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O ator e diretor PAULO JOSÉ estará na estreia de “OS GIGANTES DA MONTANHA”, na Praça do Papa, dia 30 DE MAIO
O ator e diretor teatral Paulo José (RJ), amigo e parceiro do Galpão, comparecerá à estreia nacional da 21ª montagem do grupo, Os Gigantes da Montanha (direção Gabriel Villela), no dia 30 de maio, quinta-feira. O espetáculo começa às 20h, na Praça do Papa. A classificação é livre e o acesso gratuito. Paulo José e o Galpão O artista dirigiu a trupe em dois espetáculos “O Inspetor Geral” (2003) e “Um Homem é Um Homem” (2005). Segundo o diretor Paulo José, “tudo se mistura nesse caldeirão que os alquimistas do Galpão transformam, com visão crítica e generosidade, em teatro da mais pura cepa, arte maior, celebração da vida. Existe uma brasilidade no grupo, uma marca forte. Quando você assiste a uma peça, sabe que é do Galpão. Quero voltar a trabalhar com eles, sem dúvida. Eu sou do Galpão”. O Inspetor Geral (2003 - 2005) No espetáculo “O Inspetor Geral”, sob a direção de Paulo José, o Grupo Galpão se utiliza da comédia para falar sobre a impostura, a hipocrisia e o medo. O texto, escrito em 1836, é tão moderno quanto as melhores peças deste século, principalmente pelo seu conteúdo de crítica e denúncia dos males que afligem o mundo de hoje: o suborno, a impunidade, a corrupção dos governantes, a malversação do dinheiro público, a insensibilidade dos poderosos diante da fome e da miséria do povo. O enredo do espetáculo “O Inspetor Geral” retrata um mal-entendido. O governador de uma província longínqua da Rússia imperial recebe uma carta de um amigo da capital, alertando-o sobre a possível visita de um Inspetor Geral, nomeado pelo czar, para fazer uma devassa na administração pública dos mais remotos cantos do país. Esse inspetor viajaria incógnito e em missão secreta, o que aterroriza o Governador e seus assessores, administradores corruptos e exploradores de seus governados. Um forasteiro se hospeda no hotel da cidade. Não diz a que veio nem segue viagem. A suposição de que seja o alto funcionário de São Petersburgo acaba por se transformar em certeza: ele é, de fato, o temido Inspetor Geral. Na verdade trata-se de um pequeno funcionário público, Ivan Aleksandrovitch Klestakov, em viagem para uma província vizinha. Perdera todo o dinheiro jogando cartas e não tem como pagar as despesas da hospedagem. O extraordinário efeito cômico da obra de Gógol está na desproporção. Os habitantes da cidade vêem o visitante através das lentes deformadoras de sua má consciência e do medo da justiça, cegos para o que está realmente diante deles. Um Homem é Um Homem (2005 - 2007) Peça escrita e várias vezes reescrita por Brecht, entre 1926 e 1956, ano de sua morte. É uma comédia que se situa numa fase de transição e de formação da teoria brechtiana sobre o chamado teatro épico. Misturando elementos de cabaré, circo, teatro de rua, música e teatro épico, a peça narra a transformação do estivador Galy Gay numa máquina de guerra. Um alerta sobre o poder da manipulação e os perigos que corre aquele que não sabe dizer “não”. É o caso de Galy Gay, que sai para comprar um peixe, acaba ficando com um pepino e por fim é submetido a um falso fuzilamento. Redivivo, toma uma nova identidade - a do soldado Jeraiah Jip, que fora ferido e preso num assalto a um templo religioso. Tudo isso, tendo como pano de fundo a guerra de ocupação de um exército ocidental, num longínquo país do oriente que, na adaptação de Paulo José, ganha contornos mais nítidos de ligação com a atual guerra do Iraque. O espetáculo foi montado para locais abertos, podendo ser encenado também em teatros. A música, dirigida pelo maestro Ernani Maletta, é executada e cantada ao vivo pelos atores, usando temas de montagem de 1956 do compositor Paul Dessau, além de citações de composições de Kurt Weil e do próprio Brecht.
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