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Chico Otávio e Aloy Jupiara no Sempre Um Papo
O Sempre Um Papo recebe os jornalistas Aloy Jupiara e Chico Otávio para o debate e o lançamento do livro "Os Porões da Contravenção - Jogo do Bicho e Ditadura Militar: a História da Aliança que Profissionalizou o Crime Organizado”. A obra revela como policiais e militares que atuaram na ditadura se aliaram a bicheiros para atuar em conjunto no crime organizado da cultura carioca: as escolas de samba. E mostra, ainda, como o negócio também se expandiu e eles passaram a explorar as máquinas de caça-níqueis. O evento acorre no dia 31 de maio, terça-feira, na sala Juvenal Dias do Palácio das Artes, às 19h30, com entrada gratuita.
No enredo, três nomes sobressaem: Anísio Abraão David, capo da Beija-Flor, Castor de Andrade, “dono” da Mocidade Independente. Aloy Jupiara leu num documento que um agente da repressão virara segurança de um bicheiro. Chico Otavio entrevistou o coronel reformado Paulo Malhães e descobriu que ele era um dos mais importantes elos entre a ditadura e a contravenção no Rio de Janeiro. A partir dessas e de outras informações os dois jornalistas decidiram investigar a fundo as relações entre o jogo do bicho e a repressão. O resultado foi, primeiro, uma série de reportagens sobre o assunto que ora desagua no livro “Os Porões da Contravenção – Jogo do Bicho e Ditadura Militar: a História da Aliança que Profissionalizou o Crime Organizado”.
Aloy Jupiara é jornalista e gerente de projetos na Diretoria de Inovação Digital da Infoglobo. Formado em Jornalismo pela Escola de Comunicação da UFRJ, entrou no jornal O Globo em fevereiro de 1987 como estagiário, sendo contratado em seguida como repórter da editoria Rio. Em 1991 assumiu a pauta e, quatro anos depois, virou subeditor. Trabalhou na editoria Nacional do jornal, com coordenador e subeditor, entre 1996 e 2000. Ajudou a criar e foi editor de conteúdo do Globonews.com, uma parceria entre a Infoglobo, a Globo.com e a Globonews TV, que entrou no ar em setembro de 2001. Em 2004, tornou-se editor-executivo de projetos especiais do Globo Online. Dois anos depois, na reformulação do site, passou a editor-executivo de interatividade, quando criou a seção Eu-Repórter, de conteúdo gerado por usuários. Em 2009, foi convidado a ocupar o cargo de editor-executivo do site do Extra e, com o novo site no ar, passou a gerente de produtos digitais. Participou da equipe de pesquisadores que elaborou o dossiê-base do pedido ao Iphan de registro do partido-alto, do samba de terreiro e do samba-enredo como patrimônios culturais brasileiros, concedido em 2007. Integra desde 1998 o júri do Estandarte de Ouro, prêmio do jornal O Globo para os sambistas.
Chico Otavio é repórter de O Globo e professor de redação jornalística na PUC-Rio. Começou em 1985 como repórter de Cidades da Última Hora, onde também cobriu a área sindical. Trabalhou em seguida na sucursal carioca do Grupo Estado, produzindo reportagens de temas variados para os jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, e para a Agência Estado. Em 1997, transferiu-se para O Globo, atuando até 2015 como repórter de País. Transferiu-se depois para um grupo de repórteres ligado ao comando da redação. Cobriu todas as campanhas eleitorais desde os anos 1990. Na década seguinte, ajudou a fundar a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), da qual foi vice-presidente. Ganhou sete vezes o Prêmio Esso em várias categorias, entre outros prêmios, ao longo da carreira — um deles, em 1999, sobre o atentado a bomba no Riocentro, com os colegas Amaury Ribeiro Jr. e Ascânio Seleme. Em 2014, ficou entre os cem jornalistas mais admirados do Brasil, pesquisa feita pelo Jornalistas&Cia.
Foto: Divulgação
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