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Exposição "Imagens são Espelhos" entra em sua última semana
Quem tem interesse em descobrir como a moda pode se relacionar com a arquitetura, terá uma última chance esta semana com a exposição “Imagens são Espelhos” que está em cartaz na Casa do Baile. A mostra é resultado da pesquisa da artista e designer Angélica Adverse, que por meio de vestes desconstruídas, fotogra?as e livros discute o sentido da moda como um fenômeno social que acelera a percepção do tempo e a experiência estética. A mostra pode ser visitada até o dia 8 de junho, próximo domingo, das 9h às 18h. A entrada é gratuita.
A mostra, com curadoria de Elisa Campos, contempla oito livros, uma instalação têxtil e seis lâminas de vidro com imagens de prédios em deterioração, de modo a enfatizar o eterno construir e descontruir de um mundo urbano. Uma das obras é uma instalação composta pela textura das paredes do prédio Castelinho que foram transformadas em estampa corrida em tecido e instalada na parede da Casa do Baile pela arquiteta Juliana Godinho. O imóvel do século XIX abrigava a antiga chapelaria London e hoje encontra-se em estado de degradação. A construção foi influenciada pelo projeto arquitetônico de Georges-Eugène Haussmann, antigo prefeito de Paris e responsável pela reforma urbana da capital francesa entre os anos de 1852 e 1870.
Ao longo da exposição, é possível ver outras construções da capital mineira que mimetizam a arquitetura da Paris de Haussman, como, por exemplo, as vitrines de lojas populares do centro de Belo Horizonte que, na opinião da artista são a verdadeira expressão do conceito de Moda. “Esse estilo é muito presente nos arredores da Praça da Estação. São lindas construções completamente ‘esquecidas’ e abandonadas”, afirma Angélica.
“Imagens são Espelhos” apresenta ainda um diálogo de afeto entre espaços e lugares pouco visitados. A descoberta desses locais improváveis aconteceu em um intenso processo de flânerie, atividade que consiste em vagar pelo espaço urbano. Angélica Adverse andou sem destino pela cidade por mais de oito horas diárias em um semestre. “Esse processo foi principalmente pela experiência de viver a cidade por meio da deriva e descobrir a paisagem urbana que nunca observamos em nosso cotidiano”, conclui ela.
A artista Angélica Adverse é doutoranda e mestre em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Especialista em Filosofia pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais, ela ainda desenvolve trabalhos em moda e pesquisas sobre Artwear. Recebeu o prêmio internacional Smirnoff International Fashion Awards e Revelação de Jovens Talentos da Moda Brasil. Lecionou na Escola Guignard e no curso de Design de Moda da Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente dá aulas na Escola de Design da UEMG e participa da montagem do novo curso de moda da instituição.
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