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Cia Vértice de Teatro em “E se elas fossem para Moscou? de Christiane Jatahy com estreia em Belo Horizonte
A montagem, que estabelece uma relação baseada na investigação sobre as fronteiras entre teatro e cinema,poderá ser vista entre os dias 06 e 08 de junho, no Galpão Cine Horto.
Baseada no clássico russo “As três irmãs”, de Anton Tchekhov, a autora e diretora Christiane Jatahy continua a sua investigação sobre as fronteiras na arte cênica e os limites entre o cinema e o teatro. Em seu novo projeto, “E se elas fossem para Moscou?”, Jatahy cria uma nova interseção entre as duas artes – filmando com a presença do público no teatro e, ao mesmo tempo, editando e projetando as imagens produzidas. O resultado é uma peça e um filme, produzido ao vivo a partir do próprio espetáculo. Ambos são apresentados simultaneamente em dois ambientes do Galpão Cine Horto: a peça no teatro e o filme na sala de cinema do espaço. A curta temporada na capital mineira, com patrocínio da Petrobras, terá quatro apresentações e será realizada entre os dias 06 e 08 de junho.
“É uma peça, em que as câmeras fazem parte da dramaturgia, e também é um filme, com vários recursos cinematográficos. Não é teatro filmado”, esclarece Christiane Jatahy. “São dois espaços diferentes entrelaçados. No teatro, filmamos, editamos e mixamos ao vivo o que é visto no cinema. Simultaneamente, as duas artes coexistem, mais que isso, a peça e o filme se completam como obra. E o público escolhe de qual ponto de vista quer ver essa história”, conta Jatahy, que assina adaptação, direção e roteiro do projeto.
A história - Escrita em 1900 e montada pela primeira vez em 1901, “As três irmãs” conta a história de Olga, Irina, Maria. Elas moram com o irmão, em uma cidade no interior da Rússia, e alimentam o sonho de voltar a Moscou, cenário das suas infâncias felizes. “E se elas fossem para Moscou?” é uma adaptação livre da peça, centrada apenas nas três irmãs. As atrizes Isabel Teixeira, Julia Bernat e Stella Rabello (Olga, Irina e Maria) vivem nos dias de hoje o drama de Tchekhov e compartilham com o público seus desejos, medos e sonhos.
Os técnicos completam o elenco, interpretando personagens que cruzam suas atividades com a narrativa da história. Isso se faz essencial para integrar filmagem e cena teatral. Paulo Camacho (diretor de fotografia e câmera ao vivo) é Verchinin, Rafael Rocha (músico) interpreta André, Felipe Norkus (coordenação técnica de vídeo) e Thiago Katona (direção de palco) assumem diferentes funções também atuando. O projeto, conta ainda, com a colaboração artística de Domenico Lancelloti nas composições musicais e Marcelo Lipiani na direção de arte.
“E se elas fossem para Moscou?” é uma coprodução internacional com o CentQuatre, Paris. Depois das temporadas no Rio de Janeiro e São Paulo, o projeto chega a Belo Horizonte. No segundo semestre será realizada a turnê internacional, que irá passar pelos principais festivais europeus.
SOBRE CHRISTIANE JATAHY
Autora e diretora de teatro e cinema. Desde 2000, o trabalho da diretora Christiane Jatahy é voltado para a pesquisa de novas possibilidades cênicas. Em 2001, a peça “Carícias” já explorava a relação do teatro e do cinema, mudando o ponto de vista do público como se fosse uma câmera. Em 2004, a diretora integrou documentário e performance com a peça “Conjugado”. No ano seguinte, 2005, a peça “A falta que nos move ou Todas as histórias são ficção” radicalizou na pesquisa entre realidade e ficção e o projeto culminou no filme “A falta que nos move”apresentado em festivais nacionais e internacionais e permanecendo em cartaz com críticas positivas por dez semanas nos cinemas brasileiros. Em 2009, Jatahy concebeu o projeto “Corte Seco”, uma peça editada ao vivo com câmeras de segurança revelando cenas no entorno do teatro. Em 2011, criou “Julia” uma versão teatral/cinematográfica do texto “Senhorita Julia” de August Strindberg. A peça viajou para os seguintes festivais internacionais em 2013: Kunstenfestivaldesarts, Wiener Festwochen, Zurcher, Theater Spektakel, Noordezon Festival, Temps d’Images Paris, Rotterdam de Keuze Festival, Mouseonturm em Frankfurt, Temporada Alta Girona, Centro Dramático Nacional – Madrid, Thalia Theater – Hamburg. Em 2104, seguirá em turnê pela Europa com “Julia” e seu novo trabalho “E se elas fossem para Moscou?”. O trabalho de pesquisa da diretora foi contemplado, em 2013, com o patrocínio da Petrobras pelos próximos três anos de pesquisa continuada.
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