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Projeto fomenta criação de jovens dramaturgos de BH

Convocatória, aberta até o dia 30 de junho, selecionará oito jovens entre 15 e 21 anos que receberão premiação financeira, mentorias individuais e participarão de oficina

Está aberta, até o final de junho, a convocatória da primeira edição do projeto Como Nossos Pais: Gente jovem reunida fazendo a cena do agora, criado com o intuito de estimular a formação de jovens artistas da dramaturgia de Belo Horizonte. Idealizado e coordenado por Jean Gorziza, artista de 21 anos, com supervisão de Raysner de Paula e de João Santos, o projeto selecionará oito artistas, entre 15 e 21 anos, residentes na cidade de Belo Horizonte. As inscrições são gratuitas e realizadas via preenchimento de formulário online, por meio do qual cada jovem deve enviar seus dados, além de uma breve apresentação sua e de um projeto que deseja desenvolver. 

Cada um dos jovens selecionados pelo projeto receberá, a partir de agosto, acompanhamento individualizado por parte de um dramaturgo ou uma dramaturga profissional da cidade de Belo Horizonte, que contribuirá para o desenvolvimento de seus textos, além de terem acesso a uma oficina de dramaturgia, ministrada por Raysner de Paula, e a quatro bate-papos com artistas da cena que já atuam profissionalmente e que compartilharão suas formas de pensar, criar e escrever textos teatrais.

Convocatória completa: Dramaturgias Jovens - Como Nossos Pais
Inscrições até dia 30 de junho por meio de formulário online: Inscrição - Como Nossos Pais
Mais informações: instagram.com/dramaturgiasjovens
Este projeto é realizado com recursos  da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte

O NOVO SEMPRE VEM

Ao conceber o projeto, Jean Gorziza, porto-alegrense radicado em Belo Horizonte desde 2023, identificou uma lacuna na dramaturgia direcionada à mesma faixa etária com a qual ele deu seus primeiros passos na trajetória como artista de teatro: aos 15 anos, Jean já havia fundado, no Rio Grande do Sul, o Grupo PRISMA de Teatro e, aos 19, foi um dos fundadores do Teatro da Fumaça, já em Belo Horizonte. Historicamente o teatro brasileiro apresenta uma vasta produção voltada para as infâncias, assim como para o público adulto. Adolescentes e jovens passam, porém, despercebidos, tanto enquanto público, quanto como criadores. Como Nossos Pais: Gente jovem reunida fazendo a cena do agora surge para preencher essa lacuna. 

Estimulando a escrita da juventude belo-horizontina, o projeto não apenas fomenta a criação de autores iniciantes (serão distribuídas premiações no valor de R$800), como contribui em suas formações por meio da oferta de uma oficina de dramaturgia ministrada por Raysner de Paula, quatro bate-papos (com os artistas Anderson Feliciano, Andréa Rodrigues, Bela Becker e Pedro Dargen) e mentorias individuais realizadas por importantes nomes da dramaturgia mineira (Assis Benevenuto, Amora Tito, Marina Viana e Vinícius de Souza).  

Como Nossos Pais: Gente jovem reunida fazendo a cena do agora pretende estimular a criação e formação dos dramaturgos estreantes, sob orientação de profissionais experientes da cena teatral que, durante dois meses, realizarão trocas com os jovens selecionados. “A experiência possibilitará também, aos próprios mentores, um contato direto com as juventudes e com suas visões diversas de mundo, com seus conflitos, com seus anseios e com suas múltiplas temáticas de interesse”, comenta Jean, reforçando que o aprendizado acontece em uma via de mão dupla. Ao impulsionar a criação artística dos selecionados e promover o desenvolvimento de suas dramaturgias, a publicação da coletânea em livro físico — editado pela Editora Javali ao final desta primeira edição do projeto — e a distribuição gratuita de exemplares a educadores, bibliotecas e estudantes ampliarão o alcance dessas obras, tanto entre artistas da cena quanto entre o público jovem a que se destinam.

Levando em consideração a pluralidade das juventudes belo-horizontinas, o projeto adota como política afirmativa a reserva de duas das oito vagas a jovens autodeclarados pretos, pardos ou indígenas; uma a jovens transgêneros/as ou não binários; e uma a jovens com deficiência, entendendo a importância do desenvolvimento e do fomento de dramaturgias que expressem as diferentes visões, discursos e anseios das diferentes juventudes.

As inscrições para a primeira edição do projeto “Como Nossos Pais: Gente jovem reunida fazendo a cena do agora” ficarão abertas até o dia 30 de junho (segunda-feira), às 23h59.

Foto: Adriana Marchiori

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