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Dois importantes nomes do cinema francês entram em cartaz no Cine Humberto Mauro
Mostras apresentam os principais trabalhos dos cineastas Jean Vigo e Maurice Pialat, com entrada gratuita A Fundação Clóvis Salgado apresenta no Cine Humberto Mauro duas mostras dedicadas a importantes cineastas franceses. Nos dias 31 de maio, 1º e 14 de junho, o público poderá conferir a Mostra Jean Vigo, com a filmografia do diretor. Já no período de 2 a 13 de junho, entra em cartaz a Mostra Maurice Pialat: Toda Tristeza do Mundo. A entrada é gratuita, com a retirada do ingresso meia hora antes do início da sessão, na bilheteria do Cinema. Jean Vigo é um dos principais cineastas franceses do século XX. Nos dias 31 de maio, 1º e 14 de junho serão exibidos seus trabalhos, lançados entre 1930 e 1934, além do documentário Jean Vigo – Cineastas de Nosso Tempo, dirigido pelo cineasta francês Jacques Rozier. A mostra também contará com o curso Jean Vigo em uma tarde, com o professor César Guimarães (FAFICH/UFMG), no dia 1º de junho. O trabalho de Jean Vigo é permeado tanto pelo realismo quanto pelo surrealismo: um olhar bruto e poético para as relações sociais. “Ele é um artista no sentido forte da palavra, com uma visão muito potente do homem”, considera Rafael Ciccarini, gerente de Cinema da Fundação Clóvis Salgado. Apesar de uma curta carreira – o diretor foi vítima da tuberculose aos 29 anos –, Vigo tornou-se um forte nome do cinema francês, sendo uma das principais influências para a Nouvelle Vague, movimento vanguardista que contou com cineastas como Jean-Luc Godard e François Truffaut. Seu penúltimo trabalho, Zero de Conduta, de 1933, influenciou Truffaut em seu mais importante filme, Os Incompreendidos, de 1959. No período de 2 a 13 de junho, a mostra Maurice Pialat: Toda Tristeza do Mundo apresenta ao público obras do diretor, lançadas entre 1951 e 1991. A seleção ainda conta com atividades de formação dedicadas à carreira do cineasta. No dia 8 de junho, o crítico e pesquisador Luiz Carlos Oliveira Jr. ministra o curso Maurice Pialat: um cineasta na contracorrente. Já no dia 11 de junho, o público poderá conferir a palestra O realismo no cinema de Pialat, com a pesquisadora Ana Siqueira. Dono de um olhar triste e poético para o mundo e para os homens, Pialat consolidou-se como um dos principais nomes do cinema francês nos anos 70, pós-Nouvelle Vague. Para Rafael Ciccarini, “a câmera de Pialat era marcada por uma relação virgem com o mundo, um olhar mais cru. Seu cinema é um marco zero estético e visual”. Entre seus principais trabalhos presentes na mostra estão Sob o Sol de Satã, de 1987, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes do mesmo ano, Loulou, de 1980, um dos destaques de sua parceria com o ator Gérard Depardieu, e Van Gogh, de 1991, um de seus últimos filmes, que acompanha os derradeiros dias de vida do pintor holandês.
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