminação: Wellington Santos Fotografia: Vilmar de Oliveira Projeto Gráfico: Casa de Caba Site: http://www.teatroalterosa.com.br

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