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Abertura da 9ª CineOP emociona público no Cine Vila Rica com homenagens e exibição de documentários sobre Cosme Alves Netto

 

A abertura da 9ª CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto, realizada na noite de quinta-feira, dia 29, foi marcada pela emoção e pela celebração à memória do audiovisual e de carreiras dedicadas ao cinema e à preservação. As homenagens a Cosme Alves Netto, Ricardo Miranda e Luiz Rosemberg Filho provocaram aplausos acalorados da plateia noCine Vila Rica. Rosemberg, inclusive, foi ovacionado de pé. Ele dedicou o troféu a amigos próximos e arrancou risos do público ao dizer que “não preparou nada” para falar. Por sua vez, familiares e amigos de Cosme e Miranda representaram suas memórias e exaltaram a importância da lembrança de seus nomes e da trajetória que tiveram.

 

Logo em seguida, foi exibido o documentário “Tudo por Amor ao Cinema”, de Aurélio Michiles, que narra a trajetória de Cosme Alves Netto, com depoimentos seus, de amigos e parceiros e a intercalação de filmes que ajudam a ilustrar e narrar cada momento relembrado em cena. Ao apresentar o longa, Michiles relembrou o início do interesse de Cosme na preservação. “Desde muito jovem, ele se preguntava para onde iam os filmes aos quais ele assistia no cinema, ele queria saber o que acontecia com eles”, disse o cineasta.

 

Nesta sexta-feira, as mesas dedicadas aos homenageados da mostra acontecem à tarde. Às 14h30, o debate “Autorias não negociadas” reúne Luiz Rosemberg Filho a Ana Lúcia Soutto Mayor (UFRJ), Clarissa Nanchery (UFF) e Renato Coelho (Anhembi-Morumbi), sob mediação de Francis Vogner dos Reis, vai discutir o percurso estético e a importância histórica de Ricardo Miranda e Rosemberg.

 

Às 16h45, a mesa “Cosme Alves Netto” já adianta em seu nome a temática da conversa: a celebração do cinéfilo, cineclubista e restaurador que deu nova face à difusão do cinema no Brasil, especialmente pelos seus anos à frente da Cinemateca do MAM-RJ. Participam Aurélio Michiles (cineasta), Glória Barbosa (viúva de Cosme), João Luiz Vieira(UFF) e Marília Franco (Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro), com mediação de Mateus Nagime.

 

Nas sessões do dia, o grande destaque, no Cine Vila Rica, é o raríssimo “O Jardim das Espumas” (1970), às 20h. Dirigido por Rosemberg, o filme foi encontrado e restaurado pela equipe da Universo Produção, após três décadas de desaparecimento.

 

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