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Próxima sessão do Curta Circuito traz representante nacional do gênero terror erótico

 

Na próxima segunda-feira, dia 30 de maio, a Mostra de Cinema Permanente Curta Circuito traz mais um filme que marcou a história do cinema nacional. O escolhido é o longa Ninfas Diabólicas (1978),  estreia na direção do ator, produtor e roteirista, John Doo, que se tornou conhecido pelas produções do gênero fantástico. No elenco, as musas da pornochanchada, Aldine Muller e Patrícia Scalvi, contracenam com Sérgio Hingst, um dos atores mais ativos da Boca do Lixo, reduto do cinema independente nacional entre as décadas de 60 e 80. A sessão acontece às 20h, no Cine Humberto Mauro, com bate-papo após o filme com o ator e diretor Leo Pyrata. A entrada é gratuita, com retirada de ingressos 30 minutos antes da exibição.

O cinema de gênero brasileiro - ou melhor, as contaminações e perversões que o cinema brasileiro realiza na estrutura consagrada dos gêneros cinematográficos - é o tema das próximas sessões do Curta Circuito, que exibe nesse bimestre apenas filmes em película. “O cinema brasileiro é comumente tido como avesso ao cinema de gênero, ou melhor, vítima de um preconceito dentro de seu próprio país, quase constitui um gênero em si mesmo: filme nacional. Balela. A cinematografia brasileira, das mais ricas do ocidente, trabalha a autoria individual, mas também o gênero”, afirma o curador da mostra, Affonso Uchôa. “Em Ninfas diabólicas, poderemos assistir a um road movie terrorífico protagonizado por verdadeiras pussy riots nas praias de Caraguatatuba”,  completa.

 

SANGUE, DESEJO E CARAGUATATUBA

 

Ninfas Diabólicas l John Doo, SP, 1978, 85’

Rodrigo é um bem comportado senhor de família. Porém, numa viagem à Caraguatatuba, duas estudantes que lhe pedem carona na estrada acabam por seduzi-lo. Numa praia deserta, uma mata a outra e Rodrigo foge com a assassina. Mas, no interior do carro, a estudante que supostamente estaria morta os ataca, provocando um acidente que mata Rodrigo. Estranhamente, as duas estudantes se recompõem e se dirigem à estrada para pedir  carona.

Exibição em 35mm
Fonte da Cópia: Cinemateca Brasileira. ENTRADA FRANCA! 18 anos.

 

Sobre o Curta Circuito - Cinema de Afeto
Com o tema Cinema de Afeto, o Curta Circuito completando 15 anos de atividade em 2016 e tem muito o que comemorar. Durante sua trajetória, a Mostra de Cinema Permanente, que exibe exclusivamente filmes nacionais, sempre com entrada franca, conseguiu reunir um público de mais de 70 mil pessoas, que estiveram presentes em quase cinco mil sessões. A mostra, que a partir deste ano é dirigida por Daniela Fernandes, da Le Petit Comunicação Visual e Editorial, é uma das referências em Minas e no Brasil como ação de formação qualificada de público, espaço de reflexão, debates sobre a cultura audiovisual e todos os aspectos que a envolvem, sejam técnicos, narrativos, estéticos, culturais e políticos. Tendo já atuado em 18 cidades de Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Pará, a mostra hoje foca no público belo-horizontino e tem como “sede” de suas exibições o Cine Humberto Mauro. Já passaram pelo projeto convidados como Nelson Pereira dos Santos, Zé do Caixão, Sidney Magal, Othon Bastos, Antônio Pitanga, entre outros. O Curta Circuito atua também na preservação e memória do cinema brasileiro, trabalhando no restauro de filmes, em parceria com a Cinemateca do MAM RJ. A iniciativa recebeu Mention do D'Hounner em Milão, em 2013, pela restauração do filme “Tostão, a fera de Ouro”, da década de 1970.  

Foto: Divulgação 

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