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Teatro em Movimento, Oi e Oi Futuro apresentam “Depois do Ensaio”, de Ingmar Bergman
Espetáculo inédito no Brasil, tem direção de Mônica Guimarães e elenco formado por Leopoldo Pacheco, Malu Bierrembach e Sophia Reis. Montagem é um mergulho nos bastidores do teatro e dos profissionais que se dedicam à arte da interpretação. De 15 a 17 de
O Teatro em Movimento, com o patrocínio da Oi e do Oi Futuro, traz a Belo Horizonte o espetáculo “Depois do Ensaio”, texto de Ingmar Bergman (1918?2007), dramaturgo e diretor de cinema e teatro, considerado um dos mais importantes artistas do século 20. Inédito no Brasil, o texto foi traduzido diretamente do sueco por Amir Labaki e Humberto Saccomandi para esse projeto idealizado pela diretora Mônica Guimarães. A peça é estrelada por Leopoldo Pacheco, Malu Bierrembach e Sophia Reis e conta com o selo oficial da Ingmar Bergman Foundation. Espetáculo tem três apresentações no Teatro Oi Futuro Klauss Vianna, de 15 a 17 de junho, segunda a quarta-feira. “Depois do Ensaio” foi escrito em 1980, tornando-se um filme para televisão dirigido por Bergman, quatro anos mais tarde. Segundo o crítico e realizador sueco Stig Bjorkman, um dos principais interlocutores e amigos de Bergman, o texto trata daquilo que para ele é a essência mesmo do papel de diretor, de seu ponto de vista sobre o teatro e sobre o jogo teatral.
Sobre o texto, Bergman dizia que tinha muito a ver com “minha atitude, minha relação com a arte teatral, com este ofício bagunçado, sombrio e cruel”. E explicou: “Enquanto eu escrevia, devo ter atingido um nervo ferido ou, se quiser, um veio subterrâneo de água. Do meu inconsciente, surgiram estranhos cipós retorcidos e ervas daninhas; tudo se transformou no mingau de uma bruxa. De repente, surge a amante do diretor, que é a mãe da jovem atriz. Ela morreu há anos, e ainda assim ela entra no jogo. No palco escuro, vazio do teatro, durante a hora tranquila, entre quatro e cinco horas da tarde, muito pode voltar para assombrá-lo. O resultado desta mistura é uma obra de televisão dramática que trata da vida no teatro”.
Sinopse
Henrik Vogler (Leopoldo Pacheco), um diretor de teatro experiente e perfeccionista, ensaia a peça O SONHO, de August Strindberg. Depois de uma tarde de trabalho, Vogler está em um “quase cochilo" no palco quando volta ao teatro sua jovem protagonista, Anna (Sophia Reis), com a desculpa de procurar uma pulseira perdida. Durante o que seria uma conversa casual, surge uma avalanche de revelações pessoais. Inseguranças, quereres, desamores vão transformando o texto em obra confessional. Em uma licença poética, ou num devaneio, ou mesmo em um sonho, entra em cena Raquel (Denise Weinberg), mãe de Anna, que em outros tempos interpretou o papel que hoje é da filha. O que houve naquela época? Por que Raquel volta no devaneio de Vogler? Foi um amor? Houve algo que parece se repete agora na figura de Anna. Coisas de sonho. Coisas de teatro...
A Montagem
Ingmar Bergman (1918?2007), dramaturgo e diretor de cinema e teatro, mais conhecido no Brasil por filmes como “Morangos Silvestres” e “Fanny e Alexander”, foi antes de tudo um homem de teatro. “Depois do Ensaio”, uma das últimas obras escritas e filmadas pessoalmente por ele, é seu testamento sobre mais de meio século de devoção ao palco. A peça é seu íntimo mergulho nos bastidores do teatro e no cotidiano daqueles que dia a dia dedicam?se a ele.
Para a diretora Mônica Guimarães, “Depois do Ensaio” é uma oportunidade de refletir a própria profissão. E, nesta reflexão sobre nosso ofício, revisitar as relações profissionais e as do quintal da sua própria casa, exatamente como Vogler, o diretor, o faz na peça e como Bergman insiste em sua obra - uma miscelânea de pensamentos, situações e reacessos das entranhas da sua própria vida. O texto é, sobretudo, uma celebração ao cinema e ao teatro”.
A Direção
Mônica Guimarães - Formada no Teatro Escola Macunaíma. Foi assistente e atriz de Myriam Muniz em diversas montagens. Idealizadora desse projeto, é atriz, diretora, produtora e professora. Deu aula no Teatro Escola Macunaíma e Teatro-Escola Célia Helena. Atuou em diversos espetáculos como “Eras”, uma trilogia de Heiner Muller sob direção de Marcio Aurelio; “Nijinsky”, de Naum Alves de Souza; “Atiag”, de Celso Frateschi; “Prova Contrária”, de Fernando Bonassi, com direção de Débora Dubois; e “Lenya”, de Amir Labaki, sob a direção de Regina Galdino. Éprodutora executiva do “É tudo verdade – Festival Internacional de Documentários”, desde 2004.
Foto: Divulgação
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