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Teatro Marília apresenta releitura de Nelson Rodrigues
Um dos mais tradicionais palcos da capital mineira, o Teatro Marília recebe o espetáculo “Senhora dos absurdos” da Cia da Farsa. A obra, escrita por Nelson Rodrigues em 1947, ganhou uma adaptação contemporânea que moderniza o mito de Electra nessa nova montagem da Cia. O espetáculo apresenta em sua trilha sonora apenas canções de rock das bandas Talking Heads e Radiohead. As apresentações acontecem entre os dias 5 a 21 de junho; sextas e sábados às 21h e aos domingos às 19h, com classificação etária de 16 anos.
Tudo começa com o velório de Clarinha, segunda filha da tradicional família Drummond a morrer afogada. Mas afinal, a menina se matou ou foi um acidente? O mistério aumenta quando o patriarca da família, Misael, recém-empossado ministro, passa a ser assombrado por um fantasma do passado, ao mesmo tempo em que é confrontado pelo noivo da filha Moema, um homem em busca de vingança. Uma trama cheia de segredos revelados e com um final surpreendente.
Segundo o diretor convidado João Valadares, apesar da tragédia, o amor é um dos principais pilares da peça. “Senhora dos Afogados é como uma missa rezada às avessas. Os personagens, de certa forma, estão pecando, cometendo grandes crimes, mas tudo em nome do amor. O público irá encarar questões importantes do cotidiano, do ser humano, mas tudo com diversão. É um espetáculo honesto, com a nossa leitura, que traz bastante da trajetória da Cia da Farsa”, conclui.
Indicado ao Prêmio Copasa Sinparc de Artes Cênicas 2015 na categoria “Melhor Criação de Luz”, por Felipe Cosse e Juliano Coelho. O cenário é de Yuri Simon, os figurinos de Steysse Reis, maquiagem de Gabriela Domingues, e preparação corporal e assistência de direção de Anderson Vieira. No elenco estão os atores Alex Zanonn, Alexandre Toledo, Marcus Labatti, Pedro Vieira e Sidneia Simões.
Sobre a Cia.
A Cia da Farsa nasceu da união de vários atores em torno de um projeto comum: trazer para os palcos mineiros um teatro de qualidade, baseado na escolha de textos significativos e no trabalho de ator. Essa trajetória inclui duas montagens infantis de textos de Maria Clara Machado: "Tribobó City" (2002) e "Aprendiz de Feiticeiro" (2009); duas montagens de obras de Ariano Suassuna: "Farsa da Boa Preguiça" (2003) e “Auto da Compadecida” (2008); "O Contrabaixo" (2005), espetáculo baseado na obra de Patrick Süskind; “Retrato Falado” (2005), texto de Teresa Frota; “Cuidado: Frágil!” (2010), resultado de criação coletiva e “Adultérios e outras pequenas traições” (2012), com texto e direção de Sérgio Abritta. Além do 6º Prêmio Usiminas-Sinparc de melhor espetáculo, com a montagem “Auto da Compadecida”, a Cia da Farsa recebeu vários outros prêmios e indicações.
Foto: Divulgação
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